HISTÓRIA
ENTOMOLOGIA
HISTÓRIA
BIBLIOGRAFIA
Josef Bácsfalusi
Orientador e
fiscal autorizado pelo IBAMA através de convênio
Presidente
da ABRAL – Associação Brasileira Pró-Lepidópteros
József Bajcsik1
Bácsfalusi2 , filho de Béla (Adalberto) Bajcsik Bácsfalusi, engenheiro de construção
de estradas, túneis e minas e
Gisela Mede Bácsfalusi, nasceu na Hungria aos
10 de novembro de 1926 na cidade de Somosqöujfalu, norte da
Hungria.
Estudou de 1931 a 1935 na Escola Primária Municipal
em Kazár
Banya-Pelep, ainda no norte,
morando desde 1 ano
de idade com os pais de criação Istvan Lochs e Amalia
Bajcsik, ela irmã da sua mãe, pois conforme costume da época, os casais
parentes que não pudessem ter filhos, criavam o filho menor cedido por aqueles
que o tivessem.
De 1935 a 1938 estudou na Escola de Ensino Médio em Salgótarján, recebendo instrução militar desde os 12 anos,
concomitantemente com os estudos, como era
praxe na época. De 1938 a 1940 estudou na Escola Superior de Indústria e
Comércio em Kassa (atualmente Kosicê, Checoseslováquia), e concluiu o Curso de
Comunicação por Rádio, Telefonia e Telegrafia Nacional e Internacional em 1940
a 1941 em Budapest, e serviu ao exército Húngaro a partir dos 18 anos (1944) e
durante a II Guerra Mundial como Oficial de Comunicações. Em março de 1945 foi atingido por um tiro na
perna direita disparado por um Partizan
russo, o que fez com que fosse transferido para o serviço civil como
funcionário efetivo do Ministério de Assuntos Internos do Estado (Reino) da
Hungria, na Divisão Administrativa das Comunicações.
Com o fim da II guerra, trabalhou com seu pai na reconstrução de estradas
e pontes demolidas na Hungria e também na Áustria, em Salsburg, e foi Auxiliar
Contratado da I.R.O. (Organização Internacional dos Refugiados) no Setor
Norte-Americano da Comissão Aliada na Áustria, Área 1, em Salsburg.
Com o recadastramento dos militares Húngaros, feito na Áustria, perdeu o
nome de família Bajcsik, devido aos campos de preenchimento dos documentos
austriacos não serem suficientemente grandes.
Em novembro 1949 migrou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro na Ilha
das Flores. Trabalhou então em jornal como desenhista de montador de manchetes
de primeira página, além de outros serviços, migrando para o ramo de quadros e
artesanatos, inclusive os de borboletas, o que despertou o interesse pelos
insetos, em particular pelos Lepidópteros.
Em 10 de outubro de 1959 casou-se com Maria Casemira Dantas Fernandes,
Dona Myra (in memorian) com quem teve os filhos Pery Fernandes
Bácsfalusi e Mauro Fernandes Bácsfalusi, adotando, ainda, os filhos do
casamento anterior de Dona Myra, Silo Thuribius Fernandes Viana e Schuler
Thales Fernandes Viana
Em 1972 foi convidado pela Indústria Artefama a organizar o setor de
artesanatos de borboletas, que perdurou até 1989, e sendo responsável técnico
pelo criador de borboletas da Artefama na localidade de Rio Vermelho, no Km 26.
Desde 1967 trabalhou para que o governo federal, através do seu órgão
ambiental IBAMA (na época IBDF) liberasse a coleta de lagartas e ovos de
borboletas para a criação em cativeiro e posterior comércio, haja visto que o
comércio de borboletas, antes da proibição, era fonte complementar de renda
para os campesinos. Após várias idas e vindas à Brasília, e tendo seu projeto
recusado por técnicos do Ministério da Agricultura, que alegou simplesmente que
“Borboletas são potencialmente prejudiciais à agricultura, mas não é praga”,
conseguiu, finalmente seu intento, sendo regulamentado o primeiro Criatório
Comercial de Borboletas, em 1989, na localidade de Rio Vermelho Estação, São
Bento do Sul, Santa Cataria, sob os cuidados do Sr. Ivo Rank. Desde então é
presidente da ABRAL – Associação Brasileira Pró-Lepidópteros, e preposto do
IBAMA para assuntos relacionados às borboletas, por ele criada em 15 de
fevereiro de 1978, com o intuito de fortalecer a classe dos criadores de
lepidópteros e conveniada com o IBAMA.
Outra vitória de Josef foi conseguir salvar a coleção de insetos do
famoso colecionador Fritz Plaumann, que, após sua morte, teria sua coleção
queimada (literalmente) pelo IBAMA. A situação foi revertida através da
intervenção de Josef junto a um deputado estadual da região para quer se
transformasse sua casa e acervo no Museu Fritz Plaumann.
Josef
Bácsfalusi faleceu em São Bento doSul, cidade que amava e escolheu para ser o
seu lar e de sua família, em 01 de janeiro de 2010, aos 83 anos de idade.
1.
Bajcsik – nome de família que representa a união
das tribos do norte (os Bajcs) com as tribos do sul da Hungria. O “k” ao final
do nome representa a união das tribos.
2.
Bácsfalusi –nome de família que representa a
região de domínio dos Bács, na região de Bács-Bodrog, atualmente Sérvia e
Montenegro, acrescido de “falusi”, que significa “aldeão de”, portanto:
Bácsfalusi = aldeão de Bács.
Fonte: Mauro F. Bácsfalusi.
Orientador e
fiscal autorizado pelo IBAMA através de convênio
Presidente
da ABRAL – Associação Brasileira Pró-Lepidópteros
Introdução:
Este
trabalho visa fornecer informações sobre as borboletas e mariposas para uma
melhor compreensão de seu ciclo de vida, importância ecológica e econômica.
Procuraremos usar linguagem científica sempre que necessário, dando ênfase à
linguagem popular para uma maior abrangência das informações aqui contidas.
Neste trabalho trataremos somente das borboletas diurnas.
O que é o
Lepidóptero?
Os lepidópteros, de acordo com o Ministério
da Agricultura (Quarto Catálogo dos insetos que Vivem nas Plantas do Brasil;
Seus parasitos e Predadores, Parte II 1° Tomo. Edição ampliada do 3° Catálago
dos insetos que vivem nas plantas do Brasil, Prof. A M da Costa Lima Ministério
da Agricultura, RJ, 1968.) são animais da Classe Insectae, da Ordem
Lepidóptera, com duas divisões: Heterocera, a borboleta noturna mais
conhecida como mariposa, e a Rophalocera, a borboleta diurna.
Já nascem adultas, a partir da metamorfose
sofrida pela lagarta, e tem como pricipal objetivo a reprodução. Nascem muito
mais machos do que fêmeas.
O que a
borboleta come?
A borboleta não tem boca para comer.
Alimenta-se apenas de líquidos que suga por um fino tubo enrolado, como o
néctar das flores, urina de animais, poças d'água ou a umidade da areia das
margens de rios ou lagos.
Quanto tempo
vivem?
Dependendo da
família a que pertence, as borboletas de tamanho pequeno vivem cerca de 8 a 10
dias, as médias de 12 a 14 dias e as grandes, de vôo vagaroso podem viver até
24 a 30 dias (conforme nossa observação em criadouros).
Como acontece
o acasalamento?
Assim que nasce, a fêmea procura um local
tranquilo, ventilado e escondido para secar suas asas. Neste período emite um
odor imperceptível aos humanos, um ferormônio, que se espalha com o vento e é
um atrativo sexual para os machos de sua espécie. Os machos, voando geralmente
em bandos, brigam entre si, e o mais rápido e ágil aprisiona a fêmea com
“grampos” existentes na extremidade do abdomem, e voa carregando-a para longe
da aglomeração dos outros machos. Após ser aprisionada pelo macho, cessa a
emissão de ferormônio pela fêmea.
A cópula pode durar horas, ás vezes metade
do dia, e ao término a fêmea imediatamente procura sua planta-alimento para
alidepositar os ovos, de preferência nas folhas mais tenras, na parte de baixo
das folhas. Algumas espécies procuram os brotos, propiciando assim alimentação
farta para as lagartas que nascerão.
Dependendo da espécie, uma fêmea põe de 120
a 280 ovos, que em algumas semanas eclodem liberando pequenas lagartas, que
imediatamente se alimentam do conteúdo restante do ovo do qual nasceu, rico em
gorduras. Assim começa a segunda fase de sua vida.
Como se comportam as lagartas
das borboletas?
Fortalecidos com o conteúdo dos ovos, as
lagartas procuram ficar juntas durante o dia, nas folhas onde o sol não as
alcança, digerindo a comida, defecando e esquentando umas as outras, pois
necessitam de temperatura entre 18°C a 21°C para fazerem a digestão. As
lagartas somente se alimentam à noite, evitando assim se exporem aos seus
predadores. A única lagarta conhecida que se alimenta tanto de dia como à noite
é da Família DANIDAE, SUBFAMÍLIA DANINAE, cuja planta alimento é um vegetal com
secreção leitosa venenosa para pássaros, aranhas, sapos, lagartixas, etc. Esta
lagarta, que tem seu corpo coberto apenas por pele, sem pêlos, sinaliza o
perigo para os incautos através de sua coloração listrada, que afugenta os
predadores.
O que ocorre com as lagartas
das borboletas durante a fase da metamorfose?
O desenvolvimento das lagartas depende
muito do clima da região, pois em tempo de seca as folhas ficam mais duras, o
que dificulta a ingestão e a digestão, logo demora mais tempo para chegar à
fase de encasulamento mas, quando há umidade suficiente, este tempo diminui. A
lagarta come as folhas de sua planta alimento para transformá-la em gordura e
outros nutrientes que ficam acumulados em seu corpo. Durante a vida, a lagarta
muda de 3 a 4 vezes de pele devido ao crescimento e engorda para preparar-se
para a próxima fase da metamorfose, o encasulamento.
Esta é a única fase da metamorfoseem que a
lagarta é prejudicial às plantas das quais se alimenta, podendo ser considerada
como uma praga em potencial quando a planta-alimento faz parte da horticultura,
fruticultura ou outras plantações. No habitat natural, o impacto das lagartas é
inexpressivo.
Como acontece o encasulamento
da lagarta da borboleta?
Para terminar a terceira fase, a
lagarta procura um galho ou ramo da planta-alimento para encasular, ou seja,
formar uma “capa” em volta do seu corpo. Algumas lagartas saem de sua planta-
alimento e encasulam-se em outros locais, geralmente secos, sombreados e altos.
A lagarta se fixa firmemente nos galhos ou em paredes através de fios de
seda. Em pouco tempo sua pele seca e enrola-se formando parte do casulo ou
caindo ao solo, conforme a espécie a que pertença.
O que acontece dentro e fora
do casulo?
O casulo externamente procura mimetizar
as cores do ambiente em que se encontra. É feito de um tipo de celulose fina e
resistente, que dá forma e rigidez ao casulo, que ficará exposto aos rigores da
natureza, sendo o primeiro material a ser produzido pela lagarta. O que resta,
uma massa líquida envolta pelo casulo, com o tempo vai transformar-se em
borboleta. Ao final da transformação, o casulo se rompe e dele sai a borboleta,
ainda com as asas enroladas e sem sangue no seu interior de seus vasos. Nesta
fase a borboleta pendura-se no próprio casulo de cabeça para baixo, com as
patas em forma de guanchos, e começa a bombear sangue para os vasos sanguíneos
das asas, que se estendem e secam até tomar a forma correta. A borboleta já
nasce com o corpo de adulto, ou seja não cresce. Tem seis pernas, cabeça, tórax
e abdomem. Uma das diferenças entre os sexos das borboletas já pode ser visto
neste momento, pois o abdomem da fêmea tem forma de gota ao inverso, é mais
gordo e maior do que o dos machos. Em algumas espécies a fêmea tem cores
diferentes do macho. Oo machos são menores que as fêmeas, mas nasce em maior
número. Seu corpo é mais longo e normalmente mais arredondado, e com ganchos
visíveis na extremidade do abdomem.
O que podemos ver nas cores
das borboletas?
Todas as borboletas basicamente são de cor
cinza, e sobre esta base existe pigmentações em forma de escamas que refletem
os diversos espectros da luz, originando as cores características de cada
espécie. Quando se passa o dedo nas asas da borboleta, desarranjamos a ordem
destas escamas pigmentadas, que não mais apresentará a cor original.
As borboletas da família MORPHIDAE, como a
Morpho aega reflete, conforme o ângulo de observação o azul ultramarino,
ou azul esverdeado, ou o azul claro, ou o azul prateado. A Morpho anaxibia pode
refletir o azul escuro, azul lilás, e o liláz; a morpho menelaus: azul
ultramarino,azul claro, azul prateado, azul esverdeado. A Morpho portis:
azul prata, prata clara, prata escura, prata brilhante. As pigmentações vistas
ao microscópio parecem-se muito com as telhas de um telhado. Ao contrário do
dito popular, esta pigmentação não representa nenhum perigo para a saúdde das
pessoas, mas a pigmentação de algumas mariposas, que se soltam facilmente, pode
causar cegueira por alguns minutos ou horas, se por ventura atingirem
diretamente os olhos, mas não causam cegueira permanente.
As borboletas na natureza e
nos criadouros.
As borboletas que vivem na natureza
sofrem as consequências por pertencerem à cadeia alimentar dos seus predadores.
Se uma fêmea pôr 200 ovos no seu habitat natural, cerca de 30% destes serão
consumidos por predadores, e ao chegarem na forma de lagarta 35% serão
eliminados e na fase de borboleta 10%. Além dos predadores naturais, existe
outro fator que contribui para pôr em risco a sobrevivência das borboletas: os
parasitos que carregam consigo a cada fase de sua vida. No caso das borboletas
que se reproduzem apenas uma vez por ano, em períodos de 4 ou 5 anos, sofrem
enormes baixas na fase de casulo, enquanto as outras borboletas que se
reproduzem várias vezes por ano sofrem naturalmente a cada 2 a 3 anos as mesmas
baixas. A razão destas baixas pode ser explicada da seguinte maneira:
gradativamente, a cada geração de borboletas, os parasitos vão se acumulando, e
na fase de casulo, estes parasitos vencem a resistência do organismo das
lagartas, matando-as dentro do casulo. Tal fenômeno acontece no habitat natural
como nos criadouros. Os prejuízos em consequência do ataque destes parasitos
pode comprometer até em 40% a reprodução das borboletas. Nos criadouros, a
perda atingue apenas 5%, já que as lagartas e os casulos estão protegidos em
caixas com telas, impedindo o acesso dos predadores.
Como é um criadouro de
borboletas? (Portaria n° 2.314 de 26/11/1990)
Em primeiro lugar, o interessado
deve possuir ou ter contrato de aluguel de um jardim, pasto, área cultivada de
horticultura, fruticultura, etc., mas com documento comprovando a posse. Nesta
área, deve fazer um jardim atratativo com flores com alto índice de néctar,
verduras como o repolho, agrião, brócolis, couve, couve-flor, etc. A escolhada
das plantas-alimento é de acordo com a espécie de borboleta que se quer criar,
e que sejam da região. É proibido transferir borboletas de uma região para
outra, portanto só se deve plantar as plantas-alimento condizentes com as
borboletas originais da região (subentenda-se municípios). Se a sua área é
pequena, pode-se aproveitar as áreas dos vizinhos que tenha plantas-alimento,
através de contrato por escrito, para coleta de ovos e lagartas ou casulos para
o criadouro. Na sua área e nas áreas sub-contratadas, é proibido o uso de qualquer
tipo de agrotóxico, mesmo porque desta maneira estaríamos matando os ovos, as
lagartas e mesmo os casulos. Estas áreas não podem estar dentro das matas onde
é o habitat natural das borboletas, e nem podem ser terras de propriedade do
município, parques nacionais e áreas declaradas reservas biológicas.
Tendo a área definida, dentro desta
constrói-se um berçário e cobre-se outra parte da área com tela fina ou
sombrite, onde será plantada uma ou mais espécies de planta-alimento para cada
tipo de borboleta a ser criada.
O berçário pode ser de madeira ou
alvenaria, com cobertura de telhas ou outra eficiente, e isolado em baixo com
telas metálicas ou outro mecanismo que impeçam a entrada de ratos.
Deve ter uma espécie de prateleiras onde
serão acomodadas as caixas de madeira seca e não tratada com produtos químicos
ou chapa de eucatex, de tamnhos iguai, medindo 50 cm de altura, 40 cm de
largura e 50 cm de comprimento. A parte de trás das caixas deve ser telada, bem
como a frente, mas esta deverá ter porta com dobradiças.
A construção deverá ter em uma das paredes
abertura com vidros, acrílico ou plástico transparente resistente ao vento e
chuvas, que possibilita a entrada abundante de luz, de preferência que permita
a entrada do sol da manhã. Defronte a esta janela será posta uma mesa ou
bancada longa para manejo. O assoalho deve ser elevado em relação ao solo e a
porta de entrada bem ajustada de forma a impedir a entrada de formigas ou
outros predadores. De preferência a porta deverá ter abertura telada para
propiciar ventilação.
O berçário é o centro de produção das borboletas, e deve ser totalmente
protegido contra o ataque de pragas ou formação de fungos. As borboletas
encasuladas reagem bem aos raios infra-vermelhos da luz solar, que é necessário
para sua eclosão, presentes mesmo que o tempo esteja nublado.
Na parte contínua ao berçário poderá ser
construído o herbário onde serão cultivadas as plantas-alimento das espécies de
borboletas que se quer criar. Quando as borboletas nascem, nem sempre conseguem
ficar penduradas nas caixas de cabeça para baixo, com o intuito de preencher as
asas com sangue, podendo cair e machucar as asas. Por isso, logo após a
eclosão, as borboletas devem ser colocadas no herbário, na sua planta alimento,
para executar este processo com sucesso. Os machos, que sempre nascem em maior
número, mesmo com as asas machucadas, podem ser aproveitados para o
acasalamento, neste caso feito de forma “forçada”, ou seja, com o auxílio da
pessoa responsável pelo criadouro, sempre com cuidado de não machucar as patas,
que se “engancham” no corpo da fêmea durante o acasalamento. As fêmeas, após
serem fertilizadas,põem os seus ovos na planta-alimento na planta específica.
Uma vez colocados os ovos, recolhe-se as folhas os contém, e não apenas os
ovos, colocando-os nas caixas do berçário juntamente com mais folhas da
planta-alimento.
No restante da área do terreno, nas
proximidades do berçário, plantam-se flores, verduras e plantas-alimento para a
reposição nas caixas. Deve haver água disponível, de preferência corrente, para
a rega destas plantas em épocas de clima seco.
Além destes cuidados, a instalação física
do berçário deve ser circundada por uma valeta com água corrente para evitar o
acesso de formigas e aranhas, eu terreno em volta deve ter cerca que impeça a
invação de animais de grande porte.
Como requerer a permissão para
iniciar a implatação do criadouro?
1- Decidir qual
qualificação fiscal do empreendimento, conforme Portaria N° 2.314/90 art. 3° §2° ( recomendamos a modalidade de
micro-empresa);
2- Elaborar requerimento conforme
art. 4°;
·
qualificação da pessoa física ou jurídica;
·
documentos de propriedade e mapas de localização
do empreendimento;
·
croqui esquemático do criadouro, delimitação
dentro da área total;
·
croqui
esquemático do berçário, inclusive descrevendo os materiais usados na
construção e capacidade das caixas;
·
relacionar as espécies de borboletas que serão
criadas ( naturalmente, só poderão ser criadas as nativas da região);
·
relacionar os sub-contratos com área vizinhas ou
não onde serão coletados os ovos, lagartas e/ou casulos;
·
Fluxograma de manejo( conforme portaria);
·
Responsável técnico, que será responsável apenas
pela denominação correta em linguagem científica das espécies criadas, podendo
ser médico veterinário, engenheiro florestal, biólogo, entomólogo, etc.;
·
Declaração de que o criador está ciente das
legislações pertinentes: Lei N° 5.197/67, Lei N°7.653/88, Portaria N° 2.314/90,
Portaria N° 117-N/97 e Lei N° 10.165/2000;
3- No caso de outra pessoa de
confiança executar os serviços, registrar contrato em cartório para assegurar o
fiel cumprimento das normas legais. Lembrar sempre que a caça ou
comercialização de borboletas fora das normas estabelecidas em Lei é crime
inafiançável.
Antes de qualquer providência na
área do futuro criadouro, deve-se entar em contato com o IBAMA, através do seu
escritório estadual, para solicitar orientação sobre procedimentos atuais,
solicitar o formulário “DOCUMENTO DE RECOLHIMENTO DE RECEITAS”, cujo valor é
estipulado pelo IBAMA e que deve ser anexado em xerox ao requerimento inicial.
Caso o IBAMA em Brasília der o parecer
favorável, o empreendimento estará autorizado e poderá ser iniciado,
assumindo-se assim as responsabilidades perante o IBAMA.
Fonte: Josef Bácsfalusi. Orientador e
fiscal autorizado pelo IBAMA através de convênio
Presidente
da ABRAL – Associação Brasileira Pró-Lepidópteros