sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tora de imbuia compõe acervo do Museu Natural Entomológico

27/10/2011 14:43

Tora de imbuia compõe acervo do Museu Natural Entomológico

São Bento Do sul - O Museu Natural Entomológico Ornith Bollmann, localizado em Oxford, no trevo de acesso para Curitiba, está recebendo diferentes materiais para compor o acervo que deve fazer parte da área de exposição, a qual será inaugurada em dezembro deste ano. O livro tombo, onde constam os registros das peças, está sendo atualizado diariamente, mas já constam mais de 1000 elementos descritos, grande parte de coleções antigas de Lepidópteros.
Das últimas peças, duas são de quadros decorados com borboletas, feitas pela Artefama. A mais recente colaboração é a tora de Imbuia, emprestada por Nicia Terezinha Zschoerper. A tora da árvore de nome científico Ocotea porosa é da década de 70, com procedência da região de Santa Cecília, e deve ter mais de 500 anos. A tora, com 3,26 metros de altura e 6,65 metros de circunferência, foi retirada do parque fabril das antigas instalações da Industria Ziperrer S/A na noite do dia 26.
“Inicialmente foi retirada a proteção, no topo da tora, que também servia como obra de paisagismo, feito com assoalho de imbuia e pequena mureta circular onde permanecem azaléias. Na sequência a tora foi retirada. O conjunto foi novamente estruturado em frente ao prédio das futuras instalações do Museu Natural”, explica o diretor de Meio Ambiente, Marcelo Hübel, completando: “A retirada da tora e a valorização da exposição pública demostra o resgate da história de nossa cidade e de um elemento natural que não se encontra mais. Somos gratos às pessoas que se envolveram e empenharam esforços para alcançarmos êxito”.
A retirada da tora teve participação da secretaria de Obras para demolição e construção da cerca para acesso, da Tuper no pagamento do serviço de guindaste e transporte, apicultor Fernando Lütke, guarda de trânsito municipal, Carl Zipperer e Nicia T. Zchoerder, representantes da família Zipperer pelo empréstimo por tempo indeterminado da tora.
O Museu Natural continua recebendo as peças para exposição. “Atualmente percebemos uma falta de doações dos quadros bandejas, entre outros artefatos com detalhes com borboletas, pois temos apenas 4 peças. Aguardamos mais elementos de característica natural”, finaliza Hübel.
História
No ano de 1923, Carlos Zipperer Sobrinho deu origem a Indústria Zipperer S.A, começando numa pequena construção expandindo em 1938, onde atualmente é o Shopping Zipperer, passando para um moderno parque fabril.
Inicialmente a produção compreendia os artefatos de madeira como tabuleiros de xadrez, caixas de costura e porta-joias, sendo algumas peças com marchetaria. Também realizavam entalhes em madeira e bandejas decoradas com asas de borboletas. Na década de 60, os produtos eram exportados para Estados Unidos e Japão, onde no mesmo período iniciou a produção de móveis. Foram criadas diferentes linhas de salas de jantar, estantes e jogo de quarto.
A revista comemorativa de 80 anos da Zipperer, em 2003, define para a data: produção mensal de 12 mil unidades de salas de jantar, dormitórios, complementos e móveis infantis; faturamento de US$ 500 mil, 220 funcionários, exportação de 90% para EUA, Inglaterra, França, Canadá e Alemanha, reflorestamento com 1,2 milhões de árvores e consumo mensal de madeira de 1.600m³. A atividade industria foi finalizada em abril de 2008.

Fonte:http://www.cezarmiranda.com/novo/noticia.php?id=35537











quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PSA recebe novas ferramentas para trabalho e estudo

26/10/2011

PSA recebe novas ferramentas para trabalho e estudo

A Fundação Grupo Boticário, parceira da Prefeitura no programa do PSA, apresentou a nova formatação para o projeto. Os estudos trazem resultados como: Manual de Implantação; Material de Divulgação; Formação de Cálculo de Valoração; Sistema Informatizado Projeto Oásis SISoásis, entre outros.

A Fundação Grupo Boticário de Proteção a Natureza, por intermédio de Carlos Augusto Krick do setor de Estratégias de Conservação, realizou uma reunião com o Departamento de Meio Ambiente. O encontro foi para avaliar e delinear o programa de incentivo a preservação dos recursos hídricos e suas inter-relações, denominado “Produtor de Água do Rio Vermelho”, enquadrado no formato de PSA (Pagamento por Serviço Ambiental) Projeto Oásis.

O programa atual em São Bento do Sul prevê que os proprietários adotem estratégias de preservação do manancial de água que abastece o município. Para isso recebem recursos financeiros de incentivo, sendo determinado o valor mínimo de R$ 336,24, sendo que, o valor máximo depende da pontuação que sua propriedade pode receber. A pontuação é feita conforme a valoração ambiental calculada com base em 18 indicadores de desempenho ambiental.

Até o mês de junho foram contemplados 11 moradores e o maior valor de PSA ficou em R$ 3028,52, para um proprietário. Até o momento mais 5 proprietários se inscreveram e após a avaliação do comitê devem receber o pagamento pelo Samae até o final do ano.

A Fundação Grupo Boticário é parceira da Prefeitura de São Bento do Sul com a assinatura do convênio no dia 5 de junho de 2011. “Com o convênio estabelecido com a Fundação Boticário, criamos um vínculo em rede com outras experiências, e compartilhamos os estudos que estão sendo aprofundados, visando a melhoria contínua do programa”, ressalta Marcelo Hübel, diretor de Meio Ambiente.



Marcelo Hübel e Carlos Augusto Krick  


Referência

A repercussão do PSA em São Bento do Sul, conquistou diferentes estados do País e agradou a todas bandeiras partidárias sendo referenciado na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara de Deputados em Brasília. O projeto foi apontado como um modelo no tema, agora em fase de inserção no novo código florestal.

Melhoria

A Fundação Grupo Boticário apresentou a nova formatação do PSA que teve a participação de consultoria do renomado economista Carlos Eduardo Young da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que realizou o trabalho em 7 meses trazendo resultados como: Manual de Implantação; Material de Divulgação; Formação de Cálculo de Valoração; Sistema Informatizado Projeto Oásis SISoásis, entre outros.

São Bento do Sul deve iniciar neste ano a adoção do sistema como nova ferramenta de trabalho permitindo inserir informações, manter dados históricos e permitir adequações na gestão do PSA melhorando a funcionalidade e ampliação do programa já instalado.

O PSA que foi desenvolvido no departamento de Meio Ambiente, em diversas reuniões no gabinete, terá a publicação em forma de artigo científico no XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos que é o maior evento de recursos hídricos do País, e vai ocorrer do dia 27 de novembro e 01 de dezembro de 2011, na cidade de Maceió.


Afluente que drena para o Rio Vermelho - Dividindo Campo Natural e Floresta Ombrófila Mista

Prainha do Rio Vermelho

sábado, 22 de outubro de 2011

Imigrantes - Família: Bayerl, Streit, Hübl, Gärtner, Ulrich, Maylinger, Bohmann, Hauslat, Selke - São Bento do Sul - SC


BAYERL

 ANTON BAYERL


IMIGRAÇÃO
Conforme dados da:

 Casa Civil da Presidência da República
Secretaria Executiva/Arquivo Nacional
Coordenação Geral de Processamento e Preservação
Coordenação de Documentos Escritos
 Rio de Janeiro

ANTON BAYERL e família, registrado a fl.3v. Sob notação BR.AN.RIO.OL.C.ES.RPV.PRJ 4835. Integrando o fundo documental DIVISÃO DE POLÍCIA MARÍTIMA, AÉREA E DE FRONTERIAS, certifica que o referido documento arquivado na Coordenação de Documentos Escritos, dele consta o seguinte: Dados comuns a todos Entrada, data 22/11/1891 Navio em que veio: Argentina; Procedência: Hamburgo; Destino Rio de janeiro; Nação: Áustria. Dados Específicos: Anton Bayerl idade 57 anos Chefe; Catharina Bayerl 46 anos; Anton Bayerl 21 anos; Marie Bayerl 18 anos; Franz Bayerl 15 anos; Joseph Bayerl 14 anos; Francisca Bayerl 7 anos. Observação: Viajaram na 3ª Classe.



STREIT
JOSEF STREIT 



IMIGRAÇÃO
NAVIO BUENOS AYRES – (20/06/1876)
JOSEF STREIT  e sua esposa ANTONIA GÄRTNER (Filha de Antonio Gärtner e Joana Ulrich)  ambos com 25 anos de idade naturais da cidade de Friedrichswald da Boêmia, sairam de Hamburgo na data de 19/05/1876 no Navio Buenos Ayres, capitão Heidorn, primeiro navio a vapor a trazer imigrantes para a Colônia Dona Francisca.

“Colônia Dona Francisca. No dia 20 deste mês aportou em São Francisco o vapor hamburguês “Buenos Ayres”, desembarcando 168 passageiros para nossa Colônia e descarregando carga em pouco tempo, de modo que após três horas de permanência pôde seguir viagem para Montevidéu. Com exceção de 14 imigrantes da Galícia e de 1 de Holstein, todos os outros são boêmios da fronteira saxã; sua aparência é boa e declararam-se satisfeitos com a alimentação e tratamento a bordodo vapor. Segundo a idade, 102 têm mais de 10 anos, 51 entre 1 a 10 anos e há 15 lactantes. A maioria, se não todos, escolheu São Bento como local de moradia, onde encontrarão ses conterrâneos, imigrantes há mais de dois anos e quase todos em situação confortável. Com o próximo vapor “Vandalia” devem chegar mais algumas centenas – quatrocentas pessoas, segundo dizem os recém chegados (Kolonie Zeitung, 24/06/1876) (BÖBEL. M.T & THIAGO. R, 2005)

Filhos de JOSEF STREIT e ANTONIA GÄRTNER:
Antônio (09/01/1878 – 23/02/1878) padrinhos Silvestre Gärtner;
Maria (12/12/1884 – 10/02/1885), padrinhos Augusta Neidert;
Julia (18/09/1881 – 18/09/1881), padrinhos Antonio Grossmann, solteiro e Francisca Pfeiffer casada.
Estevão Streit  (16/09/1883 – 18/01/1884), padrinhos Silvestre Gärtnere e Barbara Kwitschal.

ESTEVÃO STREIT

CASAMENTO de Estevão Streit e Francisca Bayerl (14/04/1909) 

Testemunhas: José Rohrbacher e Theodor Rohrbacher
Stefano Streit, com 24 anos filho legítimo de José Streit e Antonia Gärtner nascido e morador de São Bento
Francisca Bayerl, filha legítima de Anton Bayerl e Catharina Maylinger, nascida na Bohemia, oradora de São Bento.
Francisca Bayerl e Estevão Streit


Estevão Streit (1883 – 1971) Casado com Francisca Bayerl - (1963), tiveram os filhos:
Rosa Streit (03/06/1914);
Maria Streit (1907);
Francisca Streit (1907 – 1999)
José Streit (1910)
Elfrida Streit – (1917)
Estefano Roberto Streit (1919)
Sofia Streit – (1923)
Rella Streit – (1920)
Willi Engelberto Streit (1926)
Alois Streit


HÜBL

 VENCESLAU HÜBEL


Recebeu da Hanseatischen Kolonisations-Gesellschaft m. b. H. in Hamburg einschlieblich asministration S. Bento, Sata Catarina o lote 159 na Estrada Dona Francisca:

Wenzel Hübel,  (Baier) de Plob, Inwohner tinha sido. Viveu em meio do alto Reichenbergern. Seus filhos Alois e Wenzel, filha Karthel. Seu marido era da Dinamarca. Como Wenzel Hübel uma vez pediu dinheiro emprestado, ele deu como garantia de um fio de cabelo de seus brancos da barba. Era como um documento de pergaminho.

159 Wenzel Hübel, aus Plöb, war Inwohner gewesen. Wohnte mitten unter lauter Reichenbergern. Seine Söhne Alois und Wenzel, Tochter Karthel. Ihr Mann war aus Dänemark. Als Wenzel Hübel einmal Geld ausborgte, gab er als Bürgschaft ein Haar aus seinem weiben Vollbart. Es galt wie eine Urkunde aus Pergament (BLAU. J - Baiern in Brasilien - 1958)

VENCESLAU HÜBEL e ANNA MARIA BOHMANN, naturais de Heuhof, moradores da Estrada da Serra, ela filha legítima de Pedro Bohmann e Catharina Hauslat. Embora não existam evidências claras, mas baseado somente pelas informações do casamento dos filhos Josef e Catharina é sugestivo que Venceslau é o mesmo que Wenzel, operário do Plas, Boêmia que viajou com a esposa Barbara e filhos: Theodoro (7 anos); Josef (5 anso) Catharina (3 anos); Marie (2 anos) e Theresia (¾ anos). Mas na viagem não aparece o registro de Alois, entretanto na sua relação de documentação é clara relação de parentesco paterno com Venceslau Hübel. Contudo no registro de Nascimento de Alfredo Hübel, que foi declarado por Alois Hübel, seu avô, consta que os avós maternos são Wenceslao Hübel e Catharina Hübel. As dificuldades de convergência das informações decorrem de em determinado período o cartório complementar as informações dos registros com a palavra do declarante, considerando a ausência de documentação, prática comum na época, praticado pelos cartórios. O próprio sobrenome Hübl, foi acrescido da letra “e” pelo escrivão.

Família descendente de Maria Hübl (Bodas de Alfredo Hübel e Rosa)
Wenzel, morava na Estrada Dona Francisca. Dizia-se que, quando pedia dinheiro emprestado, dava como fiança um fio de sua imensa barba branca. Valia tanto quanto um documento em pergaminho.” (BÖBEL. M.T & THIAGO. R, 2005)

NAVIO HUMBOLDT – 11/06/1876
“Colônia Dona Francisca. No dia 12 deste mês, ao anoitecer, aportou em São Fancisco o navio “Humboldt”, capitão Busch, expedido em 15 de abril com 349 imigrantes para Dona Francisca. Apesar de ter sofrido pequena avaria, otivo pelo qual teve de aportar na costa inglesa, pode-se dizer que fez uma boa viagem. Segundo a nacionalidade, esse s novos recém-chegados são, na maioria, Boêmios, alguns bávaros e bem poucos de outras nacionalidade. Quando a idade: 29 tem até 1 ano, 97 de 1 a 10 anos, 223 têm mais que 10 anos; 189 são do sexo masculino, 160 do sexo feminino; segundo a religião, 347 são católicos e 2 protestantes; 225 são nossos novos colonos seguem para São Bento, onde muitos deles já têm parentes. - Caso tudo corra bem, já nos próximos dias deverá aportar o vapor com passageiros, anunciando no di a18 de maio de Hamburgo (Kolonie Zeitung, 17/06/1876) (BÖBEL. M.T & THIAGO. R, 2005)

ALOIS HÜBL

Alois Hübl (10/05/1863) 
(filho de Wenceslau Hübl), casado com:

Maria Selke 07/11/1863
(filha de Luis Selke e Albertina Gresens) tiveram dois filhos:

Maria Hübl (30/12/1884 – 08/03/1962) "casada" com:
Germano Hoffmann, filho de Germano Hoffmann e Emilia (faleceu em Curitiba com (37?) 40 anos. Empresário bem sucedido) :
Filho: Alfredo Hübel (4/01/1907 - 19/02/1980 infarto do miocárdio)

Segundo casamento de Maria Hübl com Germano Natske (16/11/1882 – 18/09/1956)
Filhos: Hedviges; Oto; Amanda; Paulo; Regina; Lina; Afonso; Ervino:

José Hübel casado com Laurinda Maria Ferreira (Filho: João Hübl casado com Maria Gonchorowski)

GERMANO HOFFMANN 
1º da esquerda para direita Germano Hoffmann. Curitiba.

 Germano Hoffmann (Pai de Alfredo Hübel) foi empresário bem sucedido (1907) de pedras de afiar/rebolo em Curitiba. Teve um filho que faleceu em 03/12/1934 com 40 anos, por toxicose e disenteria na Rua Saldanha Marinho s/n, em Curitiba tendo como declarante seu cunhado, Laudemiro do Valle. Germano foi casado com Emila (pais de EmiliaÇ Carlos Mallin e Ana Mallin) que faleceu com 76 anos, viúva, 18/06/1950 na Travessa Marista, em Curitiba de uremia, insuficiência cardio renal. Deixou os seguintes filhos: Francica com 55 anos, Ida com 52 anos e Maria com 50 anos. Vale lembrar que também tinha outra filha que faleceu com 41 anos sendo Alice Hoffmann 28/11/1906 e 06/06/1947. Mas no casamento mudou o nome para Elisa Hoffmann Propst casada com Manoel Propst. 
Cemitério São Francisco de Paula - Curitiba

REGISTRO DE CASAMENTO de Alois Hübel e Maria Selke (18/11/1884)
Testemunhas: José Augustin e Antonio Beckert
Alois Hübel católico apostólico romano,  com 21 anos filho legítimo de Venceslau Hübl e Anna Maria Bohmann nascido em Heuhof e batizado em Rothenbaum na Bohemia
Maria Selke protestante evangélica lutherana, com 17 anos filha legítima de Luis Selke e Albertina Gresens nascida em Wallin e Batizada em Itajentin na Prussia.
Ambos solteiros e moradores de São Bento


Rosa Strei (Frau Natzke) e Alfredo Hübel (Natzke)



Bandeira da Alemanha

Bandeira da Áustria oficializada no dia 1 de maio de 1945

Brasão da Áustria

Bandeira do Brasil







IMIGRAÇÃO

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

APA - Preservação ambiental será tema de revista

14/10/2011

Preservação ambiental será tema de revista

O prefeito Magno Bollmann recebeu em seu gabinete na manhã desta quinta-feira, dia 13, representantes da Mundi Editora, responsável pela elaboração da Revista Revela APA Rio Vermelho/Humboldt, a qual aborda todos os estudos realizados e revelará, em detalhes, os 23 mil hectares, 48% do território de São Bento do Sul, que preservam o ecossistema.
O prefeito Magno Bollmann recebeu em seu gabinete na manhã desta quinta-feira, dia 13, representantes da Mundi Editora, responsável pela elaboração da Revista Revela APA Rio Vermelho/Humboldt, a qual aborda todos os estudos realizados e revelará, em detalhes, os 23 mil hectares, 48% do território de São Bento do Sul, que preservam o ecossistema.


Durante a reunião, o gerente comercial da Mundi Editora, Eduardo Bellídio, e a editora-chefe, Danielle Fuchs, receberam textos e imagens do concurso de fotografia que reuniu mais de 450 fotos da APA. “Temos um material muito rico e devemos explorar em novos projetos, mas antes é preciso deixar claro para toda comunidade como ficou o Plano de Manejo, e assim deixaremos resumido em forma de revista”, explica Marcelo Hübel, diretor de Meio Ambiente.

Para o prefeito Magno Bollmann, a revista, que terá 10 mil cópias com 80 páginas coloridas, servirá para mostrar a população o trabalho que está sendo realizado. “Sempre foi um sonho muito grande deixar na história esse projeto tão bonito. Queremos que São Bento do Sul seja conhecida como, além da cidade dos móveis, da música e do folclore, também como do meio ambiente”, disse.

Participaram do encontro, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Edimar Geraldo Salomon, e o coordenador do Consórcio Intermunicipal Quiriri, Mauro Fernandes Bácsfalusi.

Plano de Manejo

O projeto do Plano de Manejo foi cadastrado em 2009 e teve a liberação dos recursos para a execução, conforme o Decreto nº 4340. A Apa do Rio Vermelho / Humboldt foi criada por Lei Municipal nº 246 de 14/08/98, através do Consórcio Ambiental Quiriri. O Plano de Manejo visa a regulamentação da APA e entre os benefícios prevê a proteção dos recursos hídricos, garantindo o abastecimento de água do município; a conservação dos recursos naturais; a preservação das paisagens cênicas; a conservação das culturas tradicionais e da cultura étnica, entre outras.





fONTE: Prefeitura de São Bento do Sul – Viviane Miranda
47 3631-6132 - imprensa@saobentodosul.sc.gov.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Programa de coleta de óleo vegetal recebe incentivos no município

06/10/2011

Programa de coleta de óleo vegetal recebe incentivos no município

Na manhã desta quarta-feira estiveram reunidos na sede da Unimed, em São Bento do Sul, representantes do Consórcio Intermunicipal Quiriri, Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de São Bento do Sul, secretaria de Educação de São Bento do Sul, Samae e da própria Unimed.

 

Na manhã desta quarta-feira estiveram reunidos na sede da Unimed, em São Bento do Sul, representantes do Consórcio Intermunicipal Quiriri, Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de São Bento do Sul, secretaria de Educação de São Bento do Sul, Samae e da própria Unimed. O objetivo da reunião foi de oficializar os incentivos por parte da Unimed ao programa de coleta de óleo vegetal do município.

Com a presença do médico Tirso Hummelgen, a Unimed oficializou que está realizando investimentos na compra de 19 bombonas de 1000 litros, adaptadas para o recolhimento de garrafa pet, a ainda na confecção de banners de divulgação. Todo material foi orçado e está em processo de elaboração. As bombonas serão distribuídas pelo município, em todos os bairros da cidade, podendo estar em diferentes locais de circulação de pessoas como: associação de moradores, terminais urbanos de passageiros, postos de saúde, praças, entre outros.

Outro assunto tratado durante a reunião foi o repasse de todo o histórico do programa de Coleta de Óleo Vegetal para o Samae. Na ocasião, o Diretor de Meio Ambiente Marcelo Hübel entregou ao representante do Samae, João Adilson, todas as informações do programa, uma vez que a partir de agora as ações do programa de coleta de óleo vegetal passam a receber um novo incentivo por parte do Samae que assumiu a gestão de resíduos do Município de São Bento do Sul.

Programa

O projeto de coleta e utilização de óleo usado de fritura foi desenvolvido pelo Consórcio Intermunicipal Quiriri, sendo implantado pela Prefeitura através do Departamento de Meio Ambiente, e atualmente está sob responsabilidade do Samae. Diversos segmentos da sociedade participam do programa voluntariamente. As escolas municipais e o colégio Bom Jesus, recolhem os óleos em bombonas de 25 litros ou garras pet, destinando o produto para a Cooperativa de Catadores do Bairro Brasília.

Também outros estabelecimentos e empreendimentos destinam o óleo para os catadores. A Cooperativa já beneficiou no ano de 2011, cerca de 2000 litros de óleo, sendo 714 litros de escolas; 188 litros de cozinhas industriais; 420 litros de lanchonetes e mercados e outros provenientes da entrega direta na sede da cooperativa ou na coleta de material reciclável de município.

“O programa oportuniza a diminuição do impacto ambiental em diferentes situações, mas observando que apenas um 1 litro de óleo contamina 10.000 litros de água, considero a proporção recolhida até o momento significativa para a preservação do meio ambiente. Mas podemos melhorar”, conclui Marcelo Hübel, Diretor de Meio Ambiente.

Quem precisa destinar o óleo para reciclagem pode disponibilizar em garrafas pet no dia da coleta seletiva ou quando o volume ser acima de 20 litros pode ligar para o SAMAE através do telefone 3634-1082, que após haver uma quantia razoável no roteiro, comunica a cooperativa para fazer a coleta.

Para o prefeito Magno Bollmann, grande defensor do meio ambiente e estudioso na área, este programa de coleta de óleo vegetal usado é de extrema importância para a preservação do nosso solo e de nossos rios. “Quando deixamos de despejar o óleo de cozinha no meio ambiente estamos contribuindo muito mais do que imaginamos com a natureza”, resumiu o prefeito.

Reciclagem

Na cooperativa o óleo é decantado e após 30 dias passa por um sistema de 5 filtros, sendo então destinado a venda ou uso do município como combustível em motores diesel.

Meio ambiente

O óleo vegetal quando jogado no ralo, causa entupimento da tubulações e eleva em 45% o gasto no tratamento de efluentes. Quando atinge os rios, apenas 1 litro de óleo contamina 10.000 litros de água. A reciclagem de óleo vegetal usado de cozinha retira do meio ambiente um passivo poluidor.
No solo o óleo vegetal causa uma barreira em película que dificulta a manutenção de micro-organismos.

O óleo pode ser utilizado para fabricação de sabão, e quando usado como combustível, reduz em 40% a emissão de poluentes em comparação aos combustíveis fósseis.
Considerando-se o custo da aquisição, os impostos e taxas incorporadas ao óleo vegetal, estamos agregando valor a este produto quando do seu uso como combustível.



FONTE: Prefeitura de São Bento do SulJoberth Krause
 
Logomarca do programa de coleta de óleo de fritura


Modelo do banner para bombonas de 1000 litros


Equipamento de filtragem desenvolvido por Mauro Fernandes Bácsfalusi do Consórcio Intermunicipal Quiriri


Beneficiamento do óleo vegetal na Cooperativa de Catadores de Material Reciclável de São Bento do Sul


Banner de divulgação do programa

 


Bombonas destinadas para escolas municipais.

Bombona de 1000 litros
 
Metodologia do CIQ para todos projetos
 
 
 
 
PROJETO DE COLETA E UTILIZAÇÃO DE ÓLEO USADO DE FRITURA
COMO COMBUSTÍVEL EM VEÍCULOS A DIESEL DA FROTA DA
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BENTO DO SUL E SUAS AUTARQUIAS.
 
PROJETO DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL QUIRIRI
Desenvolvido por Mauro Fernandes Bácsfalusi

São Bento do Sul, março de 2008.




O motor Diesel pode ser alimentado por óleos vegetais, e ajudará no desenvolvimento agrário dos países que vieram a utilizá-lo. O uso de óleos vegetais como combustível pode aparecer insignificante hoje em dia, mas com o tempo irão se tornar tão importante quanto o petróleo e o carvão.”

Rudolf Diesel, 1911



ÍNDICE

1. JUSTIFICATIVA 03
2. OBJETIVOS
2.1. GERAL 04
2.2. ESPECÍFICOS 04
3. MATERIAIS EM MÉTODOS
3.1. O MOTOR DIESEL 05
3.2. O ÓLEO VEGETAL USADO NA COZINHA VERSUS DIESEL 06
3.3. FONTES DE OVB 07
3.4. TRATAMENTO DO OVB PARA USO COMO COMBUSTÍVEL 07
3.5. DAS INSTALAÇÕES PARA O TRATAMENTO DO OVB 09
3.6. ADAPTAÇÃO DO MOTOR DIESEL PARA O USO DE OVB 10
4. MONITORAMENTO 12
5. IMPLANTAÇÃO 13
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
7. ANEXOS 15


1. JUSTIFICATIVA

Os óleos animais passaram, já há muito tempo, como ingrediente indispensáveis nas cozinhas no mundo inteiro. Substitui com vantagens as gorduras animais, pois tem custo de produção menor, são mais saudáveis e são considerados produtos renováveis .

Entretanto, o volume deste produto descartado vem causando danos expressivos ao meio ambiente, em especial ás águas superficiais e subterrânea. Considera-se que 01 litro de óleo despejado no meio ambiente seja suficiente para contaminar cerca de 10.000 litros de água.

Como todos os bens de consumo, são úteis enquanto próprios ao consumo. Mas o descarte, ainda não normatizado em nosso país (os órgãos ambientais sugerem envasa-los em embalagens PET e destiná-los á coleta pública de lixo), aliado ao desconhecimento do poder contaminante este produto por parte da população, e mesmo pela falta de opção quanto encaminhamento deste resíduo, faz com que este seja descartado na rede de esgoto, rede pluvial e mesmo á céu aberto.

A crescente preocupação ambiental da população quanto á preservação ambiental e destinação correta dos resíduos das atividades humanas é foco constante da mídia, sem no entanto corresponde preocupações dos órgãos governamentais afetos ao assunto, salvo louváveis iniciativas pontuais.

O Consórcio Ambiental Quiriri, Instituído em setembro de 1997, vem desde então trabalhando em projetos Ambientais Participativos, ou seja, transformando os anseios da população em projetos viáveis, sempre direcionando a execução destes pela iniciativa privada, população, e/ou grupos sociais organizados, dado que projetos executados pelo poder público sofrem as influencias da política partidária, entre outras.

A PMSBS tem consumo anual de 450.000litros de óleo diesel ao custo de R$ 801.000,00, conforme costa no processo licitação de compra deste combustível ( Edital de Pregão Nº27/2008, Registro de Preços Nº 01/2008) ,ao valor de R$1,78 por litro.

A adição de 5% de OVB a este combustível proporciona economia de R$ 22.500,00, enquanto a adição de 10%, 20% e 35% proporcionaram economia de, respectivamente, R$ 45.000,00 ,R$ 90.000,00 e 157.000,00 aos cofres públicos municipais.
2. OBJETIVOS:


2.1. GERAL:


  • Adaptar os veículos movidos á óleo diesel da Prefeitura de São Bento do Sul (PMSBS) e de suas autarquias para uso de óleo vegetal usado (OVB- óleo vegetal bruto) associado ao óleo diesel (biodiesel) na proporção de 5% a 35%.



2.2. ESPECÍFICOS:

  • Destinar de forma correta e útil como OBV ou biodiesel o óleo vegetal gerado nas residencias e comércio de refeições do município através de campanha contínua de coleta ou entrega voluntária coordenada pelo Consórcio Ambiental Quiriri em parceria com secretaria de Municipal de Meio Ambienta e Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável de São Bento do Sul;

  • Associar ao processo de entrega voluntária / coleta a educação ambiental continuada abordando os demais aspectos relacionados ;

  • Diminuir o uso de combustível fóssil derivado do petróleo nos veículos gerando economia financeira á municipalidade;
  • Tornar a Prefeitura Municipal de São Bento do Sul e o Município, através deste projeto , ainda mais conhecida por sua ações de ordem ambiental pela iniciativa de dar destino econômico/ ecológico do óleo vegetal de cozinha usado .

 

3. MATERIAIS E MÉTODOS:

3.1. O MOTOR DIESEL:

Rudolf Christian Karl Diesel (30 de setembro de 1913- 18 de março de 1858) foi um engenheiro mecânico alemão, inventor do motor diesel .

Diesel idealizou um dos mais importantes sistemas mecânicos da história da humanidade. Rudolf Diesel elaborou um motor a combustão interna de pistões que explorava os efeitos de uma ração química . Um fenômeno natural que acontece, quando o óleo é injetado num recipiente com oxigênio ao misturar-se causa uma explosão. Para conseguir controlar reação e movimentasse uma máquina, foi preciso uma infinidade de outros inventos como bombas injetoras sincronizadas e elaborar sistemas de múltiplas engrenagens e outros acessórios controladores para que a pressão de liberação atuasse precisamente na passagem do embolo do pistão no ângulo de máxima compressão. A criação do primeiro modelo motor a diesel que funcionou de forma eficiente data do dia 10 de agosto de 1893.Foi criado por Rudolf Diesel, em Augsburg, Alemanhã, por isso recebeu este nome. Alguns anos depois, o motor foi apresentado oficialmente na feira mundial de Paris, França, em 1898. O Combustível então utilizado era de amendoim (grifo nosso), um tipo de biocombustìvel obtido pelo processo de transesterificação.
Rudolf Diesel registrou a patente de seu motor-reator em 23 de fevereiro de 1897 desenvolvido para trabalhar com óleo de origem vegetal (grifo nosso), entretanto em sua homenagem foi dado ao produto oleoso mais abundante obtido na primeira fase de refino do petróleo bruto o nome diesel, mas isso não quer dizer que todas os motores a injeção sejam obrigados a funcionar com óleo diesel, desde que regulem a pressão no sistema de injeção pode voltar a funcionar como Óleo de amendoim ou qualquer tipo de óleo que tanto podem ser vegetais ou animal como é o caso da gordura de porco e de peixe .

Face a sua simplicidade e a enorme aplicação, o motor de pistões movidos a reação óleo-oxigênio rapidamente penetrou nos lugares mais longínquos do planeta, revolucionando o mundo industrial e substituindo os dispendiosos sistemas mecânicos a vapor que até então movimentavam as locomotivas e os transportes marítimos por unidades geradoras diesel – elétrica.
Após negociar o seu invento durante uma travessia do Canal da Mancha, o inventor morre em circunstâncias estranhas estranhas que jamais foram esclarecidas.
3.2. O ÓLEO VEGETAL USADO NA COZINHA VERSUS DIESEL:

O óleo vegetal é um produto obtido através da extração por prensagem ou aquecimento de principalmente sementes e ou frutos de plantas chamadas “oleaginosas”. Tem vasta utilização na indústria química como lubrificante, base para tintas, na indústria Farmacêutica, na de cosméticos e na indústria alimentícia.
De um modo geral, biodiesel foi definido pela “Natioanal Biodiesel Board” dos Estados Unidos como derivado mono-alquil éster de ácidos graxos de cadeia longa, proveniente de fontes renováveis como óleos vegetais ou gordura animal, cuja utilização esta associada á substituição de combustíveis fósseis em motores de ignição por compressão (motores do ciclo Diesel). Enquanto produto, pode-se dizer que o biodiesel tem as seguintes características: (a) é virtualmente livre de enxôfre a aromáticos; (b) em alto número de cetano, (c) possui teor médio de oxigênio em torno de 11%; (d) possui maior viscosidade e maior ponto de fulgor que o diesel convencional; (e) possui nicho de mercado específico, diretamente associado a atividades agrícolas; (f) no caso do biodiesel
de óleo de fritura, se caracteriza por um grande apelo ambiental; e, finalmente (g) tem preço de mercado relativamente superior ao diesel comercial. Entretanto, se o processo de recuperação e aproveitamento dos subprodutos (glicerina e catalizador) for otimizado, a produção de biodiesel pode ser obtida a um custo competitivo com o preço comercial do óleo diesel, ou seja, aquele verificado nas bombas dos postos de abastecimento.
Segundo relatórios do Programa Nacional de óleos Vegetais, testes desenvolvidos em território nacional com vário tipos de óleos vegetais transesterificados, puros ou misturados ao óleo convencional na proporção de 30%, demonstraram bons resultados quando utilizados por caminhões, ônibus e tratores. Nesses testes, foram percorridos mais de um milhão de quilômetros e os principais problemas apresentados foram associados a um pequeno acúmulo de material nos bicos injetores e um leve decréscimo na viscosidade do óleo lubrificante. Testes de desempenho de curta duração foram também realizados em bancada dinamométrica em plena carga, com motores de injeção indireta do tipo x8/29 previamente otimizados para a queima de óleo diesel puro.


Comparativamente ao óleo Diesel, seu uso traz diversas vantagens:

  • Petróleo é um bem finito, um bem não renovável;
  • Petróleo e derivados, quando queimados, liberam gases altamente poluentes (CO2, Nox, dióxido de enxofre);
  • A queima de OVB (Óleo Vegetal Bruto) apenas devolve ao ambiente o CO2 que as plantas sequestraram do Meio Ambiente para o seu crescimento através do fotossintese e quimiosíntese e será reaproveitado por elas. Ao contrário, a queima do petróleo libera CO2 retido e inerte no solo. Portanto, a queima de diesel auxilia no efeito estufa;
  • O uso de óleo vegetal usado de cozinha retira do meio ambiente um passivo poluidor;
  • Considerando-se o custo da aquisição, os impostos e taxas incorporadas ao óleo vegetal, estamos agregando valor a este quando do seu uso como combustível. Fecha-se o ciclo do óleo vegetal;
  • O custo de coleta, adaptação do motor e tratamento do óleo de cozinha usado é menor do que o custo do diesel puro;
  • O custo ambiental do uso do diesel e do descarte inadequado do óleo vegetal usado no Meio Ambiente é incomensurável.
  • Enquadramento da empresa na lei nº 14.330 de 18/01/2008 que constitui o programa Estadual de Tratamento de Reciclagem de óleos e gorduras de Origem Vegetal , Animal e de Uso Culinário.




3.3. FONTES DE OVB:

O OVB a ser utilizado neste projeto será oriundo do projeto de coleta / entrega voluntária junto á população de São Bento do Sul, do comércio local usuário deste insumo, tais como restaurantes, pizarias, pastelarias, lanchonetes, e outros, através de projeto de coleta de purificação deste material pela parceria entre Consórcio Ambiental Quiriri, Secretária Municipal de Meio Ambiente e Cooperativa dos Catadores de Material de Reciclável de São Bento do Sul.

3.4. TRATAMENTO DO OVB PAR USO COMO COMBÚSTIVEL:

Para utilização de OVB como combustível, tem -se duas possibilidades : adaptar o combustível ao motor ao combustível.

De acordo com engenheiro mecânico Thomas Fendel , de Rio Negro – PR, proprietário da FENDEL TECNOLOGIA,empresa pioneira na região na utilização de OVB em automóveis e comerciante de Kits adaptadores para OVB , óleo vegetal, por ser mais de 10% de álcool combustível par o uso do Kit.
Conforme pesquisa de experiencias de sucesso na utilização do OVB como combustível, o processo de tratamento deste produto consiste em :

  1. DECANTAÇÃO: O Óleo recebido é transferido para tambores de boca larga com peneira que retem as impurezas maiores. Ali o óleo fica em descanso por cerca de 48 horas, sendo que asa impurezas e a água se acumulam no fundo. Este recipiente deverá contar um registro do tipo de esfera de grosso calibre de (50mm) no fundo para facilitar a retirada do decanto. O sobrenadante é do óleo parcialmente tratado e será transferido par outro galão via sucção com mangueira, bombeamento ou por desnível enter galões. O resíduo resultante deste processo poderá ser descartado no lixo comum, desde que embalado corretamente, ou seja, em recipiente plástico, tal qual preconizado para o descarte do óleo vegetal usado.

  1. RETIRADA DO SAL E AÇÚCAR: o sal que porventura possa ser estar presente pode danificar asa peças metálicas do motor diesel, não obstante este tipo de motor contar com proteção contra corrosão devido aos compostos sulfurosos produzidos durante a queima do diesel. O açúcar ao ser aquecido tende a solicitar, o que causaria ao obstruções nos ductos e carbonização na camara de explosão. A mistura de água ao óleo com agitação sequestrará estes dois contaminantes .


  1. RETIRADA DA ÁGUA RESIDUAL E ADICIONADA: deixar o óleo em repouso fará com que água decante. O sobrenadante constituirá o óleo óleo vegetal praticamente limpo. Entretanto, há a possibilidade de haver água residual incorporada. Para retirá-la, basta aquecer este óleo entre 120º a 150º C por alguns minutos, pois como a água tem seu ponte de fervura a 100ºC, bem menor que o ponto de fervura do óleo, esta deverá evaporar.

Outro processo que pode complementar esta consequência é a microfiltragem com filtros de 1 micron, de fácil aquisição de no mercado. Os próprios filtros de linha de combustível para motores diesel se prestam ao serviço. Este filtro poderá ser instalado na própria linha de alimentação da bomba injetora, o que é recomendável para maior segurança na qualidade do combustível.

Para este processo necessita-se de:

  • Área apropriada onde será instalada a mini-usina de tratamento de OVB;
  • licenciamento Ambiental junto á Fatma para o empreendimento;
  • 01 galão ou mais galões par recepção o OBV a ser recolhido (a capacidade destes galões deverá ser definida conforme a demanda de recolhimento). O reaproveitamento de galões, metais ou plásticos, de insumos da própria empresa é aconselhável e desejável.;
  • 01 galão ou mais galões para a adição de água para diluição e remoção do sal, açúcar de mais a impurezas. Este galão deverá ter conjunto agitador de motor elétrico e hélice agitadora para maximizar a incorporação dos elementos a serem removidos com a água;
  • 01 galão ou mais galões de boca larga, preferencialmente metálico, para o aquecimento da mistura visando a eliminação da água incorporada e adicionada. Este ou estes galões deverão ser de volume menor aos anteriores e perfeitamente, fixos, pois devido ao aquecimento de seu conteúdo a 120º a 150º C, todas as medidas de segurança devem ser tomadas visando evitar-se acidentes (conforme informações obtidas em pesquisa, um tambor de 80 litros atinge 150ºC em aproximadamente 3 a 4 horas).
  • O aquecimento poderá ser feito através de chama direta ou através de aquecedor elétrico, do tipo serpentina, comumente usada em sistemas de aquecimento de água e nas fritadeiras;
  • Este último processo, para diminuir riscos de acidente e garantir melhor qualidade do OVB, deverá ser feito periodicamente e na quantidade suficiente para suprir a demanda de consumo do motor no período menor possível, mas que não demande excessiva mão de obra no processo (alguns dias, 01 semana , etc).


3.5. DAS INSTALAÇÃO PARA O TRATAMENTO DO OVB:

Para o processo de tratamento do óleo de cozinha bruto recolhido são necessários , prevendo -se a coleta de 1000 litros por mês:
  • Área coberta com área de aproximadamente 20 m² e altura de 2,5 m;
  • Piso de cimento ou com revestimento liso, lavável, impermeável resistente e com declive de 1°;
  • A inclinação do piso deverá conduzir a canaletas destinadas ao recolhimento do possíveis vazamentos que serão coletados em tanque especial abaixo do nível do piso;
  • Não são necessárias paredes, exceto na parte posterior. As laterais poderão ser fechadas com paredes e a frente poderá ou não ter portão de acesso. Neste caso prever abertura deste o suficiente para que não afete a carga, descarga e procedimentos;
  • Á área deverá ser bem ventilada e iluminada, dando-se preferência à iluminação e ventilação naturais;
  • A área destinada deverá prever ampliação horizontal ou vertical para possível aumento da demanda.

3.6. ADAPTAÇÃO DO MOTOR DIESEL PARA O USO DE OVB:

Os equipamentos disponíveis na PMSBS e que serão alvo de deste projeto compõem-se, numa primeira etapa, de um trator, um caminhão e uma camionete leve, equipamentos estes a serem definidos pela Secretaria de Obras. Posteriormente, conforme o volume de OVB coletado, serão incorporados ao projeto os demais veículos movidos à Diesel da PMSBS e suas autarquias.

Para o uso do biocombustível deve-se adaptar o motor para a sua utilização ou então adaptar-se o combustível ao motor.

O óleo vegetal é mais viscoso que o óleo diesel, e para que possa ser usado como combustível deve ter a sua viscosidade diminuída, caso contrário sua passagem pelos ductos e pela bomba injetora será comprometida, inclusive dificultando sua queima. Para isso tem-se algumas alternativas:
  • Misturá-lo ao próprio óleo diesel em proporções que variam em até 50%;
  • Adicionar álcool combustível na proporção de 10%;
  • Aquecer o óleo vegetal a temperatura de aproximadamente 80°C, o que o torna mais fluido.

A primeira opção será usada no projeto em questão, baseado nos seguintes motivos:



4. MONITORAMENTO:

Por tratar-se de uma inovação, embora já largamente testada e aprovada, inclusive em outros países, convém monitorar alguns itens como consumo em cada um dos tipos de combustível (óleo diesel puro e misturado com OVB), rendimento, perda ou não de potência, falhas no funcionamento, intercorrências que possam vir a ocorrer, temperatura de funcionamento, consumo ou contaminação do óleo lubrificante, emissão de odores ou gases desagradáveis ou prejudiciais pelo sistema de escapamento, e outros que possam surgir.

Todos esses parâmetros, por tratar-se de um projeto pioneiro na empresa e como fonte de dados para a replicação do processo em outros setores da sociedade ou outras empresas, deverão ser disponibilizados para o Consórcio Ambiental Quiriri e demais interesses em aderir ao processo de uso do OVB.

 
5. IMPLANTAÇÃO

A implantação do projeto se dará a partir do momento em que tenha-se coletado e tratado quantidade suficiente de OVB para a adição nas quantidades pretendidas ao díesel combustível, variável nas proporções de 5 a 35% do volume total de combustível a ser utilizado.






























6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Lei nº 14.330, de 18 de janeiro de 2008. Institui Programa Estadual de Tratamento e Reciclagem de Óleos e Gorduras de Origem Vegetal e de Uso Culinário. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil]. Brasília, DF, 15 jan. 2008.

SÃO BENTO DO SUL. Consórcio Ambiental Quiriri. Projeto de Coleta e Utilização de Óleo usado de Fritura como Combustível em Conjunto Moto-Gerador a Diesel na Empresa Condor S.A.: São Bento do Sul, 2008. 9f.

HOMOLOGADO O PRIMEIRO CARRO MOVIDO A ÓLEO DE COZINHA. Capturado em 25 de fevereiro de 2008. Diário Online. Disponível na Internet http://www.fendel.com.br/homologacao.htm

STORTO, Graziela. UFSC Transforma Óleo de Cozinha em Combustíveis. Clicrbs, Florianópolis, 4 mar. 2008. Capturado em 4 mar. 2008.. Online. Disponível na Internet: http://www.clicrbs.com.br/especiais.html

Degradação Térmica de Óleos Comestíveis. Capturado em 25 fev. 2008. Online. Disponível na internet na http://www.biodieselecooleo.com.br.html

MOHN, Claudia. 100 Mil Movidas a Óleo Vegetal. O Globo online, Rio de Janeiro, 11 mar. 2008. Capturado em 11 mar. 2008. Online. Disponível na Internet: http://www.globoonline.com.br/icox.html

TEIXEIRA, Karência Martins. Afinal, Q o é o Biodiesel?. São Paulo-SP, 5p.

BRASIL. Agência Nacional do Petróleo. Portaria nº 240, de 25 de agosto de 2003. Regulamenta a utilização de combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos não especificados no País. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil]. Brasília, DF, 27 ago. 2003.

GOMES, Pablo. Biocombustível. A Noticia, Florianópolis, março 2008. Caderno Economia, p. 10.

JUNIOR, Theodozio Stachera. Biocombustíveis. Revista CREA PR, Curitiba, 13, nº48, pg. 08, Nov/dez 2007.