segunda-feira, 30 de abril de 2012

"Aves do Quiriri" - Convite de Lançamento


Disponível após dia 4 de maio na: Livraria Boulevard, Banca Gibi, Livraria Idea e Rota das Cachoeiras

sábado, 28 de abril de 2012

“AVES DO QUIRIRI” MOSTRA OS ANIMAIS EXISTENTES NA REGIÃO


“AVES DO QUIRIRI” MOSTRA OS ANIMAIS EXISTENTES NA REGIÃO
A Obra assinada pelos biólogos e amigos Marcelo Hübel e Thiago Dreveck será lançado dia 4
Por: Mariana Honesco

O sorriso revela a satisfação ao ver a obra, enfim pronta e disponível ao público. “Estou satisfeito por escrever algo que nunca antes havia sido publicado no Planalto Norte. A felicidade, na verdade, é essa”, narra o biólogo Marcelo Hübel, um dos autores da obra “Aves do Quiriri”. O livro já está pronto mas oficialmente será lançado no dia 4, em sessão especial na Câmara de Vereadores. Na oportunidade, 500 dos mil livros impressos serão doados para bibliotecas, escolas públicas e particulares dos municípios integrantes do Consórcio Quiriri. Recebem o material também a Associação São Francisco de Assis (Asfa) e a Arecicla, entidade que trabalha com a reciclagem.



A OBRA
As 82 páginas da obra fazem referência às espécies encontradas em São Bento, Rio Negrinho, Campo Alegre e Corupá. As Unidades de Conservação, criadas por Lei Municipal foram os principais palcos das ações e captura de belas imagens. O colorido das aves nos ambiente em que vivem chama a atenção em 72 páginas ilustradas.
Na capa, uma pausa para reflexão. O papagaio-de-peito-roxo, ave ameaçada de extinção, ilustra a abertura da obra. “A população desta ave baixa com rapidez e é possível que a espécie suma”, alerta Marcelo. O desaparecimento da espécie, segundo o biólogo, é comum por dois fatores, especialmente. “ O desmatamento, que reduz o número de alimentos e o próprio hábito da ave, que faz ninhos sempre no mesmo local, todos os anos”, explica. O hábito, que permite se seguido, aumenta a cobiça de quem almeja ganhar dinheiro fácil. Vendidos no comércio paralelo, os filhotes vão para as gaiolas e “decoram” os ambientes mais caseiros. “Ele não fala mas é mito manso”, diz Marcelo.
Longe de desaparecer, no entanto, está a ilustração captada com detalhes pelo biólogo. Na contracapa, uma paisagem da comunidade de Rio Natal, em São Bento, revela vários tons de verde. A ilustração é de uma Unidade de Conservação.”Justamente onde trabalhamos mais”, sorri,
A publicação, resultado de estudos em avifauna se transformou em uma coletânea de imagens e uma referência na identificação de espécies. Ela registra 249 espécies e, além de um guia de observação, dá instruções de como observar e tratar as aves. “ O livro é diferente. Falamos da questão ambiental, do próprio Consórcio Quiriri. É a primeira obra que fala sobre esta questão na nossa região. Catálogos de aves existem, mas assim com fotos e mais detalhes não há”, orgulha-se Marcelo.
A obra é direcionada a quem realmente gosta de apreciar, sem agressão, a natureza. Os biólogos e agora autores, já visualizam novos projetos. A segunda edição do livro já começa a ser planejada.

Onde Comprar?
Após o lança amento oficial, a obra estará disponível nas bancas e livrarias. Por livro, a sugestão de valor será de R$20.

Pioneiros
Nem bem lançou sua primeira publicação, Marcelo Hübel trabalha em um novo projeto. Trata-se do livro “Pioneiros”, um resgate do período pré-colonial, que trata das dificuldades e desafios das primeiras famílias moradoras da região do Planalto Norte e Sudeste do paraná no Vale do Rio Negro. A obra é baseada na história e em documentos antigos, retirados do baús quase esquecidos nos sótãos de antepassados. Ainda assim, Marcelo garante que suas impressões pessoais são discretas e, quando aparecem, vêm cercadas por observações e “parenteses”. Paralelamente aos desafios das limitações de recursos, a obra resgata grandes acontecimentos e marcos, como o Tropeirismo, a Revolução Federalista e a inserção dos índios Xokleng no contexto cultural.



Fonte: A Gazeta 27/04/12 Por: Mariana Honesco

sábado, 21 de abril de 2012

RPPN Serra da Farofa KLABIN

RPPN Serra da Farofa
INTRODUÇÃO
Uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma unidade de conservação constituída em propriedade privada cujo objetivo é a proteção ambiental. As unidades de conservação integrantes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (Lei n° 9.985 de 18 de julho de 2000) dividem-se em dois grupos com características especificas: as Unidades de Proteção Integral e as Unidades de Uso Sustentável. As RPPN´s estão inseridas no grupo das Unidades de Uso Sustentável, que têm por objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de seus recursos naturais. Instituída de forma voluntária, uma RPPN tem como um de seus principais objetivos a realização de pesquisas científicas. A gestão é de competência exclusiva de seu proprietário podendo, pode quando possível e oportuno, receber o apoio dos órgãos integrantes do SNUC1 para a elaboração do Plano de Manejo ou Proteção e Gestão da Unidade.
No estado de Santa Catarina, a Klabin adquiriu áreas destinadas exclusivamente à conservação da natureza na região onde atua. São 4.965,86 hectares, em seis grandes blocos localizados nos municípios de Painel, Urupema, Rio Rufino, Urubici, e Bocaina do Sul. Uma importante área adquirida foi a da Fazenda das Nascentes, popularmente conhecida como Fazenda Farofa, assim chamada em referência a uma serra local de mesmo nome. Esta fazenda faz parte do bloco I (primeira área adquirida), localiza-se no município de Painel divisa com Urupema (SC) e possui uma superfície de 1.497,45 ha (vide anexo 1 e figura a seguir) de vegetação natural em elevado estado de conservação. O ponto mais alto encontrado na reserva apresenta 1.734 m de altitude.
Urupema (Foto: Marcelo Hübel)



RPPN Serra da Farofa KLABIN (Foto: Marcelo Hübel)


Fazenda das Nascentes, Urupema - SC

A RPPN Serra da Farofa se constitui como um relevante instrumento de conservação dos recursos hídricos catarinenses. A prioridade foi a escolha de áreas onde estão localizadas as nascentes dos rios Canoas e Caveiras, mananciais que abastecem Otacílio Costa, Correia Pinto e Lages. Na área, estão quatro das cinco nascentes do Rio Caveiras na região. Dentre os municípios que recebem a água produzida na RPPN Serra da Farofa, está Lages, o maior deles, com aproximadamente 161.583 habitantes (IBGE, 2007).
A Fazenda Farofa é considerada uma Floresta de Alto Valor de Conservação, pois nela estão sendo preservados atributos como a proteção de nascentes e mananciais e a conservação de espécies de plantas e animais ameaçados de extinção. Nela, é possível encontrar importantes formações vegetais, como as florestas de araucária (Floresta Ombrófila Mista), os campos de altitude e a mata nebular. A rica fauna e flora local também abriga espécies incluídas em listagens oficiais como ameaçadas de extinção.
O desenvolvimento de atividades de caráter conservacionista visa a manutenção e aumento da qualidade ambiental de importantes atributos ambientais, como a produção de água, fixação de carbono e diversidade biológica. A preservação de florestas consideradas de alto valor de conservação é importante para impedir a degradação florestal e a exaustão de matrizes genéticas de espécies de fauna e flora.
Ainda, a região onde se encontra inserida a RPPN tem como principais atividades a agropecuária e o turismo rural. Guarda importância também o extrativismo vegetal, com destaque para a coleta de pinhão. Inserida numa região que ainda guarda expressiva quantidade de araucárias (Araucaria angustifolia (Bertol) O. Kuntz.), esta unidade de conservação colabora também para a manutenção da variabilidade genética desta importante espécie do ponto de vista socioeconômico e ambiental, que faz parte da cultura regional. Além disso, o mapa anexo mostra a importância desta área na paisagem com relação às demais UC´s existentes na região.

RPPN Serra da Farofa KLABIN (Foto: Marcelo Hübel)

RPPN Serra da Farofa KLABIN (Foto: Marcelo Hübel)

Campo Natural Morro das Antenas

Campo Natural Morro das Antenas

Campo Natural Morro das Antenas

A SERRA DA FAROFA
A Serra da Farofa é palco de um fenômeno climático muito raro no Brasil, quando fortes ondas de frio, impregnam a vegetação arbustiva com flocos que lembram nevascas, sem ser, todavia uma precipitação. Esse fenômeno é conhecido como sincelo e ocorre quando há o congelamento de um nevoeiro, sob muito baixa temperatura e com presença de vento forte que adere o vapor de água. Em vários anos, não houve precipitação nival em outras localidades, sendo que nesta em ambas as elevações as áreas amanheceram "salpicadas de neve". Se as condições de umidade e temperatura forem favoráveis, geadas severas ocorrem nessas.2
Esta serra é um dos poucos locais brasileiros a registrar nevascas. O local demonstra muito bem o embate entre as vegetações de campos e das matas ombrófilas, vegetação de gramíneas baixas resistindo apenas no topo das elevações (BARFKNECHT, 20083).
A Serra da Farofa pode ser considera única por sua grande beleza e forma. Consiste das últimas elevações da Serra Geral, com mais de 1700 m, cujas altitudes máximas estão na porção leste, caindo gradualmente cerca de 100 - 150 metros no extremo oeste brasileiro, no qual se encontra o extenso planalto vulcânico que se distribui pelo extremo sul-sudeste do Brasil. Altitudes similares as presentes na porção oeste da região da Farofa pode ser encontrado somente nos contrafortes dos Andes (KLAUBERG)4.
A área onde está inserida a RPPN Serra da Farofa está localizada no Planalto Basáltico Arenítico, também denominado de Planalto dos Campos Gerais, que é caracterizado por blocos situados topograficamente acima das áreas circundantes. A evolução desta bacia em todos os seus aspectos geológicos está intimamente relacionada com a distribuição do padrão de falhamentos (NW-SE, NE-SW e E-W), da situação temporal dos movimentos recorrentes destes falhamentos e do controle estabelecido pelas estruturas instáveis. As feições lineares com direção NW promoveram o condicionamento de milhares de corpos ígneos intrusivos e a extrusão dos derrames de lava. É típica a ocorrência de grandes diques e deformações associadas.
Na área abrangida pelas fazendas em questão ocorre o predomínio de rochas da formação Serra Geral. A formação Serra Geral é constituída essencialmente por uma seqüência vulcânica que inclui rochas de composição básica até acida. As efusões ígneas ocorreram por rifteamento de costa em grande extensão, produzindo uma série de derrames basálticos numa espessura que pode chegar a 1.500 metros no centro da Bacia do Paraná.
Os processos geomorfológicos, geralmente, são complexos, refletindo não somente a inter-relação entre as variáveis causais (clima, geologia, morfologia, etc), mas também a sua evolução no tempo. Portanto, ao se tratar de processos deve-se sempre ter em mente a noção do espaço em que o processo ocorre e a sua velocidade. De acordo com Embleton e Thornes (1979) processo, em Geomorfologia, define as ações dinâmicas ou eventos que envolvem a aplicação de forças sob certos gradientes. Essas ações são provocadas por agentes como chuva, vento, ondas, marés, rios, gelo, etc.
Quando as forças excedem as resistências dos sistemas naturais, ocorrem modificações por deformações do terreno, mudança de posição ou mudanças na estrutura química. As modificações podem ou não ser perceptíveis à nossa capacidade de observação, dependendo da velocidade do processo ou da relação de forças. Caso as solicitações superem as resistências por uma pequena margem, a dissipação de energia pode ser apenas por atrito.
As características litológicas do substrato rochoso aliado ao pequeno manto de alteração, também condicionam baixa suscetibilidade do material a erosão. A cobertura vegetal é o fator mais importante de defesa do solo contra a erosão e neste caso funcionará como uma barreira ao impacto da chuva sobre o solo.
Portanto, em linhas gerais, considerando o manto de alteração do solo, o substrato rochoso existente no local, a topografia, a cobertura vegetal, porte das drenagens, pode-se afirmar que a região apresenta boa estabilidade e não é suscetível a processos significativos de dinâmica superficial, como a erosão, movimentos de massa (rastejos, escorregamentos e movimentos de blocos rochosos), assoreamentos, inundações de porte, subsidências e colapsos.
A variação entre as vegetações de campos e das matas ombrófilas formou-se a partir do término da última grande glaciação (11.500 anos antes do presente), com a vegetação de gramíneas baixas resistindo apenas nos topos das elevações, á medida que o clima, mais úmido e quente, favoreceu o desenvolvimento de florestas em detrimento das vegetações campestres.5

RPPN Serra da Farofa KLABIN (Foto: Marcelo Hübel)

RPPN Serra da Farofa KLABIN (Foto: Marcelo Hübel) Floresta Ombrófila Mista; Nebular; Campos Naturais


A presença de fitofisionomias distintas é resultado da variação estrutural das composições físico-químicas do ambiente proporcionada principalmente pelas condições geográficas e climáticas da região, apresentando em alguns pontos áreas características de Campos, Floresta Ombrófila Mista e Floresta Ombrófila Densa. Áreas compostas por duas ou mais formações fitofisionomicas são denominadas de áreas de Tensão Ecológica ou Área de Transição, no entanto essas áreas não apresentam composição estrutural de vegetação característica e sim variações provenientes das formações vegetacionais que as rodeiam.
As áreas de campos com altitude superior a 1200 metros, sendo uma das características particulares da serra da Farofa, são locais com características mais marcantes onde predominam rochas expostas e vegetação rasteira formada, principalmente, por gramíneas e muitos liquens sendo que o caráter disjunto e o isolamento geográfico deste ecossistema constituem fatores relevantes para a ocorrência de um alto grau de biodiversidade e endemismo.
Em termos físicos, a Serra da Farofa está inserida na Bacia (ou Região Hidrográfica) do Rio Uruguai, baseado na divisão hidrográfica nacional adotada no Plano Nacional de Recursos Hídricos - PNRH, apoiando-se     em     uma metodologia que proporciona o referenciamento de bases de dados para a sistematização e compartilhamento de informações. A Divisão Hidrográfica Nacional foi instituída pela Resolução do CNRH N° 32, de 15 de outubro de 2003 e com referência a esta base físico-territorial6.
No processo de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, o Estado de Santa Catarina foi repartido em dez regiões hidrográficas. Para a caracterização do espaço físico das regiões, das bacias e sub-bacias, dentro do estado de Santa Catarina, foram levados em conta vários fatores, todos interligados entre si e inseparáveis. Estas regiões apresentam as seguintes características: em média, cada região é composta por duas a três bacias hidrográficas; as bacias de uma mesma região apresentam um grau de homogeneidade física e socioeconômica bastante elevado; existe um considerável grau de coincidência geográfica entre a área integra as associações de municípios; em media, cada região é composta por 26 municípios, sendo 39 o número máximo de municípios.
Turfa - Morro das Antenas

RPPN Serra da Farofa KLABIN (Foto: Marcelo Hübel) divisa  com  Morro das Antenas

RPPN Serra da Farofa KLABIN (Foto: Marcelo Hübel) 

RPPN Serra da Farofa KLABIN (Foto: Marcelo Hübel) 

A RH 4 é a maior Região Hidrográfica em extensão de Santa Catarina (22.787 km2), integrando duas bacias: do rio Canoas, que corresponde à maior bacia hidrográfica Estadual e do rio Pelotas. O rio Canoas tem como afluentes, entre outros, o rio Correntes e o Caveiras nas margens direita e esquerda, respectivamente. A bacia hidrográfica do Canoas apresenta área total de 14.956 km2. É apresentada como tributária do Aqüífero Guarani, berçário de nascentes, com pouca contaminação hídrica. A partir da união dos rios Canoas e Pelotas formam-se o rio Uruguai, que segue na direção oeste, delimitando os territórios estaduais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul (SANTA CATARINA, 2007).
A conservação das águas, assim como das áreas naturais das bacias hidrográficas, é fundamental na manutenção dos recursos hídrico local e regional. No entanto, tal conservação não deve se restringir somente aos recursos hídricos, mas sim em todo o ecossistema que o permeia a fim de manter constante a dinâmica florística e faunística, principalmente das áreas ciliares presente nas bacias.
Diante da rica história natural do planalto catarinense de toda a riqueza presente, devemos olhar para a Serra da Farofa, como algo incomum, sendo última serra com mais de 1.700 m de altitude, ou a primeira a receber o impacto das fortes ondas de frio.

ALGUNS ESTUDOS REALIZADOS
Já foram identificadas em parceria com universidades (ESALQ/USP, UNICAMP, IB/USP, UFMG, UDESC e UFPR), através de projetos de pós-graduação e de pesquisa, 416 espécies da flora nativa dentro da área da RPPN, sendo 145 arbóreas, 174 ervas, 36 lianas e 61 pteridófitas. Algumas dessas espécies compõem a lista oficial de espécies ameaçadas de extinção da IUCN e IBAMA na categoria vulnerável e/ou perigo de extinção, criticamente ameaçada, pouco preocupante ou com dados insuficientes.
Das espécies arbóreas identificadas, entre angiospermas e gimnospermas, 13 se enquadram nas listas oficiais de espécies ameaçadas. Constatou-se no dossel das áreas florestais freqüência de Araucaria angustifolia, Mimosa scabrella, Myrsine coriacea, Weinmannia paulliniaefolia, Clethra scabra, enquanto no subdossel, verificou-se a presença de indivíduos como Ilex microdonta, Ilex paraguariensis, Prunus myrtifolia e Escallonia bifida. Com relação às pteridofitas, foram registradas 61 espécies para a flora local, sendo que 6 destas espécies fazem parte da lista oficial do IBAMA de espécies ameaçadas de extinção.
Através de convênio firmado com a UDESC, a Klabin vem coletando dados importantes sobre mastofauna ocorrente na Fazenda das Nascentes. O estudo visa avaliar a composição e a maneira como a mastofauna utiliza a área da fazenda utilizando-a como ferramenta para compreender a dinâmica ocupacional e temporal de diversas espécies. O levantamento está sendo realizado com a ajuda de armadilhas fotográficas. Encontram-se espalhados na fazenda pontos amostrais, denominados de Estações de coleta de dados, classificados em estrada, trilha e carreiros, onde 8 armadilhas fotográficas registram diariamente a imagem de animais silvestres que por ventura cruzem as lentes das câmeras.

Estação e área de cobertura das armadilhas fotográficas, na Fazenda das Nascentes, Urupema - SC
Dentre os animais silvestres já registrados pelas armadilhas fotográficas, destacam-se: Leopardus tigrinus (Gato-do-mato-pequeno), Tayassu pecari (Cateto), Dasypus novemcintus (Tatu-galinha), Mazama gouazoubira (Veado-virá), Eira bárbara (Irara), Cuniculus paca (paca), Aramides saracura (saracura-do-brejo), Cyanocorax caeruleus (gralha-azul), Penelope obscura (Jacu-guaçu).

Estação Fotos dos animais silvestres registrados na Fazenda das Nascentes, Urupema - SC

MEDIDAS DE PROTEÇÃO
Como medidas de proteção da área, são realizadas diversas ações, como a presença de vigilantes, a retirada de espécies exóticas da área e a contenção de animais domésticos. Em uma das áreas, antes da aquisição por parte da Klabin, o antigo dono havia realizado um pequeno plantio com o Pinus spp. A Klabin eliminou estas árvores do método de roçada manual e anelamento. Também como medida de proteção da área, cercas são importantes para que os animais das fazendas vizinhas sejam contidos e não tenham acesso à mesma.
Na área, moram três pessoas – um vigilante permanente, sua esposa e filho. Além deste vigilante permanente, existem mais 11 vigilantes que percorrem a área de moto, quando a mesma está acessível ou à cavalo quando o acesso é dificultado.



LOCALIZAÇÃO E ACESSO
Para chegar até a área pertencente ao Bloco I, saindo de Lages segue-se pela BR-282 entrando à direita sentido Painel (SC- 438). Passando pela cidade de Painel, segue a esquerda, já na SC-439 percorre-se cerca de 40 km até a placa que indica “Farofa”, entrando à esquerda em estrada de chão. Seguindo sempre a estrada, após aproximadamente 8 km encontra-se a sede da RPPN Serra da Farofa, conforme mostrado na figura a seguir.
As áreas que compõe a RPPN estão contidas nas seguintes coordenadas:



Quadro 1 – Coordenadas de localização da RPPN Serra da Farofa
Blocos
Localização
Latitude (S)
Longitude (W)
Coordenadas UTM
g
m
s
g
m
s
x
y
1
27º
54'
24,35''
49º
52'
13,22''
611171,62
6912602,80
2
28º
52'
15,95''
49º
46'
12,87''
619932,83
6905663,02
3
27º
58'
11,37''
49º
49'
9,25''
616133,23
6905568,82
4
28º
0'
8,78''
49º
41'
47,66''
628160,08
6901832,02
5
27º
57'
1,74''
49º
49'
3,78''
616321,04
6909556,84
6
27º
54'
2,52''
49º
47'
26,28''
619022,19
6913199,43


1 Órgão Consultivo e Deliberativo (CONAMA), Órgão Central (MMA) e Órgãos Executores (Instituto Chico Mendes e IBAMA – carácter supletivo; Órgãos Estaduais e Municipais – carácter administrativo).

2 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_da_Farova
3 Geraldo Barfknecht. Belezas Naturais da Serra Catarinense. 2008.
4 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_da_Farova
5 Disponível em: http://wikimapia.org/8635769/pt/Serra-da-Farofa-Rio-Rufino-Urupema-SC
6 Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Recursos hídricos. Disponível em: <http://pnrh.cnrh-srh.gov.br/pag/regioes.html>.

Fonte: Klabin

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Gralha-azul Cyanocorax caeruleus

Nome popular: Gralha-azul
Nome Científico: Cyanocorax caeruleus
Família: CORVIDAE
Tamanho: 89cm de tamanho, da ponta do bico até a terminação da cauda.
Diferença entre os sexos:
Não apresenta dimorfismo sexual, apenas o imaturo até o 6 mês apresenta coloração amarela na parte terminal da mandibula do bico. Apresentam cor azul com cabeça e pescoço preto, leve e curo "topete".
Ninho:
Seu ninho é com gravetos espalhados em formato raso, o zelo pelos filhotes não é só atribuição dos pais ficando para outros adultos.
Características:
Convivem em bandos de 6 a 8 aves, apresentam cerca de 14 vocalizações com distintos significados.
Alimentação:
Sua alimentação é variada podendo ser de frutos e sementes. O inverno apresenta um decréscimo de oferta de alimento e poucas árvores frutificam, neste período esta ave prefere o pinhão da Araucaria angustifolia.
Dormem em grupo e são vistos ajeitando as penas com leves bicadas, que também podem ser de limpeza de carrapatos ou de relação de afeto.
Habitat:
Ocorre em Floresta de Araucária a Floresta Ombrófila Mista, mas é encontrada no litoral na formação de Floresta Ombrófila Densa, onde chega até a se alimentar com sementes de palmito.
Curiosidades:
É sem dúvida uma das aves mais lendárias do sul do país, erroneamente rotulada como a maior plantadora de pinhões, na realidade esconde as sementes em fendas de árvores e bromélias, que costumeiramente esquece e germinam. O mesmo ato também é percebido pelos ratos silvestres mas estes exploram mais o chão.
Para algumas pessoas esta ave é mal vista, devido seu comportamento alimentar, pois também pode comer ovos e até pequenos filhotes em ninhos.
Seu território aumenta conforme a época do ano (inverno), ampliando a viabilidade de encontrar alimento.  

Gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) - Foto: Marcelo Hübel


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Feliz Páscoa

terça-feira, 3 de abril de 2012

Taxidermia no Museu Natural

02/04/2012

Taxidermia no Museu Natural

O Museu Natural Entomológico Ornith Bollmann foi criado com objetivo de ser uma opção de turismo, uma estratégia para educação ambiental e um centro para desenvolvimento da pesquisa científica.



 Para melhorar a importância da pesquisa, o curador de acervo, Paulo Schwirkowski, participa de curso para dominar a técnica de taxidermia de animais, conhecida popularmente por empalhamento de animais. O curso ocorre no Capão da Imbuia, em Curitiba, com profissional que realiza a atividade há 25 anos.
A taxidermia dos animais pode ser realizada para duas finalidades distintas. Quando o animal é taxidermizado em posição artística, utilizada para exposições, seja para o turismo ou educação ambiental, e o de posição científica, quando o animal fica em postura horizontal, com o espaço interno preenchido apenas com algodão e conforme a classe de vertebrado, um palito de madeira. As peças para uso científico são as mais importantes para pesquisadores, que apresentam as peças para estudo.
Após retirar a pele, a carcaça do animal é depositada em tambores, armazenados para pesquisas futuras, como, por exemplo, para análise do conteúdo estomacal. No momento o Museu Natural apresenta apenas uma pessoa em atividade direta, que está classificando as borboletas, conchas de molusco, orientando visitantes, registrando as peças no livro tombo, realizando curso de taxidermia, entre outros. “É importante termos um taxidermista no museu, que poderá receber as peças de pesquisadores ou até mesmo de animais encontrados mortos, coletados pela Polícia Militar Ambiental ou Bombeiros, como já tivemos manifestações de interesse na parceria, e assim aumentamos o acervo com os registros regionais”, explica diretor de Meio Ambiente, Marcelo Hübel. O museu vai iniciar a taxidermia quando dispor de infraestrutura de laboratório.


Fonte: http://www.saobentodosul.sc.gov.br/novo/noticia/10707