terça-feira, 19 de julho de 2011

Estudantes aprendem na Ecotrilha

19/07/2011

Estudantes aprendem na Ecotrilha

A Ecotrilha, construída pelo Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de São Bento do Sul, localizada no sede dos escoteiros no Parque Marista, recebeu nesta semana o Colégio Global com a turma de Nível I, acompanhados da Coordenadora Crislaine K. Costa e Professora Sabrina Qüint.

A trilha é utilizada para educação ambiental sendo requisitada por escolas como complemento do ensino em sala de aula. “Temos uma redução de uso no inverno devido a neblina, mas o dia de sol e altas temperaturas colaboraram para um ensino aprendizado”, diz Marcelo Hubel, Diretor de Meio Ambiente.

Os alunos iniciaram a visita com a observação dos painéis de vidro que apresenta a imagem aérea do local, identificando a área verde e a cidade no entorno, no segundo painel reconheceram espécies de animais e plantas que existem na Floresta de Araucária e perceberam que a vegetação do Planalto é diferente que o litoral, que conhecem, e reforçam por não existir a Araucária. No percurso são feitas algumas dinâmicas, sendo a primeira aplicada no início da trilha onde são espalhados alguns objetos pela vegetação.

No auditório as crianças citam quantos objetos encontraram, e são orientados para terem a mesma percepção na trilha observando os detalhes que aquele pequeno fragmento de floresta oferece, como insetos, fungos, folhas de formatos diferentes entre outros. No anfiteatro, sentados em toras observam as árvores e aprendem a relação destas com a fauna.

Seguindo a trilha identificam mais árvores e conhecem a importância destas no meio ambiente, como o Jerivá, Bracatinga, Erva-Mate entre outras, também observam placas de identificação da fauna e pelo menos cinco placas de concreto com pegadas de mamíferos, cópias de pegadas recolhidas em gesso, encontradas em campo. Parte da trilha é percorrida com pares onde um estudante tem os olhos vendados e seu colega “anjo guia” ajuda na condução e percepção pelo tato de folhas, gravetos, casca de árvores etc.

A trilha termina com as ações ambientais do município e envolve os alunos na importância da reciclagem ou não poluição de rios, entre outros. Na pátio de atividades são desenvolvidas pelo menos mais duas dinâmicas. Na primeira um voluntário representa um animal, com um desenho  fixado nas costas, enquanto a turma desenvolve mímicas na tentativa do colega adivinhar o animal da fauna nativa que representa.

Na segunda dinâmica são distribuídos bambolês no chão, os alunos formam casais de papagaio-do-peito-roxo, e após escutarem uma atividade de impacto ambiental, que provoca a redução do papagaio ameaçado de extinção, correm para ocupar um bambolê, estes são retirados gradativamente, sendo formuladas novas situações até ficar apenas um casal de papagaio. “As dinâmicas são partes importantes e motivadoras das visitas, os estudante se envolvem e fixam melhor o aprendizado”, observa Marcelo Hübel.










PROJETO ECOTRILHA -  Marcelo Hübel 

Estagiário: Thiago A Dreveck


ECOTRILHA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL


 
AGRADECIMENTOS
Nossos sonhos e ideais não são realidade quando tratado de forma isolada. A participação conjunta de diferentes atores sociais, trazem esboços de projeto para a realidade. Não poderia deixar passar o registro das pessoas que mais se empenharam para a realização deste projeto socioambiental.

Equipe de Meio Ambiente: Denise C.S Sluminski; Paulo Geraldo dos Santos Lima; Jonas Fernando Engel; Maria Solange G. Bileski Luis Cezar Wolff, pela dedicação e empenho na elaboração da trilha, referente ao traçado, estruturação física do percurso, elaboração dos painéis e aquisição de materiais e contínua participação na execução do projeto; Masisa do Brasil Ltda – Mariana Schuchovski, pelas placas e imagens ofertadas; Viveiro Florestal Duffatto – Maicon D. Duffecky, pelas mudas nativas destinadas para plantio; Grupo Escoteiro Desbravador – Ana Claudia da Silva Murara, pelo espaço oportunizado; Consórcio Ambietal Quiriri – Mauro Fernandes Bácsfalusi, pelo fornecimento de estacas de eucalipto e placa entalhada; Papel e Lápis Michel – Michel Faucz, pelo desenvolvimento do logo do papagaio-do-peito-roxo; Secretaria de Obras – Márcio Dreveck e Ibere Santos Costa, pela dedicação na construção da trilha e adequação da área; Florestal Renova –Marmonn Naddny, pelo fornecimento das toras para a AMBIETAL com nova utilização na trilha; Vidraçaria Primos - Denilson Bonfanti, pelo fornecimento de vidros temperados para a AMBIENTAL com nova utilização na trilha; Thiago A.Dreveck, pela participação na estruturação do projeto escrito.

Marcelo Hübel
Diretor de Meio Ambiente

 
A Floresta Ombrófila Mista cobria, em um tempo não tão distante, aproximadamente 42% de Santa Catarina. Esse tipo de formação florestal adquiriu imensa importância econômica no decorrer do século XX. Outra característica marcante desse tipo de floresta tem haver com a exuberância dos pinheiros-do-paraná (
  éthos) comandados pela razão, atingir a felicidade individual e coletiva (polis), mas não apenas isso. Junto disso, Aristóteles, demonstrou maior preocupação com a natureza e os outros seres, que não homens:
É nesse contexto que pode-se começar a pensar em uma esfera ética, não apenas para o
 
Para maior instigação dos visitantes e visando o reestabelecimento de um vínculo afetivo com o Bioma, foi estabelecida uma espécie símbolo (nativa). A mesma espécie foi utilizada como símbolo no logo da Trilha Ecológica



Amazona vinacea como símbolo.
Figura 1 – Logo da Eco Trilha tendo



A espécie símbolo é
Amazona vinacea, conhecida popularmente como papagaio-de-peito-roxo (Figura 2). Por ser uma espécie típica de Floresta Ombrófila Mista a Floresta de Araucária, e por estar ameaçada entre as espécies vulneráveis (LIVRO VERMELHO DA FAUNA BRASILEIRA AMEAÇADA, 2008, p.462-464) torna-se importante foco para uma abordagem em prol da preservação ambiental. Pertencente a Família Psittacidae (COMITE BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS, 2008), Amazona vinacea possui algumas características básicas desse grupo: bico arredondado, típico para romper sementes; disposição zigodáctila dos dedos, ideal para levar alimentos à boca; também alimentam-se de frutas; gritam e grasnam, normalmente em vôo (SIGRIST, 2009).



Figura 2 - Papagaio-de-peito-roxo Foto:Marcelo Hübel
(Amazona vinacea)

 

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Tendo em vista uma interpretação de mundo que respeite sua complexidade, e percebendo o ambiente como uma teia de relações interdependentes, faz-se fundamental um conjunto de atividades cuidadosamente preparadas para que se possa utilizar dos instrumentos da Educação Ambiental com sua máxima força de sensibilização visando os seguintes parâmetros:

1. A educação é um direito de todos; somos todos aprendizes e educadores.
2. A Educação Ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, não-formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade.
3. A Educação Ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações.
4. A Educação Ambiental não é neutra, mas ideológica. É um ato político.
5. A Educação Ambiental deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar.
6. A Educação Ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e da interação entre as culturas.
7. A Educação Ambiental deve tratar as questões globais críticas, suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico. Aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente, tais como população, saúde, paz, direitos humanos, democracia, fome, degradação
da flora e fauna, devem ser abordados dessa maneira.
8. A Educação Ambiental deve facilitar a cooperação mútua e eqüitativa nos processos de decisão em todos os níveis e etapas.
9. A Educação Ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a história e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, lingüística e ecológica. Isto implica uma revisão da história dos povos nativos para modificar os enfoques etnocêntricos, além de estimular a educação bilíngüe.
10. A Educação Ambiental deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, promovendo oportunidades para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a condução de seus próprios destinos.
11. A Educação Ambiental valoriza as diferentes formas de conhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado.
12. A Educação Ambiental deve ser planejada para capacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana.
13. A Educação Ambiental deve promover a cooperação e o diálogo entre indivíduos e instituições, com a finalidade de criar novos modos de vida, baseados em atender às necessidades básicas de todos, sem distinções étnicas, físicas, de gênero, idade, religião ou classe.
14. A Educação Ambiental requer a democratização dos meios de comunicação de massa e seu comprometimento com os interesses de todos os setores da sociedade. A comunicação é um direito inalienável e os meios de comunicação de massa devem ser transformados em um canal privilegiado de educação, não somente disseminando informações em bases igualitárias, mas também promovendo intercâmbio de experiências, métodos e valores.
15. A Educação Ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis.
16. A Educação Ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos. (VIEZZER, 1995, pág. 30, 31)

Atividades
As atividades da Eco-Trilha abrangerão: manutenção (uma vez por semana e com o auxilio do grupo de escoteiros), saídas de campo (para maior conhecimento da ecologia da trilha) e a recepção de grupos de visitantes (previamente agendados). A visitação será feita um dia por semana tendo em vista minimização do impacto perante a fauna e flora e para com a compactação do solo.
Quanto à recepção de visitantes, no decorrer de todas as atividades educacionais, os monitores estarão interagindo, argumentando, refletindo, informando e indagando os participantes para que seja possível a percepção de quão eficientes têm sido as práticas educacionais perante os objetivos aos quais a Eco Trilha se propõem. Importa destacar que antes do início das atividades em trilha, os integrantes do grupo-alvo terão as orientações necessárias para a caminhada por meio de uma breve pré-palestra.
Os grupos com mais de vinte indivíduos serão divididos em dois para que não haja grande dispersão e a trilha, bem como as exposições, discussões e reflexões, possam ser aproveitadas da melhor forma. Sendo assim, nesses casos, enquanto um dos grupos caminha pela trilha, o outro grupo será instigado por meio de atividades, dinâmicas e discussões no pátio de entrada.

Seguem-se as atividades de educação ambiental sugeridas, conforme cada momento das visitações.

I – Atividades de Recepção
1. Anjo da Guarda
Aplicação: Antes da saída da escola ou na chegada na ECOTRILHA Esta ação pretende envolver alunos diferentes da mesma turma, integrando os colegas da sala de aula e melhorando a integração na trilha. A visita orientada precisa ter responsabilidade dos participantes e alguns cuidados básicos são importantes, principalmente com turmas das séries iniciais. Portanto é solicitado para as crianças, fazerem pares com os colegas que apresentam o mesmo tamanho de mão. Um sera o anjo da guarda de outro. É importante o
monitor da trilha explicar a importância da formação do anjo da guarda e suas responsabilidades na condução dentro da trilha.

2. Bexigas/Balões
Aplicação: Na chegada da ECOTRILHA. Esta atividade tem pretensão de motivação e integração do grupo, podendo ser utilizado para estudantes do ensino fundamental. Serão distribuídos balões com mensagens que deverão ser enchidos pelo participante e amarrados no pé. Em determinado perímetro delimitado e no tempo de 10 minutos as crianças deverão estourar o balão do colega e capturar a mensagem. Após as mensagens serem lidas inicia-se a visita propriamente. As mensagens devem ser motivadoras e ingressadas no sentido de pedir a colaboração com a responsabilidade de cada participante em relação ao local. Ex: O lanche será feito no final do encerramento. O lixo ou resíduo gerado deve ser levado para a escola ou para casa. A trilha deve ser usada para caminhar. Nada deve ser retirado da trilha a não ser as imagens. O respeito entre todos é importante para o sucesso da visita. A atenção as informações que a trilha apresenta é o resultado da avaliação final e a nota da turma. As atividades devem ser levadas com seriedade. A colaboração de todos é importante. Os visitantes que não estiverem dispostos em participar podem aguardar na recepção da trilha. Todos devem constar no registro de visitantes. Caso ocorra algum acidente na trilha o monitor deve ser comunicado de imediato. O percurso deve ser feito com o menos impacto possível. As atividades devem ser feitas com seriedade.

3. Eu gosto, eu quero.
Aplicação: Na chegada da ECOTRILHA, após estourarem os balões Os visitantes devem expor duas situações: uma dizendo o que gosta em relação ao meio ambiente e outra o que pretende saber ou encontrar na trilha. Este é o momento de percepção do monitor para melhor atender a necessidade de ensino aprendizado do grupo, que deve revelar os trabalhos desenvolvidos na escola ou sua percepção de ambiente familiar. Com esta revelação é possível direcionar a visita e trabalhar um tema principal.

II – Atividades para início ou término da visita.

1. Coruja e Macaco
Aplicação: Após a apresentação, para animar/motivar o grupo.Esta atividade divide o grupo em duas  turmas, sendo um denominado de CORUJAS e outra de MACACO. As corujas são definidas como espertas e detentoras da verdade, enquanto os macacos são os trapaceiros mentirosos que representam as afirmações falsas. Com estas definições hipotéticas, fica determinada a atividade.
Ambas as equipes ficam enfileiradas distantes frontalmente a um metro de uma linha centralizada em um retângulo. O guia ou monitor da trilha faz uma pergunta ou define uma situação. Quando a resposta for falsa os Macacos tentam pegar as Corujas, quando a afirmação ou resposta for verdadeira as Corujas pegam os Macacos. Quando as corujas ou macacos passarem da linha paralela da linha central, em sua quadra, o participante não pode ser tocado. Quando for tocado dentro do retângulo, perde e sai do jogo. Com esta atividade motivadora é possível constatar a eficiência da visita e percepção dos alunos em relação ao tema abordado.

Sugestão de Perguntas:
1 – O papagaio-de-peito-roxo não está ameaçado de extinção na Floresta de Araucária (F). Macacos pegam as corujas. (O papagaio-de-peito-roxo, está ameaçado de extinção pela lista do IBAMA)
2 – O Puma está ameaçado de extinção (V). As corujas pegam os Macacos. (O Puma está ameaçado de extinção conforme lista do IBAMA)
3 – A Floresta de Araucária está dentro do Bioma Mata Atlântica. (V). As corujas pegam os Macacos. A Floresta de Araucária ou Floresta Ombrófila Mista está inserido no Bioma Mata Atlânctica
4- Bracatinga, Vassourão, Aroeira são algumas espécies que não são importantes para a recuperação de áreas degradadas, sendo mais importante a imbuia e sassafrás. (F) Os macacos pegam as corujas. Bracatinga, Vassourão e Aroeira, são espécies pioneiras e portanto importantes para a recuperação de área degradada. As espécies, imbuia e sassafrás são espécies clímax e em estágio inicial precisam de sombreamento para crescerem.
5 – O pinhão é uma fonte importante de alimento para a cutia, papagaio, gralha e baleia. (F). Os Macacos pegam as corujas. Baleia é animal marinho, os demaisestão corretos.
 6- As cobras venenosas no Brasil, exceto a coral, apresentam fosseta loreal. (V) As corujas pegam os macacos.
7 – No espaço visitado não foi possível observar alguma espécie de interesse econômico (F) Macacos pegam corujas. Foi visualizado a erva-mate que representou época como referência do crescimento econômico no sul do Brasil (entre outras).
8- outros

2. Que animal sou eu?
Deve-se prender uma imagem ou palavra nas costas de uma criança sem ela saber qual ser vivo representa. Esta inicialmente posicionada de costas para o grupo, vira e começa a fazer perguntas sobre o ser vivo que imagina. Nesta etapa é importante resaltar que não pode ser dito o nome de animais e plantas, mas as perguntas devem ser no sentido de rastrear a resposta como: Apresenta penas? Vive na água? Come carne? É um mamífero? É um vegetal?
Esta atividade pode ser feita em duplas.

3. Predador-Presa
Em um círculo feito pelos próprios alunos fica a área destinada para predador e presa ficarem no círculo. Dois voluntários assumem o centro do círculo, um deve ser a presa (ex. Capivara) outro o predador (ex. Puma). O predador fica vendado e a presa deve caminhar com o uso de um sino, ou deve emitir o som da presa. A brincadeira acaba quando a presa é capturada pelo predador.

4. Papagaio-do-peito-roxo
Aplicação: Após a apresentação, para animar/motivar o grupo. Espalha-se bambolê em número igual ao número par de participantes. Os alunos ficam distanciados a alguns metros dos bambolês dispersos pelo chão. Após o sinal do monitor, aos pares, devem procurar por um bambolê que representa uma árvore oca para reprodução. O monitor deve passar informações de impactos ambientais que reduzem a população do papagaio como: Corte de árvores por madeireira. Perda de Floresta por incêndio causado por pescador. Corte de vegetação para ocupação irregular da área urbana. Perda de filhotes por traficantes de aves. Raio atingiu uma árvore (efeito natural). Corte de árvores para crescimento da agricultura. Corte de árvores para desenvolvimento da pecuária. Com o passar da brincadeira as árvores são eliminadas e os papagaios que não conseguem uma árvore saem do jogo. Em determinado momento estipulado pelo monitor, é exposto a necessidade de preservação e quais as medidas mitigatórias para salvar a espécie ameaçada de extinção.

III – Atividades na Trilha

1. Objeto oculto
Aplicação: No início da trilha O propósito desta atividade é buscar pela atenção do visitante nos detalhes
dos elementos que compõem o meio ambiente, onde todos os detalhes observados apresentam importância. Desta forma consegue-se uma maior atenção do estudante em relação ao percurso e transmite maior seriedade a visita. Os materiais dispersos no ambiente devem ser totalmente atípicos do local como: latinha, garrafa, boneco, copo, bola, pilha, jornal, tampinha de lata etc. Ao passar pelo local os alunos devem encontrar pelo menos 70% do material disperso. Devem falar baixo para o monitor a quantia de objetos encontrados e caso algum integrante não conseguiu atingir a meta deve voltar e fazer a
trilha.

2. Trilha cega
Aplicação: no meio da trilha as crianças formam os pares de anjos da guarda. Uma criança direciona a outra na trilha fazendo a que criança vendada  o odor e tato das folhas, troncos, bromélias, liquens.... Esta ainda vendada deve perceber o som ambiente, das folhas ao vento das aves e o próprio ruído urbano. Após curto trajeto trocasse a venda na dupla.

3. Eco-imã
Aplicação:
as questões ambientais, sociais e econômicas. Através da montagem de um cenário elaborado com desenhos e imâs.
no final da trilhas os estudantes são envolvidos em uma avaliação de grupo, com informações relativos ao tema de visita. A avaliação é feita com a interpretação e montagem de situações direcionadas

Obs:
Após todas as atividades cada visitante assinará o Caderno de Visitação.
IV- Avaliação
A avaliação pode ser considerada como o principal fator a ser destacado durante as atividades, sendo que deve ser encarado sob quatro prismas intercomplementares:
1- como processo de justiça para com o público alvo, 2- como ato de responsabilidade ante o desempenho dos participantes, 3- como diagnóstico da realidade, 4- como tomada de decisão para a solução de situações- problema (BOTH, 2008, p. 31).
As práticas avaliativas, fundamentais para a Eco Trilha, também, permitem uma maior compreensão de como os conteúdos referente ao Tema Transversal: Meio Ambiente tem sido trabalhado e discutido no decorrer da educação formal, bem como propõem idéias de melhoria referente as metodologias utilizadas no decorrer das atividades da trilha e melhorias para com a sua estrutura física. Tendo o intuito de transgredir uma visão fragmentada do homem/mulher e possibilitando a superação de um “sistema avaliatório tão precário no que diz respeito ao ser humano integral” (ESPÍRITO SANTO, 2006, p.76), as atividades avaliativas propostas visarão julgar todos os fatores possíveis que permitam
avaliar a personalidade dos visitantes, tais como: a participação nas atividades/ dinâmicas, a riqueza de pensamentos, discussões e reflexões, a estrutura lógica dos pensamentos e falas, conhecimentos reais (LANZ, 1986, p.91), trabalho em grupo e liderança. A avaliação amplia a possibilidade de alterações e de novas práticas. Tudo tem que ser avaliado, inclusive a mudança de comportamento do grupoalvo. Dessa forma propõem-se uma avaliação focada no processo como um todo e interdependente visando auxiliar os participantes a enxergar mais claramente seu crescimento durante esse processo (FACCAT, 2006, p.35; RATHS, 1948). Tendo em vista avaliar a participação do grupo-alvo, a avaliação será feita pelo grupo de monitores da Eco-Trilha, sendo iniciada por meio das fichas de
demonstração espontânea de conhecimento, d) demonstração de consciência crítica, e) demonstração de liderança perante o grupo. Após a trilha, ainda, as características mais importantes da Trilha serão
avaliadas pelo responsável do grupo visitante. Essa atividade será por meio de um questionário objetivo conceitual onde serão avaliados(as): as atividades desenvolvidas, os monitores, os conteúdos abordados, a forma de abordagem dos conteúdos e a estrutura física da Eco Trilha. A avaliação permite alterações e  potencia novas práticas para que se cumpra os objetivos perante o grupo alvo.
Eco-Avaliação do Grupo (Anexo-1) , concluída por meio de posterior análise e elaboração do Eco-Boletim Descritivo de Desempenho do grupo participante (Anexo-2). Aos educadores, e/ou responsáveis pelo grupo visitante, caberá preencher a ficha de Avaliação da Eco Trilha (Anexo-3), no final do percurso, para que sejam identificados características (sejam elas materiais ou metodológicas) onde devem ser aplicadas melhorias. A avaliação será dividida em três momentos distintos: 1) recepção, 2) em trilha e 3) após a trilha. Quanto à avaliação do grupo-alvo, em cada um dos momentos da avaliação, será visado perceber o perfil dos visitantes nos seguintes critérios: a) participação nas atividades, b) discussões e reflexões, c)

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se ressaltar, por fim, que a educação ambiental têm sido fundamental para a construção de uma nova ética ambiental (fundamentada na como um valor em si mesmo), que não antropocêntrica (ética que desconsidera o ser humano como centro do mundo). O sujeito nesta nova ética passa a respeitar a vida, não só a humana, mas qualquer vida bem como os fatores abióticos.

O respeito por sistemas naturais, valores humanos e não humanos e a
resistência à destruição da vida implica na construção e
desenvolvimento de uma nova ética (GRUN, 1994, p.190).

A Eco Trilha, como instrumento de interpretação ambiental, visa propiciar atividades que desvelam os significados e os fatores do ambiente como uma teia de relações, por meio de experiência direta e por meios ilustrativos, sendo importante forma de educação ao ar livre. Dessa forma a Eco Trilha pretende sensibilizar através de experiências vivenciadas dentro da própria floresta, auxiliando a comunidade a desenvolver um conhecimento básico sobre algumas das espécies, sobre formas de preservação e conservação do meio ambiente e sobre como regular o próprio comportamento em referente a responsabilidade de preservação da Natureza.






REFERÊNCIAS
BOFF, Leonardo.

BOTH, Ivo José.

COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS.

FERNANDES, Maria de F.P.; FREITAS, Genival F. de. Fundamentos da ética. In: OGISSO, Taka; ZOBOLI, Elma L. C. P. (orgs).
A águia e a galinha: Uma metáfora da condição humana. Petrópolis, RJ: VOZES, 1997.Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentido: é ensinando que se avalia, é avaliando que se ensina. 2ª ed. Cutitiba: IBPEX, 2008, p. 31.Listas das aves do Brasil. Versão 9/8/2009. Disponível em <http://www.cbro.org.br>. Acesso em: 25 de janeiro de 2010. ESPÍRITO SANTO, Ruy Cezar do. Pedagogia da Transgressão. 7ª ed. Campinas, SP: PAPIRUS, 2006, p.76. FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRATIVAS DE TUPÃ. Projeto Pedagógico. Taquara, 2006, p.35.Ética e bioética: desafios para a enfermagem e a saúde. Barueri, SP: Manole, 2006.p.27-44. GRÜN, M. Uma discussão sobre valores éticos em Educação Ambiental. Educação & Realidade, v. 19, n. 2, 1994, p.190.

KOZEL T. S. e NOGUEIRA. A. R. B. A.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.

MORIN, Edgar.

RATHS, L. E.

ROSÁRIO, L. A. do.

ROUSSEAU, Jean-Jacques.

SIGRIST, Thomas. Guia de Campo: Avifauna do Brasil. v.2. São Paulo: Avis Brasilis, 2009.Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. cap. 3, 7.Natureza, a Cultura e Eu: Ambientalismo e Transformação Social. Blumenau, SC: Edifurb; Itajaí: Editora da Univalli, 2003.ÉTICA. 28ª. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira 2006, p.267-297.Manual Latino-Americano de Educação Ambiental. São Paulo. GAIA, 1995.

SICK, H. 1997.

SOARES, André Geraldo. A

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez.

VIEZZER, M. & OVALLES, O. (org.)

LANZ, Rudolf. Pedagogia Waldorf. São Paulo: Antroposófica, 1986, p.91.

MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: Dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.

LIVRO VERMELHO DA FAUNA BRASILEIRA AMEAÇADA, v.2, 2008, p.462-464O Método 6: ética. Porto Alegre: Meridional, 2005, p. 19-29.Class Lecture. New York: Ed da Summer University, 1948As aves em Santa Catarina: distribuição geográfica e meio ambiente. Florianópolis:

ANEXO - MAPA


Recepção
Sítio das Araucárias
Anfiteatro
Pouso do Jacu
Curva da Renovação
Sassafrás
Curve-se para a natureza
Epífitas
Túnel das Taquaras
Jardim dos Xaxins
Final da Trilha
Atividades complementares
Avaliação


Espécie Símbolo


Mas o conhecimento sobre a alma também pode ser considerado de
grande valia para o entendimento mais completo da verdade e
especialmente da natureza. Pois a alma é por assim dizer, o primeiro
princípio dos seres vivos. (ARISTÓTELES In. MARCONDES, 2007,
p.54-56)