Diário de Viagem do Grupo Böhmerwald e Coral Edelweiss DEUTSCHL
ANDREISENDE
(Parte 8)
Texto e imagens de Roberto Luiz Scharf
Segunda feira - 30 de
maio de 1988 ¨hoje voltar ao lar¨ saímos do hotel num dia chuvoso e frio, tanto
quanto ao próprio país. Ao iniciarmos a viagem, o motorista colocou uma fita
com o Hino do Brasil cantada pela a Fafá de Belém. Da para lembrar ou imaginar
quais foram as nossas reações? ... Apesar de tudo o Brasil ainda é o nosso lar!
Nessa viagem de volta paramos em uma porção de cidades: 1 –
Eissenstein – Quando os sudetos foram expulsos da região do Böhmerwald o
prefeito tinha o sobre nome Tscheck. 2- Eisentrasse – Terra de onde vieram os
Stiegler. 3- Neuem - Onde algumas pessoas desceram para visitar o cemitério
onde encontraram nas sepulturas: Treml, Conrad. Bauer, Rank. 4 – Cheh – Última cidade
antes de voltarmos para a Alemanha, onde paramos para gastar nossos últimos
¨Croonins¨ moeda Tcheca, lembrancinhas e comida. O Marcos gastou tudo em
cigarros, era bem baratinho, mais sai de perto. Chegamos na fronteira às
dezoito horas e dessa vez ainda mais demorado, e preocupante a vistoria de
nossos passaportes, vistos, bagagens. Retiram do ônibus os baus e abriram,mas
não fizeram o mesmo com nossas malas .... saímos da Tchecoslovaquia entramos na
Alemanha, gritos de VIVA. OBA, PALMAS. Voltamos para nossa terra : já se
sentindo em casa. A diferencia entre os países é grande, e sem dúvida a
Alemanha é linda. Chegamos a Hohenberg, e ao nosso alojamento, dormimos em um
castelo, com torres, até um ninho de cegonha em cima de uma das torrres havia.
Apenas jantamos e de resto da noite livre para dormirmos. Á ainda: aldeias da
Boêmia que mais contribuíram com imigrantes para a cidade de São Bento do Sul,
foram as antigas Hammern e Eisentrass, atualmente Hamry e Hojsova Stráž, na
República Tcheca. Da primeira vieram famílias Aschenbrenner, Augustin, Dorner,
Dums, Eckl, Ehrl, Fürst, Grossl, Jungback, Kollross, Liebl, Linzmeyer,
Oberhofer, Pscheidt, Puschinger, Rank, Rohrbacher, Rückl, Schreiner, Stiegler,
Stoeberl, Stueber, Tauscher, uma família Treml, e possivelmente outras mais. Da
segunda vieram sobrenomes como Bacherl, Bayerl, Brandl, Fritsch, Fürst, Gregor,
Grossl, Konrad, Kuchler, Linzmeyer, Marx, Neppel, Pöschl, Pflanzer e Schröder.
Stieglerhoff ( foto 16/06/2012) Familia Stiegler - Na busca das raizes, com auxílio de Erwin Wierer, um fervoroso sudeto nascido na cidade Hamry ( Hammern - Eisenstrass), localizou o as ruinas, porão da residência da família Stiegler o Stieglerhoff.
Stieglerhoff ( foto 16/06/2012) Familia Stiegler - Na busca das raizes, com auxílio de Erwin Wierer, um fervoroso sudeto nascido na cidade Hamry ( Hammern - Eisenstrass), localizou o as ruinas, porão da residência da família Stiegler o Stieglerhoff.
Terça feira -31 de maio
de 1988- Levantamos cedo para realizarmos um passeio interessante: conhecer a
fronteira entre a Alemanha ocidental (RFA) e Alemanha oriental (DDR) passamos
por: Selb – cidade que produz a porcelana mais famosa da Alemanha. Hof – a
cidade mais próxima da fronteira com DDR, com muitas industrias e maior estação
de radar da Alemanha. Naila – onde em 1986 um balão chegou a DDR com oito
pessoas fugitivas. Rudolpstein- onde paramos para tirar fotos do rio que divide
as Alemanhas, onde os muros, as cercas, as guaritas, os cachorros, os soldados
e a quase total falta de vida do outro lado chega a ser impressionante.
Passamos por uma rodovia até chegarmos segunda maior via de acesso a DDR e a
Berlin (Rudolphstein). Na hora do almoço continuamos passeando pela fronteira
numa estradinha considerada proibida muito próxima ao muro (50m.). Vimos casa e
fabricas tristes, pintadas de cinza muito escuro, o que soubemos através de
explicação do guia, ser ainda consequência da II ª guerra (evitar o bombardeio
a noite). Paramos em Mödlareuth para visitarmos uma espécie de museu com
recortes de jornal, pedaços de cercas representando a fuga da DDR para RFA e
assistimos a um filme sobre a construção do muro. Dali voltamos para Hohenberg
onde a noite nos apresentamos em uma festa muito parecida com nossas festas de
igreja. Apesar de ser uma noite bonita estava muito frio e nos apresentamos em
um tablado ao ar livre. O grupo Folclórico e recebeu a visita de um escritor
que editou um livro com a história da família Zipperer. Depois da apresentação,
durante o resto da noite ficamos livres para dormir, arrumar nossas coisas e
ouvir emocionadas, a serenata dos meninos da escada de incêndio. Seria muito
romântica, se não fosse a Gudrun tê-los assustado e provocado uma correria que
quase os fez cair da escada. O Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer) foi
uma barreira física construída pela República Democrática Alemã (Alemanha
Oriental - socialista) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim
Ocidental (capitalista), separando-a da Alemanha Oriental (socialista),
incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao
meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República
Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas
encabeçados pelos Estados Unidos; e a República Democrática Alemã (RDA),
constituído pelos países socialistas sob jugo do regime soviético. Construído
na madrugada de 13 de Agosto de1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento
metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com
alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro era
patrulhado por militares da Alemanha Oriental Socialista com ordens de atirar
para matar (a célebre Schießbefehl ou "Ordem 101") os que tentassem
escapar, o que provocou, segundo dados do regime socialista, a morte de 80
pessoas, 112 feridos e milhares aprisionados nas diversas tentativas de fuga
para o ocidente capitalista, além de separar, até sua queda, dezenas de
milhares de famílias berlinenses que ficaram divididas e sem contato algum. Os
números de mortos, feridos e presos é controverso pois os dados oficiais do
fechado regime socialista são contestados por diversos órgãos internacionais de
Direitos Humanos.
Os dois grupos, aqui citados, realizaram uma
viagem com
apresentações com um itinerário que iniciou no dia 16/05/1988 estendendo até
16/06 do mesmo ano. Estes fizeram apresentações da cultura alemã, da origem de
nossos imigrantes e ainda contemplavam em suas apresentações as expressões culturais
brasileiras. E assim passaram por várias cidades, vilas regiões da Alemanha,
Áustria, Suíça e Boêmia (ex Checoslováquia – atual República Tcheca),
destacando: Heidelberg – München – Passau – Linz/Donau – Wien – Bömerwald –
Hohenberg – Bad Kissingen – Pfatzgrafeweiler – Frieddrichshafen/Bodensee –
Essilingen – Nürtingen – Stuttgart – Witten, representando São Bento do Sul,
Santa Catarina e o Brasil.
O blog mostrará uma sequência
de postagens com o diário de viagem,
imagens e texto de Roberto Luiz Scharf.
DEUTSCHL ANDREISENDE,
TEILNEHMER DER GRUPPEN...
Viajantes para a
Alemanha, membros do grupo...
CORAL MUSICAL EDELWEISS
Walter Malewschik;
Monica Malewschik; Igor Rudnick; Roy Rudnick; Giancarlo Vitali; Henry
Grosskopf; Taciana Malewschik; Natascha Rudnick; Leila Tascheck; Adriane
Malewachik; Karin Lizane Eichstädl; Luciana Schreiner; Karin Grankow; Raquel
Kenubuehler; Evelise Marquardt; Lilian Grosskopf; Dúnia nalu Kobs; Monica
Evelin Pfeiffer; Cristiane Karin Pfeiffer; Calusse Cidréa Dias; Eliane do Rocio
Grein; Joseane Grossl; Josane Soares da Silva; Poliane Mafra; Liane Malewschik
Mafra; Leones Malewschik Rudnick.
GRUPO FOLCLÓRICO
GERMÂNICO BÖHMERWALD
Roberto Luiz Scharf;
Rose Marie Stiegler Scharf; Nilo Nelson Schloegel; Suzanne Mayer; Ademir Weiss;
Cleide Regina Gschwendtner; Maurício Fernandes Trevisan; Claudia Maria
Zipperer; Venísius de Lacerda Fendrich; Mérida Juneli Tascheck; Carlos José
Fedalto; Viviane Raquel Brand; Adelino Schneider; Nádia Wisnheski; Deniz Assis
de Carvalho; Doroti Maria Fendrich; Luís Francisco Kamienski; Márcia Regina
Kamienski; Carlos Alberto Kamienski; Dilmar Tascheck; Charles Tascheck; Rogério
Tascheck; Rubens Buchinger; Nelson Huber; Marcos Malewschik.
Texto e imagens de Roberto Luiz Scharf