quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Encarte 3 - 10 Plano de Manejo

5.5. Matriz Lógica de Planejamento


A organização do planejamento deve ser iniciada com a elaboração de uma Matriz de Planejamento. Esta matriz tem por finalidade dar visibilidade aos resultados a serem alcançados e identificar os indicadores e pressupostos de cada um dos resultados, facilitando, deste modo, o acompanhamento dos trabalhos da elaboração do Plano de Gestão.

Assim sendo, foi utilizada uma Matriz de Análise Estratégica, conforme estabelecido no Roteiro Metodológico de Planejamento de Parque Nacional, Reserva Ecológica e Estação Ecológica (IBAMA, 2002). Esta é formulada visando definir as diretrizes gerais de manejo tais como: esquema de fiscalização, estrutura administrativa e pessoal necessário (Figura 3). Por último são traçadas as linhas gerais de ação para as áreas estratégicas.

        1. Interação do fatores de Análise Estratégica, demonstrada como fatores internos e externos que interagem em uma Matriz de Análise Estratégica

Esta Matriz consiste em uma sistematização dos fatores ambientais, que constituem hipóteses de danos e ganhos, orientando a reflexão e planejamento de premissas defensivas ou de recuperação e de premissas ofensivas ou de avanços para a UC.

Estes fatores são classificados no ambiente interno da UC, através do levantamento dos pontos fracos e dos pontos fortes. Estes são caracterizados como:

- Pontos fracos: fenômenos inerentes à UC, que comprometem ou dificultam seu manejo;
- Pontos fortes: fenômenos inerentes à UC, que contribuem ou favorecem seu manejo;

Para o ambiente externo da UC, os fatores levantados para a análise estratégica são caracterizados a partir das ameaças e das oportunidades.

- Ameaças: fenômenos inerentes à UC, que comprometem ou dificultam o alcance de seus objetivos; e
- Oportunidades: fenômenos inerentes à UC, que contribuem ou favorecem o alcance de seus objetivos.

A partir da análise da junção dos pontos fracos e das ameaças, que debilitam a Unidade, comprometendo o manejo e alcance das metas de seus objetivos de criação, são caracterizadas as forças restritivas. E as forças impulsoras são caracterizadas pela interação dos pontos fortes e oportunidades, que fortalecem a Unidade, contribuindo para o manejo e alcance das metas de seus objetivos de criação.

A classificação das forças restritivas e impulsoras norteiam a proposição de programas que podem ser Defensivas ou de Recuperação, constituindo em uma sistematização com hipóteses de danos, ou Ofensivas ou de Avanço.

Os participantes ficam responsáveis por identificar estes fatores, auxiliando na implementação do PM.

  1. Modelo de Matriz de Análise Estratégica

Ambiente interno
Ambiente externo
Premissas
Forças
restritivas
Pontos fracos
Ameaças
Defensivas ou de Recuperação

Ambiente interno
Ambiente externo
Premissas
Forças impulsoras

Pontos fortes

Oportunidades

Ofensivas ou de Avanço

Visando elaborar a Matriz de Análise Estratégica da APA Municipal do Rio Vermelho/Humbold foram realizadas três Oficinas de Planejamento Participativo, nos dias 18, 19 e 20 de março de 2011, nas comunidades do Rio Vermelho, Estação, Rio Mandioca e Rio Natal, respectivamente.

Em linhas gerais, todas as oficinas foram realizadas conforme a programação/metodologia sugerida. As atividades foram iniciadas através da apresentação dos moderadores e componentes da equipe, em seguida foi apresentada uma síntese dos resultados obtidos nos levantamentos do diagnóstico ambiental da APA, demonstrados principalmente a partir de mapas temáticos (vegetação, geomorfologia e geologia). A lista de presença das oficinas encontra-se no Anexo 1, página 81.

Em seguida a Matriz de Análise Estratégica foi elaborada a partir das informações levantadas (pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades), registrando-se as contribuições de todos os presentes.