domingo, 29 de novembro de 2015

HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO DE TROJANOVICE PARA PIRAJU (SP) com Dr. Petr Polakovic


http://www.emigrationmuseum.cz/

sábado, 28 de novembro de 2015

IMIGRANTES FABRICANTES DE VIDRO

       Nos anos 1873-1876 habitavam as montanhas de São Bento os imigrantes de etnia alemã, no Estado de Santa Catarina, no Brasil, sendo a maioria provindo do Império Austro-Húngaro. 


Gablonz
1900
        Em São Bento até o ano de 1877  existiam 490 colonos, cada qual com 100 acres (50 ha), correspondendo a lotes de 200m de frente e 2 1/2 km de profundidade, com vasta quantidade de floresta, dos quais 215 lotes ocupados pelos de origem do Böhmerwäld; 181 do Norte da Boêmia (Reichemberg), 62 da Polônia/alemão, 13 da Pomerânia, outros 3... e 3 sendo Tchecos, tendo ainda lote com brasileiros e engenheiros alemães. Os da Norte da Boêmia eram principalmente do Reichenberg e alguns do Gablonz; denominados Reichenberge; se estabeleceram próximos na estrada conhecida como Reichenberg.


Estes eram em sua maioria trabalhadores da fábrica, e fabricantes de vidro, e sem o costume dos trabalhos braçais do campo, da agricultura. Mas eles eram espiritualmente muito aptos por viverem em florestas e pastos. Estes vidraceiros se uniram e fundaram uma vidraçaria, mas por falta de capital acabou sendo fechada. Muitos dos de origem da Boêmia do Norte mudaram-se para outras cidade, especialmente para Curitiba, mas também para Joinville, onde se falava o alemão, e muito poucos dos que aqui ficaram avançaram como figuras do comércio ou da indústria.
Fonte: Josef Blau “Baiern in Brasilien”, 1958.


VEJA TAMBÉM: 

PRIMEIRA INDÚSTRIA FORMADA POR COOPERATIVA - DO NORTE DA BOÊMIA PARA SÃO BENTO


 http://marcelohubel.blogspot.com.br/2015/11/primeira-industria-cooperativa-do-vidro.html

GABLONZ atualmente Jablonec nad Nisou é conhecido localmente apenas por Jablonec, sendo uma cidade no norte da Boêmia, a maior cidade da região do Liberec na República Tcheca, conhecida pelo seu vidro e joalheria.
  





Entre 1945 e 1949, a maioria dos alemães foram expulsos sob os termos de decretos Benes. No entanto, alguns milhares de alemães que estavam ativos na luta contra o regime nazista, os alemães que haviam se casado aos checos, alemães e com autorizações especiais foram autorizados a ficar em casa em Gablonz. Apesar de assimilação e de emigração para a Alemanha em 1968, a minoria alemã na Gablonz ainda existe (há alguns 1000-2000 na cidade).






In den Jahren 1873 bis 1876 hatte die Hanseatische Ansiedlungsgesellschaft im Staate Santa Catarina in Brasilien das Hochland von São Bento mit deutschen Einwanderern besiedelt. Bis 1877 waren 490 Siedlerstellen zu je 100 Morgen (beiläufig 50 ha), jede an der strasse 200m breit und in den Urwald hinein 2 1/2 km tief, besetzt, davon 215 Stellen mit Böhmerwäldlern, 181 mit Nordböhmen, 62 mit Deutschpolen, 13 mit Pommern, 3 mit Schelesiern, 3 mit Tschechen, die übrigen mit Brasilianern und deutschen Ingenieuren. Die Nordböhmen stammeten meist aus der Umgebung von Reichenberg und Gablonz; sie erhielten darum den Namen Reichenberger ; sie hatten sich zumeist in der reichenberg strass und im Orte Reichenberg (amtlich Lenco!)angesiedelt. Sie waren sächsischen Stammes
Es waren das zumeist fabrikarbeiter , auch glasdmacher waren darunter, die sich nicht so gut zur schweren Rodungsarbeit eigneten wie die harten, an Waldarbeit gewöhnten Leure aus der Neuerner Gegend im Böhmerwald.
Dafür waren sie geistig viel regsamer als die Waldler, auch von Haus aus gut unterrichtet, während diese ihre Jugend mehr in den Wäldern und auf den Viehweiden verbracht hatten als in der Schule. Die Glasmacher hatten sich zusammengetan und eine Glashütte gegründer, die aber, weil es an Geld zum Durchhalten fehlte, bald wieder einging. Viele der Nordböhmen gaben ihre Grundstücke an Böhmerwaldler ab und zogen in die Städte, vor allem nach Curitiba und Joinville, wo sie schon Deutsche vorfanden, und nicht wenige von ihnen schufen sich hier ein gures Fortkommen als Kaufleute oder Industrielle.

Gablonz 1926

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

IMIGRANTES BATIZADOS (POKŘTIL - GETAUFT) EM ROTHENBAUM ČERVENÉ DŘEVO



IMIGRANTES BATIZADOS POKŘTIL GETAUFT EM ROTHENBAUM ČERVENÉ DŘEVO

Deutsch einwanderer in die Kirche Our Lady of Sorrows getauft em Rothenbaum

Igreja Nossa Senhora das Dores, Rothenbaum.
René Marmulla  http://www.zanikleobce.cz
Listamos aqui alguns "Alemães", de etnia, mas Bohemios da Áustria-Hungria (atual República Checa ou Tcheca), batizados na Igreja Nossa Senhora das Dores em Rothenbaum (atual ČERVENÉ DŘEVO).

Poderíamos citar dezenas de imigrantes, que chegaram no Brasil em especial para São Bento do Sul e que foram batizados na igreja de Rothenbaum, muitos moradores dos arredores como de Fleken a 758m de Rothenbaum, ou ainda Sr. Katharina a 3500m de Rothenbaum, ou ainda Heuhof com cerca de 3000m de distância de Rothenbaum. 

Mas existem muitos registros de batismos perdidos ou não identificados por completo, restando datas e faltando detalhes como local e igreja. Citaremos abaixo apenas alguns dos batizados, (e/ou moradores), de ROTHENBAUM na Igreja Nossa Senhora das Dores.


René Marmulla  http://www.zanikleobce.cz
ANNA, casada com Georg Achaz (ele nasceu em Santa Katharina na Boêmia imigrou com pais e irmãos e irmãs chegando em São Francisco/SC/Brasil em 14/10/1877), ela filha de Margarida WEBER, ela NASCEU E FOI BATIZADA EM ROTHENBAUM.

FRANCISKA ALTMANN, filha de Fernando “Ferdinand” Altmann e Catharina Stascheck, nasceu em Heuhof e foi BATIZADA EM ROTHENBAUM . Imigrou com os pais . Navio Humboldt, barco a vela de 741 toneladas inglesas, saída de Hamburgo 15/04/1876 e chegada em São Francisco/SC/Brasil 11/06/1876 com 349 passageiros.


René Marmulla  http://www.zanikleobce.cz
PIA DO BATISMO 
JORGE BOECHLER, filho de Johann Boechler e Ana Linzmeyer, nasceu em Fleken e foi BATIZADO EM ROTHENBAUM onde também trabalhou como lavrador.

BÁRBARA HIEN, filha de Georg Hien e Therezia Speckl, nasceu em Flecken E FOI BATIZADA EM ROTHENBAUM. Casou em 23.04.1884 com 19 anos com André Zipperer). Imigrou com os pais e irmã. Navio Humboldt, barco a vela de 741 toneladas inglesas, saída de Hamburgo 15/04/1876 e chegada em São Francisco/SC/Brasil 11/06/1876 com 349 passageiros.

René Marmulla  http://www.zanikleobce.cz


ALOIS HÜBEL, neto de Francisco Hübl e Bárbara Ertl (Oertl) e Pedro Bohmann e Catharina Hauslat, filho de Wenceslau Hübl e Ana Maria Bohmann, nasceu em Heuhof e FOI BATIZADO EM ROTHENBAUM. Casou no Brasil aos 21 anos no dia 18/11/1884 com Maria Selke). Família imigrou pelo navio Humboldt, barco a vela de 741 toneladas inglesas, saída de Hamburgo 15/04/1876 e chegada em São Francisco/SC/Brasil 11/06/1876 com 349 passageiros.



René Marmulla  http://www.zanikleobce.c
JOÃO KOHLBECK, filho de Adão Kohlbeck e Therezia Hornick, NASCEU E FOI BATIZADO EM ROTHENBAUM, operário  de Flecken, viúvo de Bárbara Böhm casou aos 49 anos em 28/08/1889 com a viúva Carolina Brantl. Imigrou com esposa e filha e filhos. Navio Humboldt, barco a vela de 741 toneladas inglesas, saída de Hamburgo 15/04/1876 e chegada em São Francisco/SC/Brasil 11/06/1876 com 349 passageiros.

MARGHARETHA KOHLBECK (Margarida) filha de de Adão Kohlbeck e Therezia Hornick nasceu em Fuchsberg e FOI BATIZADA NO ROTHENBAUM. Casou em 12/02/1890 aos 23 anos com Carlos Grossl. Imigrou com irmãos e pais. Navio Humboldt, barco a vela de 741 toneladas inglesas, saída de Hamburgo 15/04/1876 e chegada em São Francisco/SC/Brasil 11/06/1876 com 349 passageiros.

René Marmulla  http://www.zanikleobce.c
FRANZ KOHLBECK filho de Adão Kohlbeck e Therezia Hornick, nasceu em Fuchsberg e foi BATIZADO EM ROTHENBAUM. Casou em 26/06/1890 aos 21 anos com Bárbara Mühlbauer. Imigrou com irmã, irmão e pais. Navio Humboldt, barco a vela de 741 toneladas inglesas, saída de Hamburgo 15/04/1876 e chegada em São Francisco/SC/Brasil 11/06/1876 com 349 passageiros.

MIGUEL (MICHAEL) MÜHLBAUER casado com Anna Maria Kordig (Kordick) lavrador em Flecken tiveram 7 filhos destes foram BATIZADOS EM ROTHENBAUM: MARTIN casou no Brasil em 18/11/1881 com Francisca Altmann; MARIA casou no Brasil em 20/09/1881 com Ignácio Fürst; MICHAEL (MIGUEL) e casou no Brasil em 22/09/1885 com Bárbara Eckstein; FRANCIZKA casou no Brasil em 05/09/1883 com Antonio Augustin e BÁRBARA que casou no Brasil em 26/06/1890 com Francisco Kohlbeck. Navio Humboldt, barco a vela de 741 toneladas inglesas, saída de Hamburgo 15/04/1876 e chegada em São Francisco/SC/Brasil 11/06/1876 com 349 passageiros.

BÁRBARA WEISS nasceu em Flecken e foi BATIZADA EM ROTHENBAUM EM 15/06/1867 e casou no Brasil em 26/06/1883 com Francisco Augustim, de uma família de 6 irmãos (ãs) filha de Carlos (Karl) Weiss natural de Flecken e Bárbara Zierhutt de Kolhein seus avós por parte de pai foram José Weiss e Bárbara Wenzel e por parte de mãe os avós Joãop Zierhut e Theresia Altmann. Carlos (karl) Weiss foi lavrador em Glashütte na Boêmia. Imigrou com pais irmãos e irmãs. Navio Humboldt, barco a vela de 741 toneladas inglesas, saída de Hamburgo 15/04/1876 e chegada em São Francisco/SC/Brasil 11/06/1876 com 349 passageiros.



René Marmulla  http://www.zanikleobce.c
PETER WÖLLNER casado com Bárbara foi LAVRADOR EM ROTHENBAUM. Imigrou com esposa e filho. Navio Bahia saindo de Hamburgo em 19/07/1881 e chegando em São Francisco/SC/Brasil em 21/08/1881 com 209 passageiros.

ANDRÉ ZIPPERER, filho de Anton Zipperer e Elizabeth Mischeck, neto de Adan Zipperer , bisneto de Jakob Zipperer/Therezi Bohman e trineto de Peter Zipperer, tetraneto de Peter Zipperer. Mas André Zipperer nasceu em 07/03/1862 em Flecken e foi BATIZADO EM ROTHENBAUM. No Brasil casou com Bárbara Hien e teve 11 filhos(as). Navio Zanzibar, barco de 231 toneladas inglesas, sai de Hamburgo em 20/06/1873 e chegou em São Francisco/SC/Brasil em 06/09/1873 com 148 passageiros, imigrou com pai mãe e irmãos irmãs

CARL ZIPPERER nasceu em Flecken e foi BATIZADO EM ROTHENBAUM 3 e casou no Brasil em 04/05/1889 com Theresia Bray e tiveram 8 filhos (as). Navio Zanzibar, barco de 231 toneladas inglesas, saiu de Hamburgo em 20/06/1873 e chegou em São Francisco/SC/Brasil em 06/09/1873 com 148 passageiros, imigrou com pai mãe e irmãos irmãs

René Marmulla  http://www.zanikleobce.c
ROTHENBAUM
JOSEPH ZIPPERER filho de Jorge (Georg) e Anna Bäumer foi BATIZADO EM ROTEHNBAUM e casou no Brasil em 15/02/1890 com Inez Duffeck; FRANCISCA ZIPPERER (filha de George e Anna) FOI BATIZADA EM ROTHENBAUM e casou no Brasil em 11/05/1887 com o viúvo Carlos Pscheidt; GEORG (filho de Georg e Anna) nasceu em Flecken e BATIZADO EM ROTHENBAUM casou no Brasil 10/09/1890 com Bárbara Altmann. Navio Zanzibar, barco de 231 toneladas inglesas, saiu de Hamburgo em 20/06/1873 e chegou em São Francisco/SC/Brasil no dia 06/09/1873 com 148 passageiros, imigrou com pai mãe e irmãos irmãs.



Josef Zipperer relata em seu livro que escrevia cartas para a Boêmia aos amigos e parentes, comemorando a terra que encontrou no Brasil, com fartura, escola, saúde, embora admita que tenha exagerado e faltado com a verdade absoluta, mas ainda assim conquistou muitos da Boêmia para virem morar em São Bento. Contudo na relação acima demonstramos algumas destas pessoas, que viajaram pelo mesmo navio, após 3 anos da chegada da família Zipperer. Entretanto ainda existem muitas outras famílias que não foram listadas aqui e que são de Santa Katharina, Flecken e arredores, distantes ou integrados num raio de 3.500 metros de Rothenbaum.

Atualmente, centralizando Rothenbaum, ou melhor Červené Dřevo, temos dentro do raio de até 9 Km cidades/distritos da Alemanha e República Tcheca sendo:

5 Km Rittsteig – Alemanha
7 Km Neukirchen – Alemanha
5 Km Warzenried – Alemanha
7 Km Stachesried – Alemanha
9 Km Eschelam – Alemanha

4 Km Chudenín – República Tcheca
7 Km Nýrsko – República Tcheca
8 Km Pocinovice – República Tcheca
7 Km Chodskálhota – República Tcheca
6 Km Vseruby – República Tcheca
7,5 Km Nová Ves – República Tcheca
8 Km Pocinovice – República Tcheca


IMAGENS RECEBIDAS DE René Marmulla  
http://www.zanikleobce.c Igreja Nossa Senhora das Dores, Cemitério em ROTHENBAUM


VEJA A POSTAGEM ANTERIOR SOBRE A IGREJA DE ROTHENBAUM

http://marcelohubel.blogspot.com.br/2015/11/rothenbaun-cervene-drevo-de-alois-hubl.html

NOSSA SENHORA DAS DORES

NOSSA SENHORA DAS DORES

NOSSA SENHORA DAS DORES

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Imigrantes de Rothenbaum Červené Dřevo de Wenzel Hübl, Alois Hübl, Ana Maria Bohmann, Weiss, Zipperer, Rank, Treml

Imigrantes de Rothenbaum Červené Dřevo de Wenzel Hübl, Alois Hübl, Ana Maria Bohmann, Weiss, Zipperer, Rank, Treml

Červené Dřevo (Rothenbaum), na divisa com a Alemanha


Rothenbaum atualmente Cervené Drevo, é uma dessas localidades, conveniente entre Všeruby / Neumark, Neukirchen beim Heiligen Blut und Nýrsko / Neuern no meio do Künischen Gebirge, na República Tcheca.  De “nossa terra” antes Império Austro-Húngaro, vemos as ruínas aflorando o fundamento base, da Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Dores ( ou “Farno Kostel Panny Marie Bolestne” ou "Zur schmerzhaften Mutter Gottes").
Igreja de Rothenbaum por Walter Grössl

Igreja que perdurou por 273 anos como ponto de referência do lugar, atendendo inclusive moradores de outras vilas próximas como o caso do batismo do meu trisavô Alois Hübl ou ainda tetravó Ana Maria Bohmann de Heuhof, mas Batizada em Rothenbaum  na  Boêmia, mas ainda podemos citar outras famílias em, ou no entorno de, Rothenbaum como: Weiss, Zipperer, Rank, Treml ente outros, (Imigrantes que chegaram no porto de São Francisco em 1876 seguindo para São Bento do Sul/SC. Mas nesta igreja tantos outros imigrantes e ascendentes, que também vieram para São Bento, frequentavam a mesma Igreja). O próprio imigrante Josef Zipperer comentou da última missa do grupo de imigrantes antes da partida, que pela origem deduzimos ser a mesma Igreja. Mas em relação a histórica igreja, após as turbulências da II Guerra, com expulsão dos alemães destas áreas e ainda com a Guerra Fria com intervenção dos comunistas, o local antes destruído, agora respira, sendo cuidado, zelado e respeitado pelas pessoas de bons princípios, que se esforçam para preservar oque restou, além de restaurar as boas lembranças e perdas de uma vila que apenas permanece intacta na lembrança das pessoas.
Foi fixado uma placa comemorativa no local que apresenta muitas informações sobe a história e valor do local. Em resumo podemos dizer:

“A Igreja de Rothenbaum foi definida em 1667 pelo arcebispo de Praga começou a ser construída em 1676 e santificada em 1680, mas foi queimada em 3 de maio de 1953, e demolida em dezembro de 1957, vindo ao chão. O local da antiga Rothenbaum, após cerca de 40 anos de restrições, passou por escavações tendo a definição das fundações da igreja e do cemitério em 1990 e 1991. Tendo novas intervenções em 1996 de organização local e valorização. As últimas ações tiveram participação e apoio da associação, “Vira a Domov”, fundação presidida por “Antonina Haase” e da paróquia de Neukircchen”.
Atualmente o local apresenta trilhas, o cemitério abandonado com as velhas lápides, paredes velhas, resquícios de fundações, e o deserto sonoro da história que o tempo não esqueceu, mesmo por força da II Guerra ou da ações dos comunistas que colocaram no chão a celebre igreja.



Cemitério de Rothenbaum em 1992 http://www.zanikleobce.cz

Cemitério de Rothenbaum em 2013. http://www.zanikleobce.cz

Cemitério de Rothenbaum em 2013. http://www.zanikleobce.cz




Rotenbaum e a referência de outras "vilas". http://www.zanikleobce.cz


Igreja de Rotenbaum http://www.zanikleobce.cz

Interior da Igreja de Rothenbaum. http://www.zanikleobce.cz

Nossa Senhora das Dores
Igreja de Rothenbaum atualmente http://www.zanikleobce.cz
http://www.zanikleobce.cz
VEJA TAMBÉM:


IMIGRANTES BATIZADOS (POKŘTIL - GETAUFT) EM ROTHENBAUM ČERVENÉ DŘEVO

http://marcelohubel.blogspot.com.br/2015/11/imigrantes-batizados-pokrtil-getauft-em.html



Veja mais imagens em: http://www.zanikleobce.cz

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Dr. Petr Polakovic PALESTRA IMIGRAÇÃO JABLONEC NAD NISSOU, GABCONZ AM NEISSE, BÖHMEN, BOHEMIA, BOEMIA, CESKA REPUBLIKA, REPUBLICA TCHECA

Petr Polakovic desenvolveu no Brasil um amplo trabalho de pesquisa, referente aos imigrantes da Boémia, percorreu estados e municípios levantando dados que complementaram um rico acervo de informações. Passou por São Bento do Sul, em diferentes situações, assim como Nova Petrópolis no RS e cidades do entorno. Na República Tcheca, mantem um site e museu em memória destes imigrantes. Como parte de seu trabalho realizará palestra "Jablonec neboli Gablonz v Brazíllii / Gablonz, o Jablonec brasileiro",

Veja também no YOUTUBE Marcelo Hübel os vídeos:

São Bento do Sul Recebe o Embaixador Jiri Havlik República Tcheca 


https://www.youtube.com/watch?v=-gilUQS6tT0


Hilário Rank São Bento do Sul recebe o embaixador Jiří Havlík República Tcheca
https://www.youtube.com/watch?v=20wCKRw5-Kg
https://www.youtube.com/watch?v=V8Cn8YKSq48





PALESTRA IMIGRAÇÃO JABLONEC NAD NISSOU, GABCONZ AM NEISSE, BÖHMEN, BOHEMIA, BOEMIA, CESKA REPUBLIKA, REPUBLICA TCHECA -  Dr. Petr Polakovic

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

PRIMEIRA INDÚSTRIA FORMADA POR COOPERATIVA - DO NORTE DA BOÊMIA PARA SÃO BENTO

PRIMEIRA INDÚSTRIA COOPERATIVA DO VIDRO
DO
NORTE DA BOÊMIA PARA SÃO BENTO/SC/BRASIL


Falar sobre a origem e cultura de são Bento do Sul, é remetermos a imagem instantânea da Alemanha. Mas é fato que em relação aos imigrantes que aqui chegaram a grande maioria é de origem alemã do Reino da Boêmia, mas no momento da imigração este Reino pertencia ao Império Austro-Húngaro (1867 E 1918), mas observando em relação a um contexto maior da história ainda podemos considerar como sendo vinculados ao Reino da Áustria porque o Reino da Boêmia existiu como monarquia hereditária do ano 1212 até o ano de 1918, mas do ano de 1620 até 1918 a Boêmia esteve anexado ao Reino da Áustria. 
Brasão/Escudo Armas de Reichenberg
Mas a maioria dos imigrantes que chegaram em São Bento apresentam cultura e raízes alemãs da Boêmia vindos de duas regiões, sendo do Böhmerwald e Reichenberg. Muitos inclusive circulavam por estas regiões. Os do Böhmerwald estavam mais restritos a agricultura e subsistência em áreas de “nobres”, já o Reichenberg além dos latifundiários de terras, apresentava mais indústrias. 
Brasão do Império no Brasil
Muitos de nossos imigrantes foram registrados como agricultores, quando na verdade eram exímios dominadores da arte de fazer vidros. Ainda hoje a região que pertencia ao Reichenberg, atual República Tcheca e região do Liberec, domina esta arte e produção. E aqui está a razão de interpretar a história e origens, para então entender a existência da primeira cooperativa em São Bento, destinada para a fabricação de vidros. Sinal evidente que não apenas de um ou dois imigrantes dominavam o trabalho de fabricação de vidros/cristais.  Evidências da cooperativa são descritas em alguns livros como escrito por Josef Zipperer, “Montou-se, ainda na mesma estrada (Dona Francisca), uma indústria de vidro, organizada por imigrantes do norte da Boêmia, sob forma cooperativista, a qual chegou a funcionar, produzindo garrafas e copos de boa qualidade. Mas o pouco consumo, exclusivamente local, dados os péssimos meios de transporte para outros mercados, fez com que fosse de pouca duração o empreendimento”. Entretanto Wolfgang Ammon comenta que a fábrica fechou depois de um ano por falta de capital, que pela sequência cronológica do livro teria ocorrido em 1889, e descreve: “Alguns antigos vidraceiros teutos-bohemios uniram-se para uma companhia e organizaram uma pequena fábrica de vidro. 
A respeito desta escreveu o Kol. Ztg... de Agosto de 1888: "De São Bento recebemos um produto da vidraçaria ali criada a pouco tempo. É um cântaro de 18cm de altura de uma cor esverdeada e serviço quase perfeito.” E no livro de escrito por Josef Blau, Baiern in Brasilien 1958 também é mencionado os produtores de vidro que fecharam sua fábrica por falta de capital e complementa, que estes não eram acostumados ao esforço braçal do campo e alguns deles acabaram vendendo suas terras tentando nova sorte em Curitiba ou Joinville, onde já se falava o alemão. Mas é fato que muitos anda ficaram em Sâo Bento.
Contudo temos aqui a o registro importante da primeira cooperativa de São Bento do Sul, que figura entre o trabalho tradicional que representa uma grande leva de imigrantes Boêmios. Um registro de uma identidade cultural e de trabalho destes alemães da Áustria, Boêmia.

Imigrante Zipperer e a História de São Bento - 1877 a 1889


Alguns tópicos de São Bento de 1877 a 1889 conforme Josef Zipperer


- Josef Zipperer casou com Anna Maria Pscheidt, empregada do comércio da casa Reusing, órfã de pai e mãe, (O pai foi imigrante de 1875 e faleceu em 1876), vindo de uma família numerosa de treze filhos, mas Anna era única filha do primeiro casamento. A festa do casamento foi no dia 18/04/1877 e reuniu mais de 100 pessoas sendo feita em Oxford no salão de José, filho do cervejeiro João Linzmeyer.

- Plantavam milho, aveia, cevada, trigo, feijão, batata e verduras. “Não existiam” carroças ou animais de tração, e carregavam a colheita nas costas.

- É com pesar a lembrança das extensa áreas de corte de vegetação sendo de até 60 hectares (60.000m²) por ano, para cultivar, queimando a madeira. O fogo consumia o solo e perdiam em produtividade nos anos seguintes. Quando na Boêmia separavam o esterco e preparavam a terra, adubando de forma correta. Vista por Josef como perda, um grande erro.

- Com a vinda dos filhos foi necessário comprar uma vaca, e esta foi fruto da colheita do centeios, saiu de São Bento no dia 5 de janeiro com um interprete e rumou para Avencal, Rio Negro. Comprou uma vaca e bezerro de Conrado Schneider. No caminho de volta ficou fascinado com a travessia de mais de 100 bois pelo rio Negro, com acompanhamento de homens em canoas, o bando seguia para Curitiba. Ainda no caminho de volta em São Lourenço, compraram mais uma vaca. Mas depois de três horas uma deu cria, e tiveram que levar nas costas. Pousaram na casa de João Hack (imigrante de 1829). No terceiro dia pousou na casa de Felix Stöberl em Lençol (imigrante de 1875). Ao todo a viagem durou 8 dias, e jurou nunca mais fazer novamente.

- 1879 Cia Colonizadora fez o levantamento topográfico do rio Humboldt, atual rio Vermelho afluente do rio Itapocú, de responsabilidade do Eng. Kröhne e agrimensor Guilgen. Assim Zipperer no dia 9 de março, se juntou ao grupo de 11 homens para a empreitada, afim de receber um dinheiro extra. No grupo tinham brasileiros responsáveis pela caça, mas também levavam feijão, farinha e toucinho para consumo em 3 semanas sendo que no total pretendiam fazer o trabalho em 6 semanas. A caça era escassa foram vistos jacus, papagaios e macacos, além de rastros como o de anta. O caminho era penoso, um sacrifício. O Eng quase se afogou, e adoeceu por sempre estar na água. Chegaram na junção do rio Humbopldt com o rio Novo no dia 1º de julho, e encontraram um morador das proximidade de Jaraguá, e passaram por longa extensão de plantio de cana-de-açúcar do Sr. Jourdan. Seguiram para Joinville e em Neudorf foi contratado um transporte de carro para a bagagem. Terminaram a viagem, famigerados irreconhecíveis e jurou nunca mais querer um dinheiro que não fosse de sua terra, seu cultivo.

- A primeira evolução social e cultural foi a Sociedade Literária, tendo uma boa biblioteca.

- Na estrada Dona Francisca foi formada a Sociedade de Cantores.

- Na mesma estrada foi feita uma indústria de vidros por imigrantes da Boêmia do norte fazendo garrafas, copos de boa qualidade, mas o transporte precário de época não fez prosperar o cooperativismo.

- Também surgiu a Sociedade de Atiradores e a Sociedade Beneficente Austro-Húngara que comemoraram todo ano o dia do Imperador da Áustria, Francisco José.

- Algumas pessoas ilustres visitaram São Bento com o Presidente da Província, Visconde de Taunay e em outra ocasião o Conde d’Eu, genro do Imperador.

- E chegamos ao final de 1889.

CONFIRA TAMBÉM:

http://marcelohubel.blogspot.com.br/2015/11/3-ano-de-sao-bentoscbrasil-em-1876.html

http://marcelohubel.blogspot.com/2015/11/sao-bento-2-ano-em-1875-historia-do.html

http://marcelohubel.blogspot.com.br/2015/10/1-ano-de-sao-bento-historia-do.html

 fonte: São Bento no Passado – Reminiscências da Época da Fundação e Povoação do Município – Conforme diários reunidos por Josef Zipperer Sem. Em 1954 Jorge Zipperer publica o livro com Prefácio da 3ª edição em alemão datado em 1935. E do prefácio da 1ª edição em português datado em 1951 por Martim Zipperer.


domingo, 8 de novembro de 2015

História do Imigrante Josef Zipperer 1876, o Boêmio da Áustria. São Bento - Brasil


Tópicos de algumas ocorrências de São Bento no 3º ano de existência em 1875

São Bento no Passado – Reminiscências da Época da Fundação e Povoação do Município – Conforme diários reunidos por Josef Zipperer Sem. Em 1954 Jorge Zipperer publica o livro com Prefácio da 3ª edição em alemão datado em 1935. E do prefácio da 1ª edição em português datado em 1951 por Martim Zipperer.

- Em 1876 mais de 300 pessoas moravam nas Estradas:  das Neves; Argolo e da Serra.

- Em 1876 o Padre Carlos Bögershausen de Joinville solicitou para fazerem uma capela provisória até 7 de março, cercar uma área para cemitério e erguer uma cruz. E assim na data marcada estava concluída a obra e o padre realizou missa, batismos e casamentos.

- Faziam aos domingos e dias santos as rezas dos evangelhos e a casa 3 meses o padre subia a serra com uma tropa de mulas que trazia seus pertences.

- Vindos de uma região eminente católica. Fizeram a procissão de Corpus Cristi tendo João Grossl como orador. Na estrada Argolo fizeram 4 altares para as leituras dos evangelhos.


- Na Boêmia faziam a romaria até o santuário na cidade de Pschipram todo ano no dia 8 de setembro, nascimento de Nossa Senhora. E no Brasil não querendo perder a tradição fizeram o mesmo até a cidade mais próxima, Joinville. O escultor Zöllner (morador de São Bento) esculpiu a imagem da Virgem Maria, pintou e com mais uma cruz e um estandarte seguiram até Joinville. Ignácio Rohrbacher e João Mühlbauer seguiam com os cantos durante os 3 dias de peregrinação. Mas por orientação do padre, não fizeram mais a peregrinação. Julgasse pelo desconhecimento do Padre frente a tamanha devoção e prática (sendo este de origem do norte da Alemanha) e pelos moradores de Joinville, na maioria luteranos.

domingo, 1 de novembro de 2015

História do Imigrante Josef Zipperer 1875, o Boêmio da Áustria - São Bento - Brasil.


Tópicos de algumas ocorrências de São Bento no 2º ano de existência em 1875

São Bento no Passado – Reminiscências da Época da Fundação e Povoação do Município – Conforme diários reunidos por Josef Zipperer Sem. Em 1954 Jorge Zipperer publica o livro com Prefácio da 3ª edição em alemão datado em 1935. E do prefácio da 1ª edição em português datado em 1951 por Martim Zipperer.

- Em 1875 chegaram mais imigrantes como os Fendrich, Schadeck, Tschöke, Knittel e outros.

- As primeiras mercadorias, mantimentos eram buscados de Joinville, mas os moradores vizinhos de Avencal também vendiam os produtos ou trocavam. Sendo os brasileiros de nomes longos. Também compravam porcos, patos e galinhas, transportados em cestos de bambu sobre o lombo das mulas.

- Entre São Bento e “Campo Alegre” continuavam a construção e estradas vicinais, mas os valores ganhos pelo serviço sempre chegavam com atraso de 2 a 3 meses.

- Após a colheita do centeio em 1875 iniciaram os moinhos manuais. Mas também assim se adaptaram ao fubá de milho, que não conheciam.

- Os primeiros pães formam produzidos nos primitivos fornos, e depois de abençoados, foram cortados. Foi naquele momento a maior fartura que seu trabalho poderia ter proporcionado.


- São Bento não apresentava problemas em relação ao índios, mas numa picada coordenada pelo Eng Alberto Kröhne, rumo a Lençol, rumo sul, formado as divisas da Cia Colonizadora, foram encontrados 16 abrigos de índios ainda com brasas quentes, arcos e pontas de flecha. Oque mais chamou a atenção foi um trançado de taquara em forma de balde, revestido com cera de abelha.

- A construção temporária dos índios. Escolhiam 4 pequenas árvores, desgalhavam e puxavam suas copas, unindo mais fortemente com taquara e cobriam de vegetação, como a Papanduva.

- Os índios nunca causaram danos aos imigrantes, exceto em Itainópolis onde vários imigrantes se mudaram. Famílias inteiras forma massacradas.

- João Mühlbauer morava na estrada Rio Negro, seu filho com aproximadamente dois anos era levado junto para a roça. Acredita-se que a criança dormiu, saiu andando, até ser encontrada pelos tropeiros. Após muito tempo em Lençol no comércio do Francisco Kamiensky que comercializava erva-mate com os tropeiros, observou que existia um menino madrinheiro da tropa. Indagando sobre o menino foi confirmado que a cerca de 12 anos este teria sido encontrado abandonado. O menino retornou ao lar de seus pais, mas sem entenderam uma só palavra, pois este falava a língua portuguesa.

- Na Áustria sempre comemoravam, com música e canto, o terceiro domingo do mês de outubro, que celebravam a colheita, e festejam como ação de graças. No Brasil em 1874 também festejaram a mesma data, embora era primavera e início do plantio. Sem ter um galpão utilizaram uma parte alta da casa do vizinho Bail, com o céu estrelado, com fogueiras e dois tocadores de gaita de boca, cantavam e dançavam, e bebiam o “Grog” uma bebida feita de cachaça/água/açúcar e ovos que ferviam em um tacho.

- No ano seguinte começaram a construir as casas de madeira “Blockhaus” e também o salão de baile.

- O antigo terreiro da festa ficou para bater o centeio.

- Existiam poucas mulheres, e com os brasileiros tinham pouco relacionamento devido a distância e principalmente pela dificuldade de comunicação devido a língua ser diferente. E os solteiros iam até o porto de São Francisco ver se conseguiam uma esposa, em caso positivo passavam por Joinville para encontrar o padre, e subiam a serra já casados.

- Francisco Rohrbacher imigrante de 1875, por intermédio da Cia Colonizadora, retornou para a Boêmia para trazer mais imigrantes, e assim foi feito com ocupações na Estrada Rio Negro, Lençol e Estrada Dona Francisca, em troca recebeu um lote na Estrada dos Banhados e um determinado valor em dinheiro por cada imigrante.

- As terras da Cia. Colonizadora apresentavam falhas de medições e surgiram problemas como as terras confrontantes com Maneco Franco. Um agrimensor de nome Ochs, (Ox) acampou na margem do rio São Bento com a Estrada Dona Francisca, tendo alguns ranchos, para medir os terrenos com problemas de divisas. Depois levantou acampamento e foi embora. Assim surgiu no município a localidade de Oxford, pois após a retirada do agrimensor os moradores falavam “ Der Ox ist fort”, com definição de onde ficavam os ranchos, e ficou como referência “O Ox foi embora”. E assim ficou denominado o local como Oxford, sem ter nenhuma relação com a universidade.

- No ano de 1875 os ranchos do “Ox” foram desmontados e levados por 4 quilômetros para o centro, e serviram de construção da escola, tendo como professor Frederico Fendrich. Na parte da manhã lecionava para 30 crianças e a tarde exercia a profissão de sapateiro. Recebia o salário por criança da Cia. Colonizadora.

- Frederico Fendrich nasceu em Viena, em São Bento ensina em alemão, mas tinha um sotaque diferente, de origem checa. E as dificuldades de comunicação se entendiam entre os próprios alunos seja de origem alemã, austríaca, polonesa, dinamarquesa. Até mesmo os austríacos não entendiam totalmente os pomeranos, mesmo ambos falarem alemão.

FOTOS HISTÓRICAS DE SÃO BENTO DO SUL - SÃO BENTO NO PASSADO