quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Encarte 2 - 3 Plano de Manejo

1.1.3. Descrição dos pontos da AER


Ponto 1
O ponto em questão situa-se nas coordenadas 660566E-7085519N (z22-SAD69), na cota 850 m. Situa-se em uma colina sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Patamar de Mafra, seu embasamento é constituído pelos arenitos da Formação Mafra. Este ponto está relacionado à sub-bacia do Arroio Saltinho afluente do rio Vermelho. As declividades na área variam de suaves a médias não ultrapassando os 10°. A camada de solo é relativamente espessa e estes solos podem ser classificados como Argissolos de textura argilosa nas áreas planas e Cambissolos de textura argilosa nas áreas mais onduladas. A drenagem do solo pode ser considerada boa e quase não se observam afloramentos no ponto, nem tão pouco áreas de erosão. Esta área representa a única porção das coberturas sedimentares da Bacia do Paraná, que adentra a APA em sua porção SW.

Ponto 2
O ponto em questão situa-se nas coordenadas 669351E-7094879N (z22-SAD69), na cota 885 m. Situa-se em uma colina sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Planalto de São Bento do Sul, seu embasamento é constituído pelos basaltos e quartzitos do Grupo Campo Alegre no contato entre a Formação Rio Negrinho e as Formações Avenca Grande, São Miguel e Fazenda Uirapuru. Este ponto está relacionado diretamente ao rio Vermelho em seu alto curso. As declividades na área variam de suaves a altas chegando aos 90° no paredão minerado existente no alto da colina onde situa-se o ponto. A camada de solo é relativamente espessa e estes solos podem ser classificados como Argissolos de textura argilosa nas áreas planas e Cambissolos de textura argilosa nas áreas mais onduladas. A drenagem do solo pode ser considerada boa e os afloramentos rochosos somente são observados no paredão minerado para retirada de saibro, tratando-se dos quartzitos, ocorrendo neste ponto ainda o início de um processo de erosão. Esta área encontra-se sobre a borda do planalto e em seus trechos mais rebaixados observam-se áreas planas muito úmidas.

Ponto 3
O ponto em questão situa-se às margens de um acesso não pavimentado nas coordenadas 669933E-7087186N (z22-SAD69), na cota 475 m, em uma vertente sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Serras do Leste Catarinense. Seu embasamento é constituído pelos arenitos do Grupo Campo Alegre, Formação Rio do Bugre. Este ponto está relacionado a sub-bacia do Arroio Bismark afluente do rio Vermelho. As declividades na área são caracterizadas como altas chegando aos 75° nas porções mais íngremes da vertente onde situa-se o ponto. A camada de solo é relativamente espessa e estes solos podem ser classificados como Argissolos de textura argilosa nas áreas restritas ao fundo do vale e Cambissolos de textura argilosa nas áreas da vertente. A drenagem do solo pode ser considerada boa e os afloramentos rochosos somente são observados em cortes da estrada, tratando-se dos arenitos, observam-se nestes cortes alguns processos de erosão e as drenagens da estrada carreiam material particulado para o vale, acabando por assorear as drenagens. Esta área situa-se sobre as vertentes de um relevo residual onde inicia-se um processo acentuado de entalhamento, comandado pelo rio Vermelho, que é o nível de base para toda a região da APA.

Ponto 4
O ponto em questão situa-se às margens de um acesso não pavimentado e da ferrovia existente na APA, nas coordenadas 668295E-7086523N (z22-SAD69), na cota 680 m, em uma vertente situada sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Serras do Leste Catarinense, seu embasamento é constituído pelos gnaisses do Complexo Luís Alves. Este ponto está relacionado à sub-bacia do Arroio da Serra afluente do rio Vermelho. As declividades na área são caracterizadas como altas chegando aos 60° nas porções mais íngremes da vertente onde situa-se o ponto. A camada de solo é relativamente espessa e podem ser classificados como Argissolos de textura argilosa nas áreas restritas ao fundo do vale e Cambissolos de textura argilosa nas áreas da vertente. A drenagem do solo pode ser considerada boa e os afloramentos rochosos somente são observados em cortes da estrada de ferro, observam-se associados a estes cortes diversos processos de erosão e as drenagens da estrada e da ferrovia carreiam material particulado para o vale, acabando por assorear as drenagens. Esta área situa-se sobre as vertentes de um relevo residual onde ocorre um processo acentuado de entalhamento, comandado pelo rio Vermelho, que é o nível de base para toda a região da APA.

Ponto 5
O ponto em questão situa-se às margens de um acesso não pavimentado e da ferrovia existente na APA, nas coordenadas 672815E-7082695N (z22-SAD69), na cota 320 m, em uma colina situada sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Serras do Leste Catarinense. Seu embasamento é constituído pelos arenitos do Grupo Campo Alegre, Formação Rio do Bugre. Este ponto esta relacionado à sub-bacia do rio Natal afluente do rio Vermelho. As declividades na área são caracterizadas como médias chegando aos 45° nas porções mais íngremes da vertente onde situa-se o ponto. A camada de solo é relativamente espessa e podem ser classificados como um solo Hidromórfico nas áreas restritas ao fundo do vale e Cambissolos de textura argilosa nas áreas da vertente. A drenagem do solo pode ser considerada boa e os afloramentos rochosos somente são observados na área restrita do topo da colina, não observando-se pontos evidentes de erosão e/ou assoreamento do solo. Esta área situa-se sobre as vertentes de um terreno mais plano e menos enérgico onde o processo de entalhamento, comandado pelo rio Vermelho, que é o nível de base para toda a região da APA, já não é tão evidenciado.

Ponto 6
O ponto em questão situa-se nas coordenadas 673875E-7092800N (z22-SAD69), na cota 1050 m, em uma colina situada sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Planalto de São Bento do Sul e seu embasamento é constituído pelos quartzitos do Grupo Campo Alegre, Formações Avenca Grande, São Miguel e Fazenda Uirapuru. Este ponto está relacionado à sub-bacia do Arroio da Vargem afluente do rio Vermelho. As declividades na área são caracterizadas como de suaves a médias chegando aos 25° nas porções mais íngremes das encostas da colina onde situa-se o ponto, sendo um dos pontos mais altos da APA. A camada de solo é relativamente espessa e estes solos podem ser classificados como Argissolos de textura argilosa nas áreas planas e Cambissolos de textura argilosa nas áreas mais onduladas. A drenagem do solo pode ser considerada boa e os afloramentos rochosos são inexistentes, não observando-se pontos evidentes de erosão e/ou assoreamento do solo.

Ponto 7
O ponto em questão situa-se nas coordenadas 664538E-7088586N (z22-SAD69), na cota 631 m. Situa-se em uma escarpa sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Planalto de São Bento do Sul, seu embasamento é constituído pelos gnaisses do seu embasamento é constituído pelos gnaisses do Complexo Luís Alves. Este ponto está relacionado à sub-bacia do Arroio dos Bugres afluente do rio Vermelho, nível de base da APA. As declividades na área caracterizam-se como médias chegando aos 30° nos pontos mais escarpados. A camada de solo é relativamente espessa e estes solos podem ser classificados como Argissolos de textura argilosa nas áreas planas e Cambissolos de textura argilosa nas áreas mais onduladas. A drenagem do solo pode ser considerada boa e os afloramentos rochosos somente são observados em cortes da estrada situada próxima ao ponto. Observam-se associados a estes cortes diversos processos de erosão e as drenagens da estrada carreiam material particulado para o vale, acabando por assorear as drenagens.

Ponto 8
O ponto em questão situa-se nas coordenadas 6777315E-7091158N (z22-SAD69), na cota 1020 m, em uma montanha situada sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Planalto de São Bento do Sul e seu embasamento é constituído pelos basaltos do Grupo Campo Alegre, Formações Avenca Grande, São Miguel e Fazenda Uirapuru. Este ponto se relaciona às cabeceiras do rio Natal, afluente do rio Vermelho. As declividades na área são caracterizadas como de suaves a médias chegando aos 10° nas porções mais íngremes das encostas da colina onde situa-se o ponto, sendo um dos pontos mais altos da APA. A camada de solo é relativamente espessa e estes solos podem ser classificados como Argissolos de textura argilosa nas áreas planas e Cambissolos de textura argilosa nas áreas mais onduladas. A drenagem do solo pode ser considerada boa e os afloramentos rochosos são inexistentes, não observando-se pontos evidentes de erosão e/ou assoreamento do solo.

Ponto 9
O ponto em questão situa-se em um empreendimento turístico existente nas coordenadas 675943E-7082525N (z22-SAD69), na cota 320 m, em uma escarpa situada sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Serras do Leste Catarinense, seu embasamento é constituído pelos arenitos e arenitos conglomeráticos do Grupo Campo Alegre, Formação Rio do Bugre. Este ponto está relacionado à sub-bacia do rio Braço Esquerdo, afluente do rio Vermelho. No ponto o rio Braço Esquerdo forma uma queda d’água de mais de 50 m a partir do Planalto de São Bento do Sul, de grande beleza cênica, o rio encontra-se encaixado em um “sulco estrutural” e a queda d’água trata-se de um testemunho do processo regressivo acentuado da drenagem que vem ocorrendo no ponto. O mesmo rio Esquerdo acabou formando uma cavidade natural subterrânea sobre blocos do arenito conglomerático de grandes dimensões, que foram abatidos e rolados no processo de regressão do rio junto à escarpa formadora da queda. Esta cavidade foi estimada em cerca de 70 m extensão e em seu interior observa-se apenas a drenagem existente e os blocos abatidos, sem a visualização de nenhum tipo de espeleotema. A formação desta cavidade ocorreu apenas por processos mecânicos, não sendo visualizado nenhum testemunho de dissolução. Tanto a cavidade, quanto a queda d’água, são os grandes atrativos turísticos da região, além destes temos ainda vários pontos com a formação de piscinas naturais, trilhas em meio a florestas e porções de vales suspensos formados em meio a blocos abatidos. No paredão da entrada da cavidade associada à sua ressurgência, realizam-se ainda atividades de escalada e rapel As declividades na área são caracterizadas como de médias a altas chegando ao 90° nas escarpas do Planalto de São Bento do Sul. A camada de solo é relativamente rasa e podem ser classificados como sedimentos e um solo Hidromórfico. A drenagem do solo pode ser considerada boa e são observados afloramentos rochosos em abundância, observando-se inclusive alguns pontos de erosão nos trechos das vias e trilhas de acesso e assoreamento em pontos menos declivosos da drenagem.

Ponto 10
O ponto em questão situa-se às margens de um acesso não pavimentado em uma ponte sobre o canal do rio Vermelho, nas coordenadas 671313E-7081627N (z22-SAD69), na cota 160 m, em uma planície situada sobre o domínio morfoestrutural conhecido como Serras do Leste Catarinense, seu embasamento é constituído pelos gnaisses do Complexo Luís Alves. Este ponto está relacionado diretamente à bacia do rio Vermelho em seu médio curso e é um dos pontos mais rebaixados da APA. As declividades na área são caracterizadas como suaves chegando aos 5° nas porções mais íngremes da planície onde situa-se o ponto. A camada de solo é relativamente espessa e podem ser classificados como Argissolos de textura argilosa nas áreas restritas ao fundo do vale e Cambissolos de textura argilosa nas áreas da vertente. A drenagem do solo pode ser considerada boa e os afloramentos rochosos somente são abundantes no leito do rio. As drenagens da estrada existente carreiam material particulado para o vale do rio Vermelho, contribuindo com assoreamento da drenagem.