terça-feira, 7 de abril de 2009

Ações para salvar árvores da praça

07/04/2009

Ações para salvar árvores da praça


Nesta semana integrantes da secretaria de Obras, em parceria com o Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de São Bento do Sul, iniciaram alguns trabalhos na Praça Getúlio Vargas, no Centro, com o intuito de salvar algumas árvores que vêem tendo uma morte gradativa. Muitas delas são centenárias e fazem parte hoje do simbolismo cultural são-bentense.
Nos últimos anos algumas ações foram tomadas na praça, com o intuito de evoluir o paisagismo do local, o tornando mais agradável à população. Uma destas ações foi construir canteiros elevados com pedras, contudo, com isto foi elevado também o solo nos canteiros, deixando a terra em contato com a casca das arvores. “Esta benfeitoria impede a absorção de água que antes passava pela calçada e infiltrava no solo, além de formarem canteiros elevados com preenchimento de terra. O solo em contato com a casca das árvores pode causar a morte destas”, diz o biólogo Marcelo Hübel, diretor de Meio Ambiente.
Ele conta que algumas árvores são mais sensíveis a essa prática. “Como exemplo temos o pinheiro, a Araucária angustifolia. Na praça temos duas araucárias ainda de pouca idade. Uma destas está bastante debilitada, embora tenha o meristema primário ainda verde, deve morrer no passar dos meses. Contudo a morte desta árvore também pode estar associada a formação de rocha, abaixo do solo, dificultando o crescimento axial pivotante da raiz”, explica.
O biólogo diz que um terceiro fator também deve ser levado em consideração, que é quando a árvore ainda era uma muda. “As coníferas quando ficam muito tempo no saco plástico causam enovelamento de raiz e consequente encachimbamento, causando a morte da árvore que pode ocorrer de três e seis anos de idade”, observa. Conforme ele, outras árvores deverão ser plantadas na Praça, porém outras árvores estão com o mesmo problema de soterramento parcial de tronco, podendo estar ocorrendo a morte lenta.
Para isso, vem sendo feito a abertura do solo, próximo do tronco, com inclinação de 45 graus e plantio de leiva de grama. Esta ação foi a escolhida por representar menor impacto visual. “Com esta ação devemos afastar todo problema em relação a ameaça do solo nas árvores. A praça será monitorada diariamente e outras ações podem ocorrer caso seja necessário”, adianta Hübel.
Ele explica ainda que algumas árvores como os pinheiros alemães (Cunninghania lanceolata) apresentam alguns galhos secos, comuns da espécie e que devem aumentar com a chegada do inverno. Uma das árvores da praça está em situação mais preocupante. Trata-se de um cedro centenário que está na proximidade do Banco Itaú. “Esta árvore está em declínio vegetativo perdendo parcialmente suas folhas e secando os galhos gradativamente, motivo que em anos anteriores foi causa de podas dos ramos. Contudo atualmente esta árvore está com menos de 40% de massa folhar que dificulta a sobrevivência desta. Entretanto esta árvore ainda deve manter-se viva por muitos anos”, observa o biólogo.
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