sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Recuperação das margens do rio Vermelho garantem qualidade da água

11/11/2010

Recuperação das margens do rio Vermelho garantem qualidade da água



A recuperação das margens do rio Vermelho, manancial que abastece São Bento do Sul, está em fase final de execução. A empresa J Sul Ligner de Blumenau desenvolveu as ações de proteção da APP (Área de Proteção Permanente) com construção de cercas quando necessário, plantio de mudas e técnicas de nucleação. O procedimento de trabalho segue conforme projeto aprovado pela Fatma.

A cerca com palanque de eucalipto apresenta quatro fios de arame liso ou farpado e balancins, mas a cerca é construída somente quando necessário, para evitar a entrada do gado ou cavalos na área em recuperação, devendo durar o suficiente para o crescimento das mudas. O plantio de mudas é feito com espécies nativas que ocorrem no Planalto Norte Catarinense da floresta de araucária.

Já as técnicas de nucleação garantem a regeneração de espécies do próprio local com transposição de solo de áreas com vegetação formada, transferindo o banco de sementes e garantindo uma variabilidade genética melhor que as próprias mudas provindas de viveiros da região.

No decorrer das atividades algum proprietários preferiram ficar apenas com o material para fazerem a recuperação da área por conta própria. Casas, galpões e outras obras de benfeitoria que ocupam a área de APP, não tiveram interferência, mas todas as áreas possíveis de plantio foram observadas e o proprietário recebeu a orientação da necessidade de recuperação. O trecho de recuperação compreende o ponto de captação de água do município de São Bento do Sul até a divisa com Campo Alegre, no rio que é o manancial de água, que abastece os moradores de São Bento do Sul.

Recentemente, a comunidade influenciada pelo projeto teve a terceira etapa de educação ambiental, em forma de palestra no recanto do Noti com o engenheiro florestal James Peixer e o técnico agropecuário Julio Jaime Pereira. A recuperação da área é necessária e de atendimento de um TAC do Ministério Público, mas de forma independente e além das obrigações, o município está sensibilizado com a ação e vai implantar o PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) beneficiando as pessoas comprometidas com a preservação da mata ciliar ou pela recuperação desta.

O pagamento será anual e baseado em proporção a unidades fiscais do município. “Iniciamos com uma atividade que nos foi imposta, mas finalizaremos com o PSA que será um reconhecimento perpétuo para estes moradores e um benefício para a sociedade, pois garantiremos a água para o município”, diz Marcelo Hübel, Diretor de Meio Ambiente.