sexta-feira, 31 de julho de 2015

GENEALOGIA - Árvore Genealógica Family Tree Genealogie in Brasilien Deutschland und Österreich - ERTL; BOHMANN; HAUSLAT; SELKE; HORN; GRESENZE; LINSE; HOFFMANN; SOARES FRAGOSO; SEIDL; POHL; URBANETZ; POSSELT; PSCHEIDT; ASCHENBRENNER; ZIPPERER; MUCKENSCHNABEL; LOBERMEYER; ALTMANN; GROSSL; GERSHER; SELTNER; KOHLBECK; HORNICK; GÄRTNER; NENTWIG; LORENZ; DIETRICH; GRESENS; STREIT; SIEBERT; ULRICH; KÖNIG; KOMZ; MARAFIGO; OLIVEIRA; SANTOS; FELOW; SCHMECKEL; RÜCKL; ROHRBACHER; MÜHLBAUER; PFEFFER; KELLNER; SPITZ”NER”(?); KOHLBECK; BAYERL; MAYLINGER; FÖLONS; LINZMAYER; GRUBER; FRANK; DAWERGO (KO); MÜLLER; IEM; WEISS, HÜBL (Hübel)

GENEALOGIA
Observando a história destas famílias também são reveladas situações que envolvem a história de origem de São Bento do Sul e a situação da Europa antes mesmo da imigração, e assim são reveladas informações convergentes de outras famílias. Passar as informações sobre meus imigrantes, também favorecem outros pesquisadores que podem entender o contexto de outros imigrantes.

Marcelo Hübel
A pesquisa genealógica é uma constante busca, e sempre temos algo para aprofundar e verificar se realmente está correto. Embora de sobrenome Hübel, (Hübl) constam em minha “árvore genealógica”, ou melhor no heredograma de meus filhos, no DNA de meus filhos:

 ERTL; 

BOHMANN

HAUSLAT; 

SELKE

HORN; 

GRESENZE

LINSE; 

HOFFMANN

SOARES FRAGOSO; 

SEIDL

POHL; 

URBANETZ

POSSELT; 

PSCHEIDT

ASCHENBRENNER; 

ZIPPERER

MUCKENSCHNABEL; 

LOBERMEYER

ALTMANN; ]

GROSSL

GERSHER; 

SELTNER

KOHLBECK; 

HORNICK

GÄRTNER;

NENTWIG

LORENZ; 

DIETRICH

GRESENS; 

STREIT

SIEBERT; 

ULRICH

KÖNIG; 

KOMZ

MARAFIGO; 

OLIVEIRA

SANTOS; 

FELOW

SCHMECKEL; 

RÜCKL

ROHRBACHER; 

MÜHLBAUER

PFEFFER; 

KELLNER

SPITZ”NER”(?);

KOHLBECK

BAYERL; 

MAYLINGER

FÖLONS;

LINZMAYER

GRUBER;

FRANK

DAWERGO (KO); 

MÜLLER

IEM; 

WEISS

HÜBL (Hübel) 

.............mas ainda existem muitos outros que ainda figuram por entre estas gerações ou ainda ascendentes destes.

Representação da “árvore genealógica”, heredograma de apenas 8 gerações. Os imigrantes estão distribuídos nas gerações II; III; IV.

“Navegar nos mares do passado, nos faz mergulhar na aura do presente. O futuro é uma incógnita inexorável. Unidos tingidos de glória o caminho por onde passamos. E assim chegamos ao agora, extasiados com os acontecimentos de outrora. Que o cata-vento, lúcido e lúgubre, traga a brisa sonora do jardim da memória.”


A história da origem dos imigrantes de nossa família, caso focado na data de imigração europeia iniciada em 1873 e décadas próximas, com saída da Alemanha do porto de Hamburgo (considerando a maior leva de imigrantes), nos confundem em relação a verdadeira origem, ao olhar o momento da imigração e a situação atual de mapa mundial e cultura. Quando focamos nos imigrantes vindo da Boêmia, das regiões do Reichemberg e Bömerwald, devemos cuidar quanto a definição de origem. A mescla histórica de sucessivos anos com guerras, reinados e mudanças de denominação de nomes de cidades e regiões, faz como desaparecer aos olhos a própria origem. Mas no momento da imigração as áreas da Boêmia estavam sob dominação Austríaca, Império Austro-Húngaro, entre 1867 e 1918. Embora anterior a esta relação temos por origem o Império Austríaco. Contudo podemos afirmar que estes são de etnia alemã e a origem de séculos anteriores é alemã/celta, e assim se interligam com a cultura Alemã e Austríaca, sejam nos pratos típico, bebidas, vestuário, língua, enfim na sua expressão cultural, nas mais variadas expressões populares. O Reino da Boemia existiu como monarquia hereditária de 1212 até 1918 (sendo que de 1620 a 1918 esteve anexado ao Reino da Áustria)

Mas a Boêmia é atualmente pertencente a República Tcheca (alterou após a II Guerra), e esta região não apresenta mais alemães, pois foram expulsos após a segunda guerra, e suas  casas, comércio e igrejas, em grande parte, foram destruídas.

Em minha árvore genealógica também temos descendência de alemães da Pomerânia, mas da parte que agora definido e conquistado pela Polônia, após a guerra.

Mas mesmo em menor número também não podemos descartar os Portugueses e Prussianos (ainda em estudo) que estão melhores descrito abaixo. Cada ascendente é representado pela geração e número, conforme explicado na imagem do heredograma acima. Consta também a história dos primeiros imigrantes.

A maior parte de nossos imigrantes da região da Boêmia. O Reino da Boêmia  ou Reino da Boémia  (em checo: České království, em alemão: Königreich Böhmen; em Latim:Regnum Bohemiae) foi um país da Europa Central, membro independente de fato do Sacro Impe´rio Romano-Germânico, do Império Austríaco a partir de 1805 e do Império Austro-Húngaro,  entre 1867 e 1918. E são originários dos sudetos. “Sudetos ou Sudetas é o nome de uma cadeia de montanhas na fronteira entre a República Checa a Polônia e a Alemanha. Por metomínia, o termo designa também as populações de origem alemã dessas regiões.
Segundo Josef Blau em Bayern in Brasilen destaca que de 1873 até 1878, tivemos uma maioria de imigrantes do Boehmerwald com 225 pessoas (46%), seguidos dos Boêmios do norte com 181 pessoas (36%) e mais tarde uma participação dos poloneses da Galícia com 65 pessoas (13%) e ainda os alemães da Pomerânia com 17 pessoas (1,5%).
Nas escritas de Osny Vasconcelos e Alexandre Pfeiffer no livro “São Bento Cousas do Nosso Tempo” encontramos a boa definição da origem dos primeiros imigrantes que somam em grande maioria da Boêmia “Boehmewald”. “Tief drin im Boehmerwald” diz a canção que serviu de cantiga de ninar para muitos são-bentenses como nós. “Bem no fundo da floresta está localizado o meu berço”. Do ponto de vista sócio-econômico, a região era bem atrasada. A terra, em si, já era improdutiva e estava em mãos de poucos. A mobilidade social era nula. Ou se pertencia à privilegiada e reduzida classe de proprietários ou. Então, se fazia parte da grande massa de semi pátrias, que vegetava em condições tão precárias como os vilões da época feudal.
Não sendo proprietário de terras, oque, aliás, lhe era negado mesmo possuindo recursos financeiros, restava ao home comum se situar na condição de semi escravo do  (Bauer). Para sobreviver, ele passava a dependente deste, ficando em condições piores do ainda hoje peão das grandes propriedade agropecuárias. Recebia uma modesta casa para morar e uma pequena área para plantar alguns canteiros de hortaliças. Em troca, era obrigado a trabalhar três dias da semana de graça, para o dono do latifúndio. Os três dias restantes ficavam para ganhar dinheiros ‘se virando”, já que o domingo era religiosamente guardado pelo catolicismo, fielmente praticado. Dentro deste sistema, não foi de admirar que grande parte dessa gente se decidiu a emigrar quando agentes da Companhia Colonizadora de Hamburgo apareceram na região, oferecendo uma nova vida no “Novo Mundo”, em que todos seriam proprietários de férteis terras num “Império Católico, cujo Imperador era filho de Arquiduquesa austríaca” (J. Zipperer). Contudo não é difícil imaginar que um povo guerreiro como este conseguia reunir forças para enfrentar as dificuldades do início de uma colonização.


MAPA ANTES DA PRIMEIRA GUERRA – MAPA DA IMIGRAÇÃO DE 1873


MAPA DEMOSTRANDO A ORIGEM DOS IMIGRANTES DE SÃO BENTO DO SUL (PARTE DA NOSSA FAMÍLIA) A PARTIR DE 1873 VINDOS DA ETNIA ALEMÃ – ESTES VINHAM OCUPANDO A ÁREA A PARTIR DO ANO DE 1101 – O MAPA É DO IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO DO PERÍODO DE 1867 e 1918O Reino da Boemia existiu como monarquia hereditária de 1212 até 1918 (sendo que de 1620 a 1918 esteve anexado ao Reino da Áustria)
MAPA APÓS A II GUERRA MUNDIAL




Na sequência abaixo, pesquisa wikipédia.......
História da Boêmia: O reino foi estabelecido formalmente em 1212 por meio da Bula de Ouro da Sicília, promulgada pelo imperador do Sacro Império Romano-GermânicoFrederico II. Seu primeiro rei foi Otacar I da Boêmia, que pertencia à dinastia Premislida. Em 1251 o rei Otacar II (ou Iron and Golden king) invadiu e incorporou o reino da Boêmia no Arquiducado da Áustria, em 1261. A zona de Eger seria cedida a Boêmia em 1322 por Luís IV da Baviera. A partir de então, passou a formar parte do Império Austríaco. Em 1867, a consequência do Compromisso Austro-húngaro, no reino da Boêmia, passou a integrar a parte austríaca do Império Austro-Húngaro. O reino foi dissolvido em 1918, com a abdicação do último rei boêmio Carlos III, como consequência do desmembramento do Império Austro-húngaro do que formava parte. A Assembleia Nacional de Praga depois oficialmente a dinastia Habsburgo e proclamou a República Checoslovaca.

Portanto até 1919 a região era habitada por tribos celtas de origem germânica, até a ocupação da área pelos checos. Na Idade Média (séculos XII e (1101 a 1200), os duques da Boêmia convidaram populações de origem germânica para a colonização dessas terras. A convivência pacífica entre os dois povos apenas era entrecortada por conflitos religiosos mas não tanto étnicos. “(Celtas é a designação dada a um conjunto de povos (um etnónimo), organizados em múltiplas tribos e pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do Oeste da Europa a partir do segundo milénio a.C.. A primeira referência literária aos celtas (Κελτοί) foi feita pelo historiador grego Hecateu de Mileto no a.C.)”

Considerando que a região na maior parte do tempo dos imigrantes e anterior a esta era de domínio da Áustria nos remete um pouco a observação deste local, ainda que muitos destes imigrantes devem ter origem da Baviera/Bavária. As origens da Áustria remetem-se ao tempo do Império Romano, quando o Reino Nórico, de origem celta, foi conquistado pelos romanos por volta de 15 a.C. e, mais tarde, tornou-se Nórica, uma província romana, em meados do século I d.C., em uma área que abrangia a maior parte da Áustria atual. Em 788 d.C., o rei franco Carlos Magno conquistou a área e introduziu o cristianismo. Sob a dinastia nativa dos Habsburgo, a Áustria tornou-se uma das grandes potências da Europa. Em 1867, o Império Austríaco foi incorporado pela Áustria-Hungria.

Nossos imigrantes maioria, portanto, originários da região da Boêmia 1873/1888, são de origem germânica, viviam na região dos sudetos e que estavam em áreas da Áustria, local que depois da guerra formou outro país, sendo atual República Tcheca. Ainda devemos citar a origem de outros imigrantes da Baviera, Pomerânia e Prússia, tendo ainda descendentes de Portugal da região do Alentejo.
Entendendo um pouco dos sudetos, estes fizeram parte do Sacro Império Romano-Germânico e em 1526 caíram sob a tutela dos Habsburgos. De 1815 a 1866, integraram a Liga Alemã, período durante o qual elegeram membros do parlamento que se reuniu na igreja de São Paulo, em Frankfurt, em 1848. Da Guerra Austro-prussiana até o fim da Primeira Guerra Mundial, a região fez parte do Império Austro-Húngaro. A partir de 1919, passou a fazer parte da recém-criada Checoslováquia, mas atualmente é a República Tcheca.
Após 1918 a Assembleia Nacional de Praga criou  oficialmente a dinastia Habsburgo e proclamou a República Checoslovaca atualmente é a República Tcheca, poucos são os imigrantes de São Bento do Sul que apresentam sua origem de cidades que ainda na atualidade sejam Alemãs ou melhor Austríacas (Norte do país). Após a II Grerra Mundial os alemães existentes no território da Boêmia, hoje pertencente a República Tcheca, foram expulsos sendo obrigados a ocupar o território alemão ou austríaco. Então no século doze os ascendentes de nossos imigrantes foram “convidados” a ocupar a região da Boêmia mas após a Segunda Guerra, os parentes de nosso imigrantes, digamos assim, foram expulsos das terras.
Também a fase do Socialismo, da Guerra Fria, contribuiu pela aniquilação de algumas fracas e pouco povoados regionais. Atualmente as cidades de origem da Boêmia se dividem em cidades representadas desde ruinas, desertos, ou “cidades” povoados sem o mesmo contexto, mas também em alguns casos permanecem edificações de época e até valorosas cidade de bela arquitetura nível social e qualidade de vida. É interessante frisar que muitas cidades da origem dos imigrantes está a poucos quilômetros de cidades atualmente bem estruturadas, e que devem ser observadas. Dos locais de origem sempre tomamos por referência atual os limites de território da Alemanha/Polônia/Áustria, mas pode-se centralizar Praga, capital da República Tcheca e observar uma circunferência no raio próximo de 100km linear desta capital e pontuamos os locais de origem de nossos antepassados, mas quando vemos a distância destes atuais povoados com a atual fronteira Alemã temos em média cerca de 25km de distância dos centros em relação a Alemanha e outros, sendo na maioria confrontantes com o país.  

Mas também não podem ser esquecidos nossos imigrantes da Pomerania ao Norte da Alemanha que atualmente vemos em parte a Alemanha e em parte a Polônia.  Em síntese, somos em maior escala a representação da cultura alemã que a própria origem em partes se perdeu, e transformou no novo continente a descendência, em sua própria cultura. 






CONTINUA..................nas próximas postagens as gerações e suas histórias

sexta-feira, 24 de julho de 2015

TÚNEL DA MORTE E O PASSADO PERDIDO DA LINHA SÃO FRANCISCO EM SÃO BENTO DO SUL

 

TÚNEL DA MORTE

E O PASSADO PERDIDO DA LINHA SÃO FRANCISCO EM SÃO BENTO DO SUL

Parte do território de São Bento do Sul (exatamente 48%) está na Bacia o Itapocu. Nesta área dobrada de declives e aclives acentuados, se desfigura a encosta da serra do mar coberta pela mata atlântica. Neste local identificamos 5 túneis da linha férrea, concessão atual da ALL (América Latina Logística) sendo que um destes túneis identifica o período de construção, sendo de 1913. A estrada de ferro percorre os morros, em túneis escavados em terra, levantando estruturas em blocos de rocha e formando o teto em forma arredondada para melhor resistência do meio. Mas temos um túnel que foi construído diretamente na rocha, feito na base de explosivos e picaretas.

Este último túnel com cerca de 140m, no Km 107, custou a vida de muitos trabalhadores, e as cruzes brancas na entrada do túnel, ainda figuram no registro de imagens dos antigos moradores. Não existe uma precisão mas um número preciso, mas ainda assim significativo, que variam entre 12 a 14
Esta forma de construir tuneis do passado nos remete ao pensamento de quanto penosa foi a construção da ferrovia, quando na atualidade nos deparamos com a mais inovadora forma de tecnológica, que dispensa o uso de explosivos e proporciona a maior segurança que se pode imaginar  pelo uso do Tunnel Boring Machine (TBM), demostrado na postagem anterior.

Nas imagens de 1991, mostradas abaixo, observamos construções que não existem mais. A estação de Osvaldo Amaral não existe mais, ficando apenas as ruínas da plataforma. A construção em alvenaria com a placa sobre a porca “TURMA 13” é referência das equipes que trabalhavam na manutenção da via, esta e outras construções similares também não são mais vistas na encosta da serra. Entre as construções em atual estado de declínio e possível perda é o terminal de Rio Natal.


Estação de Osvaldo Amaral em São Bento do Sul. 1991 Atualmente demolida, ficando apenas a plataforma em alvenaria, estrutura  na parte inferior direita da imagem



Foto de 1991 - Atualmente em ruínas/demolida






Túnel com a identificação de construção - 1913

Linha férrea entre São Bento do Sul e Corupá


Em 1906 a linha de trem que inicia em São Francisco até Joinville foi entregue pela E. F. São Paulo-Rio Grande. 

Em 1910, a linha o trabalho de construção chegou até Hansa, atualmente  cidade de Corupá, mas em 1913 já estava em Três Barras, e em 1917 chegou até Porto União da Vitória. Sendo construído em parte pelos soldados do exército. Esta linha deveria continuar até Foz do Iguaçu, fato que não ocorreu.






domingo, 19 de julho de 2015

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO DE ENERGIA RENOVÁVEL






sábado, 18 de julho de 2015

Araucaria angustifolia - Pinheiro - ÁRVORE DO FRIO -


REVISTA ACONTECE, pela jornalista Bianca Riet Villanova.


Feita a entrevista, Bianca R. Villanova, com sua excelente percepção jornalística, sintetizou o tema em tópicos transmitidos em uma sequência que gerou uma bela matéria sobre uma das mais importantes árvores, em especial para o sul do Brasil, e sobre tudo para São Bento do Sul/SC.





ENTREVISTA

Qual a importância dessa árvore para as aves do sul brasileiro?

A araucária é presente em uma pequena representação, quando olhada ao território mundial. Estando distribuída principalmente no sul do Brasil e pontualmente em parte de: São Paulo, Minas Gerais, Argentina e Paraguai. Esta restrição de distribuição também acompanha outros representantes da fauna, entre as aves podemos destacar com importância pelo menos três espécies assoaciaadas. O grinpeirinho (Leptasthenura setaria) é uma das aves endêmicas, que existe em função da araucária, saltitando por entre os espinhos forrageando as acículas em busca de seu alimento. Mas também temos a enigmática gralha azul (Cyanocoroax caeruleus), famosa por ser a dispersora de sementes a plantadora de pinhão, esta também acompanha a distribuição da araucária. O papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) é outra bela espécies vinculada a araucária, espécie que consta nas sucessivas listagens como ameaçada de extinção, causada pela baixa formação florestal e pelo tráfico de animais para satisfazer os aficionados por gaiola.

Culturalmente e Economicamente

Culturalmente a araucária representa o simbolismo de muitos municípios e até mesmo de diferentes povos que já viveram no sul do Brasil. A milhares de anos atrás o povo que antecedeu a própria formação indígena, distinguida por etnias, já se utilizava das sementes. Na sequência a formação dos povos indígenas os Xokleng e Kaingang em Santa Catarina entravam em conflito na região central do estado, pela pose do pinhão. Os tropeiros também utilizavam as sementes para fazer paçoca e utilizavam em suas viagens. Os imigrantes que inicialmente chegaram aqui em 1873 também se utilizaram as árvores para construir as casas com grossas madeiras fazendo paredes de tábuas expeças com cerca de 10cm de diâmetro. Com o desenvolvimento das serrarias surgiram as tábuas de menor diâmetro mas também utilizadas para a construção civil, e que se tornou uma características das casas do sul do Brasil. A indústria moveleira também teve um grande impulso na economia tendo a araucária como matéria prima.

Extinção e Corte

Este é um tema difícil de ser salientado, poucas pessoas entendem ou concordam com a proibição de corte, e justificam que é preferível cortar a araucária em início de crescimento do que permitir que esta cresça, pois não conseguirão corta-la. Nossa região ainda é rica em araucárias e não nos parece estar em extinção. Entretanto a extinção, além da redução de área, também está associada a erosão genética, provocada pelo distanciamento entre as árvores produtoras e a aglomeração de espécies homozigoticas, que revelam perda da qualidade, baixa variabilidade, uma ameaça a perda total da espécie.
O corte de araucária é autorizado pela FATMA em duas situações: árvores comprovadamente plantadas ou árvores que ameaçam algum patrimônio econômico. Entende-se que o raio de queda pode provocar perdas materiais destruindo garagem, casa, rede elétrica, e se utiliza do bom senso para permitir o corte. Mas é preciso contratar um profissional da área e dar entrada com o processo junto ao órgão ambiental. Muitos tentam fugir da punição de corte furando a base do tronco e injetando veneno, este também é um crime passível de condenação, da mesma forma não é permitido derrubar com trator ou até mesmo utilizar uma árvore caída pela ação do vento. Tudo depende de autorização. E esta autorização vai obrigar a pessoa a plantar 10 araucárias por árvore cortada. As mudas adquiridas em viveiros, certamente serão irmãs, ou primas e novamente caímos no problema da homozigose.


Sustentabilidade

O caminho da preservação, ou melhor, conservação da espécie, deve ser pontuada também por benefícios. O “Pagamento de Serviço Ambiental” é uma ferramenta para valoração e o reconhecimento do serviço ambiental. A criação de parques, unidades de conservação, também são fundamentais. Já na área urbana o cadastro de araucárias nas propriedades, podem proporcionar desconto do IPTU, como ocorre em Curitiba – PR. Mas não é preciso esperar ações governamentais para obter lucro com a araucária. A produção de pinhão quando considerado um ou dois anos, pode geral lucro e superar o valor da árvore se fosse destinada ao corte raso.


Curiosidade

O Museu Natural Entomológico Ornith Bollmann, apresenta mais de 5000 borboletas, várias espécies de mamíferos, aves, anfíbios e répteis taxidermizados (empalhadas), além de dispôs de muitas informações em painéis e expor diferentes artefatos, objetos e peças naturais. E na exposição também existe uma fatia de tronco de uma araucária de 275 anos, que germinou em 1735 no Parque Mariane, antes mesmo da imigração e povoamento da região. Nos anéis de crescimento que identificam o inverno e verão, foram fixadas pequenas bandeiras com eventos históricos, culturais, econômicos e ambientais, como forma de mostrar a vida da arvore e os grandes fatos 

Quanto tempo a árvore leva para crescer e ser considerada "adulta"?

Podemos definir como adulta no momento de sua reprodução que também sofre variações, florestas plantadas demostram uma produção com 10 anos, floresta naturais iniciam a produção entre 15 e 20 anos. O início da produção e a quantidade de pinhas está associada ao meio. Florestas de alta densidade de vegetação apresentam menos pinhas, acima de 40, devido a interferência das árvores na polinização. Árvores mais isolada tendem a produzir mais pinhas tendo em média até 400 pinhas ano.

Araucária é uma árvore de difícil germinação? Isto é, aumentar o número de espécimes é difícil?

Plantar árvores não é tarefa simples, no primeiro ano existe uma perda muito grande. A EMPRAPA Florestas, localizada em Colombo PR, está elaborando um pomar clonal de araucária, sendo um grande passo para guardar o material genético e avançar no melhoramento. Mas o mercado não dispõem de sementes melhoradas geneticamente, então nem tudo que se planta desenvolve o potencial esperado. Mudas de araucária devem ser plantadas muito jovens, no momento que começa a brotação lateral, horizontal, a muda dificilmente avançara o crescimento e uma das razões é a raiz pivotante axial que neste momento já pode estar enrolada no tubete ou saco da muda.


- Qual é a estimativa de quanto tempo uma araucária pode viver?
Araucárias vivem por séculos, geralmente de 200 a 300 anos, mas pode passar disto.
PINHÃO - SEMENTE

PINHA

ARAUCÁRIA
ARAUCÁRIAS  NO TOPO DO MORRO - Rio Vermelho Estação - São Bento do Sul - SC