FAUNA DE SÃO BENTO DO SUL - SC
ANTA
Tapirus terrestris
Reino: Animalia;
Filo: Chordata;
Classe: Mammalia;
Ordem: Perissodactyla;
Família: Tapiridae;
Gênero: Tapirus;
Espécie:
T.
terrestres.
Estado de Conservação
IUNC
(União Internacional
para Conservação da Natureza).
Ameaçado/Vulnerável. Também consta na lista de ameaçados de extinção
pelo ICMBio Portaria MMA nº 444/2014 e nº 445/2014.
DISTRIBUIÇÃO:
No mapa em cor vermelho extinto, em laranja presente e em amarelo provavelmente
presente. Todo o Brasil e da Venezuela até o norte da Argentina.
CARACTERÍSTICAS:
Comprimento de 2m pesando até
300Kg. Gestação de 12 meses tendo um filhote por parto, que nascem com manchas
mais escuras pelo corpo facilitando a camuflagem. A coloração é marrom escura,
acinzentada, com cauda curta, e uma pequena tromba, apresenta uma pequena crina
de pelos duros. Apresenta um par de mamas. A ponta dos dedos são como cascos.
ALIMENTAÇÃO:
Frutas, folhas e raízes.
Curiosidades:
Seus vestígios na floresta são evidentes principalmente pelas pegadas. Quando
ameaçada procura a água, vivem em casal e o filhote acompanha os pais por longo
período. Apresenta um couro muito expeço
(1cm), tendo apenas a onça e o puma como inimigo natural. É caçado pelo
homem, mas sua carne não é apreciada pois é tipicamente vermelha como a carne
de gado, mas é escura e rígida.
A primeira vez que observei os vestígios da anta, pelas fortes e
características pegadas, quase não acreditei tamanha a raridade de encontrarmos
um animal deste em nossa região.
Os registros
ocorreram espaçadamente em 2013, 2014 e 2015, mas nunca foram vistos dois
indivíduos adultos ou ainda algum filhote. Mas tínhamos a certeza da existência
de uma fêmea.
No Brasil a anta
apresenta poucos registros em seu território de ocupação, sendo mais evidentes
em Unidades de Conservação, justamente
pela necessidade de extensas áreas preservadas, e principalmente longe
do convívio humano, das moradias, não somente pela ameaça da caça, mas de
outras situações como a de cães domésticos, soltos a própria sorte, que invadem
as florestas do entorno das moradias a procura de animais silvestres.
Esta situação
observamos em uma das armadilhas que registraram uma sequência de 21 fotos da
corrida da anta perseguida por dois cachorros. Fato que ocorreu no dia
17/07/2015 quando os dois cachorros perseguem a anta as 8:47 e depois de 13
minutos, às 9:00hs retornam para a armadilha fotográfica, procuram pelo cheiro,
urinam, e as 9:00hs, após 58 minutos a anta retorna para se refrescar na poça
de água da chuva em frente da câmera.
Muitos caçadores
utilizam cães para afugentar a caça, e trazer o animal para perto da mira de
sua espingarda, mas neste caso entendemos que foi apenas o instinto de caça dos
cães residentes.
A anta jamais seria
morta por esses cachorros, mas a ação causou estresse, e sua corrida poderia
ser transformada em algum acidente de queda em ribanceira, fratura....Mas qual
seria a sorte de um filhote? Não podemos
desistir da educação ambiental, da proibição da caça, da infração, da punição,
que somente ocorre com a denúncia dos infratores, que pode ser para a Polícia
Militar ou Polícia Militar Ambiental e conforme o caso para IBAMA e FATMA até
para vistoriar casas atrás de armamento, munição e carne em frízer. Atendimento
Leiº 6.938/81 e Lei 9.605/98.