APRESENTAÇÃO DO LIVRO "PIONEIROS" 2012
Autor
Marcelo Hübel
Revisão, capa e projeto gráfico
IMPULSO COMUNICAÇÃO
Fotos de capa e contracapa
Marcelo Hübel
Bibliotecária
Andréa Blaskovski CRB 14/999
Patrocínio
TUPER
154 páginas
64 imagens (preto e branco)
300 livros doados para bibliotecas e apoio social.
Os primeiros moradores do Planalto Norte Catarinense
e Sudeste do Paraná, no Vale do Rio Negro, e
sua cultura.
O resgate da história: dos tropeiros, dos
Imigrantes, dos índios Xokleng e da Revolução Federalista.
A cultura apresentada em diferentes
expressões, no registro de um povo bravio e memorável.
Um livro indispensável para descendentes das famílias FRAGOSO e KÖNIG e todo apreciador da história e cultura.
Marcelo Hübel |
Escrever
a história é uma oportunidade de fomentar valores culturais que algumas vezes
estão perdidos, ou até mesmo, desconhecidos pela ação do tempo. Este livro é a
revelação do passado, do pragmático, de uma época memorável, portanto fiel na
sua revelação. A precisão e veracidade dos fatos ocorre em grande parte pelas
informações dos manuscritos de Zeferina, que em 1938 deixou este grande legado,
narrando sua própria vida, e de seus pais e tios, garantindo sobremaneira a
confiabilidade deste passado remoto, considerando ainda sua proximidade em
relação ao tempo e pelo afeto da vida de seus familiares. Também enriquecem e
complementam o livro, outras fontes de pesquisas como: entrevistas, literatura
de apoio, registros de documentos etc.
“PIONEIROS” é uma obra
de valor inestimável que resgata um período esquecido ou pouco valorizado. Esta
obra tem por finalidade apresentar a vida destes colonizadores no cotidiano,
seus usos e costumes, e outras situações que margeiam o passado na revelação
dos grandes feitos históricos que coexistiram com estas famílias.
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O Planalto Norte
Catarinense sempre é lembrado pela colonização, na maioria por imigrantes
europeus, que aportaram desde o ano de 1873, sendo na maioria alemães, mas
provindos de regiões diferentes. Dos
primeiros imigrantes que aqui chegaram, podemos referenciar suas procedências
da Prússia Ocidental; Boêmia; Pomerânia; Saxônia; Polônia; Áustria; Baviera;
Wetsfália e ainda Teuto-Polones, e nos sucessivos anos foram seguidos por
muitos outros de diferentes e distintas “origens”. Mas os moradores que já
habitavam estas terras foram pouco referenciados. Sendo em algumas situações
gentilmente ou necessariamente lembrados, sendo mais evidente e eminente a
participação dos tropeiros, quando narrado o transporte dos primeiros
imigrantes e seus pertences de Joinville a São Bento. Conforme este pequeno
relato no livro São Bento do Sul Subsídios Para a Sua História, que curiosamente traz na capa do livro bela
gravura evidenciando o tropeiro e parte da sua tropa de mulas, com bruacas. “No
dia 20 de setembro de 1873, os homens e uma tropa de bestas, com dois tropeiros
brasileiros, João Fragoso e José Manoel da Cruz, partiram de Joinville e
iniciaram a sua marcha para a distante Serra Geral”.(FICKER, 1973).
Ainda no Livro de Josef
Zipperer é reforçada a admiração por estes brasileiros. “Viviam sob um regime de
costumes rígidos, mas eram felizes. As famílias eram grandes, predominando
entre elas eram o sistema patriarcal. Os pais eram respeitados pelos filhos,
que a eles se dirigiam tratando-os por Vv. Mercê, e não raro encontrei homens
de cabelos brancos, respeitosamente beijando as mãos de seus pais, sem o menor
constrangimento” (ZIPPERER, 1954). “Considero uma grande pena ninguém ter
escrito algo sobre essas famílias que aqui moravam, seus costumes e sua
vida.”(ZIPPERER, 1954).
Mas este livro resgata a
importância destes, que embora de descendência portuguesa, prefiro referenciar
por “brasileiros”, ou de forma mais gentílica como gaúchos, ou ainda mais
especificamente, tropeiros, nascidos no Brasil e formadores de uma cultura
regional. São representados nesta obra pela família dos Fragoso. Entretanto
este livro não deve ser visto apenas como a história de uma família, mas pelo
conjunto do contexto da importância política, econômica, social e ambiental.
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A fase do tropeirismo
nos últimos anos, está sendo nacionalmente valorizada, ressurgindo a história
em exposições, documentários, peças de teatros, reportagens e livros, tamanha a
magnitude e importância que gerou.
Nossa região pode não
ter sido o berço do tropeirismo, mas foi a terra adotada pela fixação destas
bravas famílias com sua própria tropa, e o cenário de passagem de muitos outros
tropeiros que por aqui um dia deixaram rastros de saudosa memória.
Banca Gibi (lateral do Correio no centro da cidade);
Livraria Boulevard (Super Center Germânia);
Livraria Fraterna (início do calçadão no centro da cidade) e
Livraria São Bento (Shopping Zipperer).
Boa leitura
Marcelo Hübel
Apresentação do autor por Anderson C. Schier
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Apreciador da história científica e
informal na apresentação de crônicas e contos. Crítico sobre tudo e de
ideologias próprias se embasa no conhecimento geral, muito bem compreendido
nesta obra que sai dos requisitos da biologia englobando a história, numa obra
que fortalece os valores culturais.
Neste livro Marcelo, nos traz
relatos de uma história que ninguém, ou poucos conhecem, revelando os fatos
de vida da família Fragoso, envolvendo, em particular, a trajetória de Zeferina
Maria König, sua antepassada, que deixou registrada sua vida em pequenos
manuscritos guardados a sete chaves. O autor nos traz a história impressionante dos
primeiros moradores do Planalto Norte Catarinense e Sudeste do Paraná. Revive o
passado e a cultura dos tropeiros, dos índios, dos imigrantes, da bravura e sofrimento
de um povo e as marcas deixadas por uma revolução.