Pagamento para quem ajuda a preservar
Sábado à tarde (16), no Recanto do Noti, em Rio Vermelho Povoado, 17 proprietários de áreas que aderiram ao programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) receberam seus cheques pelo trabalho realizado em suas propriedades. O projeto tem como objetivo incentivar ações de preservação do rio Vermelho, do qual é retirada a água que abastece as torneiras de toda população de São Bento do Sul.
Para o presidente do Samae, Fridolino Van Den Boom, é gratificante ver a continuidade do projeto, pois toda população da cidade se beneficia das ações desenvolvidas nas áreas nas margens do rio.
O vice-prefeito Márcio Dreveck parabenizou a todos por terem aderido ao projeto, pois o trabalho desenvolvido hoje por eles vai beneficiar não só a atual, mas também as futuras gerações. “É algo para nossos filhos e netos”, disse.
Para o analista em Saneamento do Samae e vereador Marco Redlich, o cuidado para preservar água deve ser algo constante, especialmente porque existe a possibilidade de escassez no futuro. “Ao que tudo indica, a próxima grande guerra será justamente por água”, acredita.
Pagamento de Serviços Ambientais em Rio Vermelho |
O diretor do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura, Marcelo Hüebl, diz que já existe projeto para expandir o PSA, beneficiando inclusive moradores de Campo Alegre, cidade vizinha mas onde ficam algumas das nascentes e parte do curso d´água do rio Vermelho.
Também está previsto levar o PSA para os rios Negrinho e Banhados. “Somos destaque nacional com o PSA e várias cidades já vieram nos visitar para conhecer o programa”, revela.
Conforme o coordenador do PSA, Paulo Schwirkowski, o projeto tem dado certo devido à colaboração e envolvimento das famílias. “Todos têm se dedicado a preservar suas propriedades e acreditaram no programa”, comentou.
Ricardo Gonzalez Frontana, chefe de divisão de Meio Ambiente, que atua junto às famílias do programa, destacou o envolvimento de todos, assim como a harmonia. “Tem casas onde chego que tem até café esperando”, brinca, lembrando que esse bom relacionamento é que faz o sucesso do PSA.
Orgulho - Para Felipe Miguel Sanocki, falando em nome dos proprietários que aderiram ao PSA, ter a oportunidade de trabalhar para preservar a água que mais de 80 mil pessoas consomem diariamente é um privilégio e uma grande responsabilidade. “É uma gratificação muito grande saber que todas essas pessoas podem consumir água de qualidade, graças a nossa ajuda”, disse.
PSA - O Programa de Pagamento por Serviço Ambiental – PSA foi criado em 2010 e realiza pagamentos anuais aos proprietários de terras na sub-bacia do rio Vermelho.
O proprietário participante assina contrato com o Samae e recebe o recurso baseado no cálculo de pontuação de ações ambientais. Na valoração ambiental são analisados, entre eles: a recuperação da APP ou conservação da mata ciliar; se é produtor rural; apresentar obras de benfeitoria em APP; animais domésticos visitam a APP para beber água; promove o turismo ecológico; possui áreas de preservação permanente, faz agricultura orgânica e não utiliza defensivos em qualquer prática agropecuária; apresenta nascentes da propriedade com mata ciliar; possui sistema de tratamento de esgoto distante mais de 100 metros do curso d'água mais próximo, fossa e filtro ou zona de raízes; apresenta área de APP superior a 30 metros do rio e 50 metros da nascente; entre outros.
Estas ações são pontuadas conforme o desempenho exercido no último ano. O Comitê Gestor do PSA é responsável pela análise, cálculo e parecer das propriedades.
Viviane de Vargas Miranda
Assessoria de Imprensa
Prefeitura de São Bento do Sul
Assessoria de Imprensa
Prefeitura de São Bento do Sul