quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

MUSEU NATURAL ENTOMOLÓGICO - PROJETO



PREFEITO MAGNO BOLLMANN
VICE-PREFEITO FLÁVIO SCHUHMACHER
SECRETÁRIO DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE EDIMAR GERALDO SALOMON
DIRETOR DE MEIO AMBIENTE MARCELO HÜBEL

MUSEU NATURAL ENTOMOLÓGICO

Ornith Bollmann





Projeto: Marcelo Hübel e Magno Bollmann



Criado por Lei Municipal nº 2.754, de 28 de março de 2011;
Apresenta Cadadastro Nacional de Museus - IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus)

2011

SUMÁRIO
PROPRIETÁRIO.........................................................................................................................5

1.1 LOCAL DO MUSEU.............................................................................................................5


1.2 APRESENTAÇÃO................................................................................................................5


1.3 REFERÊNCIA DE DENOMINAÇÃO..................................................................................5


1.4 LOGO....................................................................................................................................7


2. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................7


2.1 DEFINIÇÃO DE MUSEU.....................................................................................................7


3. ANTEPROJETO PARA INSTALAÇÃO DO MUSEU...........................................................9


3.1 CARACTERIZAÇÃO...........................................................................................................9


3.2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................9


3.2.1VISÃO...............................................................................................................................10


3.2.2MISSÃO............................................................................................................................10



3.4. OBJETIVOS.......................................................................................................................10


3.4.1 OBJETIVO GERAL..........................................................................................................10


3.4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................................10


3.5 ÁREA DE ABRANGÊNCIA...............................................................................................11


3.5.1 APA da Bacia Hidrográfica do Rio Vermelho/Humbold 23.000ha – São Bento do Sul..11


3.5.2 APA dos Campos do Quiriri – 1.400ha – Campo Alegre...................................................11


3.5.3 APA do Alto Rio Turvo – 7.000ha – Campo Alegre..........................................................11


3.5.4 APA da Bacia Hidrográfica do Rio dos Bugres – 8.000ha – Rio Negrinho.........................12


3.5.5 APA da Represa do Alto Rio Preto – 16.000ha – Rio Negrinho........................................12


3.5.6 Parque Ecológico Emílio F. Battistella – 41,50ha – Corupá................................................12


3.6. CLIENTELA......................................................................................................................13


3.6.1 PESSOAS JURÍDICAS...................................................................................................13


3.6.2 PESSOAS FÍSICAS........................................................................................................13


4. CRONOGRAMA DE INSTALAÇÃO DO MUSEU NATURAL.........................................13


4.1 – INTERESSE DO MUNICÍPIO........................................................................................13



4.2 – INTERESSE MUSEOLÓGICO UNIVERSITÁRIO........................................................13


4.2.1. ACERVO........................................................................................................................13


4.2.1.1- ENTOMOLOGIA.......................................................................................................14


4.2.1.1.1- TEXTOS PARA PAINÉIS INSETOS......................................................................14


4.2.1.1.2 – VERTEBRADOS TERRESTRES............................................................................14



4.2.2.1 - TEXTOS PARA BANNER DE VERTEBRADOS......................................................28


4.2.1.3 – EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA...................................................................................31


4.2.1.3 – MATERIAIS EM DOAÇÃO OU EMPRÉSTIMPO...................................................32


4.3 – ASPECTOS CULTURAIS E AMBIENTAIS...................................................................32

.
4.3.1 XOKLENG......................................................................................................................33


4.3.2 IMIGRANTES - SÃO BENTO........................................................................................37


4.3.4 TRADIÇÃO CULTURA E HISTÓRIA DE BORBOLETAS EM SÃO BENTO DO

SUL..........................................................................................................................................38


4.3.4.1 FAMÍLIA BOLLMANN – ORNITH BOLLMANN....................................................38


4.3.4.2 FAMÍLIA TANK – FRANCISCO RANK..................................................................39


4.3.4.3 IVO RANK.................................................................................................................40


4.3.4.4 JÓZSEF BAJCSIK BÁCSFALUSI.............................................................................41


4.3.4.5 INDUSTRIA ARTEFAMA – ARTEFATOS COM BORBOLETAS...........................43


4.3.4.6 INDUSTRIA ZIPPERER - – ARTEFATOS COM BORBOLETAS............................43


4.3.4.7 ABRAL........................................................................................................................46


4.3.5 BIOMA MATA ATLÂNTICA........................................................................................49


4.3.5.1 CARACTERIZAÇÃO DA FLORESTA PREDOMINANTE NO PLANALTO

NORTE......................................................................................................................................50


5.IMPLANTAÇÃO EM ADEQUAÇÃO COM IBRAM...........................................................53


5.1 Implantação do núcleo inicial do museu..................................................................................53


6. REUNIÕES E PALESTRAS..................................................................................................53


6.1REUNIÕES COMUNITÁRIAS, TRABALHOS COM ESCOLAS......................................53

7. INAUGURAÇÃO..................................................................................................................53


8. MANUTENÇÃO...................................................................................................................54


9. IMPLANTAÇÃO DO MUSEU.............................................................................................54



9.1 AS INSTALAÇÕES DO MUSEU.......................................................................................54


9.1.1. Entrada/recepção..............................................................................................................54


9.1.2. Setor administrativo..........................................................................................................54


9.1.3. Setor técnico....................................................................................................................54


9.1.4. Reserva técnica................................................................................................................54


9.1.5. Salas de exposição...........................................................................................................55


9.1.6. Biblioteca.........................................................................................................................55


9.1.7. Auditório..........................................................................................................................55


ORGANOGRAMA..................................................................................................................56


10. INVESTIMENTO IMPLANTAÇÃO.................................................................................57


11. GLOSSÁRIO.....................................................................................................................63




12 .REFERÊNCIAS................................................................................................................66

ANEXOS


1 – PROJETO LEI MUNICIPAL Nº “Institui a Criação do Museu Natural Entomológico Ornith Bollmann”
2 – LEI MUNICIPAL DE CRIAÇÃO DO MUSEU NATURAL ORNITH BOLLMANN
3 – SOLICITAÇÃO DE CADASTRO ESTADUAL
4 - CADASTRO IBRAM – QUESTIONÁRIO CNM
5 - PROJETO ARQUITETÔNICO DO MUSEU (Construção concluída)
6 – CROQUI DE DISTRIBUIÇÃO, USO E OCUPAÇÃO DO MUSEU
7 - PROJETO DO BORBOLETGÁRIO (Escrito e Arquitetônico)
8 - DOCUMENTO DA PROPRIEDADE (Prefeitura São Bento do Sul)
9 – DESENHO DOS MÓVEIS DO MUSEU
10 – FOLDER
11 – CÓPIA DO LIVRO TOMBO
12 – FOTOS
13 – REPORTAGENS
14 – CÓPIA DE CONVÊNIO COM UDESC; UNIVILLE e UnC
15 - ESTATUTO DA SOCIEDADE DOS AMIGOS DO MUSEU
16 – FORMULÁRIO SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO, CULTURA E ESPORTE – FUNCULTURAL
17 – ORÇAMENTO

16 – FORMULÁRIO SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO, CULTURA E ESPORTE – FUNCULTURAL
17 – ORÇAMENTO


1. PROPRIETÁRIO:

Prefeitura Municipal de São Bento do Sul – SC
Secretaria Agricultura e Meio Ambiente
Departamento de Meio Ambiente
Rua Jorge Lacerda, 75 – Centro
CEP 89290 000 São Bento do Sul - Santa Catarina

1.1 LOCAL DO MUSEU:

Rodovia SC 301 com esquina na Rodovia dos Móveis s/n
Trevo Mato Preto
Bairro Oxford
CEP: 89.285-480

1.2 APRESENTAÇÃO
MUSEU NATURAL Ornith Bollmann
Atende ao proposto pelo Sistema Brasileiro de Museus – SBN, criado pelo Decreto nº 5.264, de 5 de novembro de 2004, que além de criar propicia o desenvolvimento dos sistemas regionalizados de museus municipais, estaduais. O proposto deste projeto está formalizado mediante o Termo de Adesão com a instituição e o Ministério da Cultura, com emissão final do “Certificado de Adesão ao Sistema Brasileiro de Museus”. O anteprojeto e instalação do Museu Natural também atende as orientações da Fundação Catarinense de Cultura e Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural. A legalidade do Museu Natural Ornith Bollmann ainda é reforçada com a criação de lei municipal, sendo ainda referência a LEI Nº 1100, de 19 de outubro de 2004. "CRIA E DENOMINA O CENTRO DE ESTUDOS ENTOMOLÓGICOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS." Com a criação do Museu este deve ser institucionalizado com os “Amigos do Museu” com o Conselho Deliberativo e representação de sócios-correspondentes; sócios honorários e sócios beneméritos.

1.3 REFERÊNCIA DE DENOMINAÇÃO
MUSEU NATURAL Ornith Bollmann
Ornith Bollmann foi uma pessoa de inigualável ação no campo político, profissional, familiar e de princípios e valores ambientais reconhecidos, dedicou parte de sua vida na observação e interpretação da entomologia com especial atenção aos Lepidópteros.

Ornith Bollmann (14/05/1919 - 08/04/1990) foi empresário e político brasileiro do PP. Foi Prefeito do município de São Bento do Sul, Santa Catarina na década de 1970.
Ornith Bollmann era filho de Catarina Jung e Carlos Bollmann, mestre carpinteiro e criador de máquinas industriais de grande poder inventivo, além de ter sido o autor da marcha “Caçador”, composta em homenagem aos Atiradores. Era neto de Guilherme Bollmann, que fundou o jornal
Volkszeitung, e a Farmácia Bollmann que posteriormente em 1980, foi incorporada à rede de Farmácias Catarinense.
Ornith Bollmann era casado com Olga Bollmann e foram os progenitores de uma família tradicional da cidade de São Bento do Sul, da qual surgiram diversas figuras importantes no cenário político e empresarial da região. Seu genro Odenir Osni Weiss, casado com Crista Bollmann Weiss, foi prefeito do município de São Bento do Sul, no início da década de 1980. De 1993 a 1996, seu filho Frank Bollmann governou a cidade, e em 2008, seu filho Magno Bollmann foi eleito prefeito da cidade de São Bento do Sul, para o mandato de 2009/2012.”
1.4 LOGO
A logomarca é caracterizada por um Lepidóptero, representando o trabalho desenvolvido por Ornith Bollmann, sendo ainda a atividade mais representativa no Planalto Norte Catarinense em seu contesto histórico e atual, sendo de reconhecimento dos maiores pesquisadores da Ordem referida como: Dr. Olaf Hermann Hendril Mielke e Jorge Manuel Saraiva Bizarro. Nas asas da borboleta ficam evidenciadas as silhuetas de diferentes seres vivos representantes da fauna e flora, como temas de importância no desenvolvimento das atividades do museu.

Logomarca do Museu Natural Ornith Bollmann(Criação da arte: Marcelo Hübel. Digitalização Jonas F. Engel)


2. INTRODUÇÃO

O Museu Natural nasce na interpretação da necessidade da preservação e fomento da pesquisa e extensão científica, onde o desenvolvimento abre preceitos para o diálogo e o conhecimento. O avanço das discussões na apresentação de modelos sustentáveis traz para a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil a responsabilidade das ações condizentes para a manutenção da qualidade de vida. A busca pelas melhores condições socioambientais somente são atingidos pelas práticas ecoeficientes que almejam uma sociedade socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável. Os desafios do século XXI estão a mercê do conhecimento. O propósito do Museu deve corresponder a realidade atual, e ser iniciante na junção de diferentes segmentos da sociedade e primordialmente as universidades, onde são abertas as linhas de convívio técnico-científico. Neste âmbito o Museu Natural é o espaço ideal para a execução de programas, projetos e atividade de pesquisa, promovendo a difusão do conhecimento através de conferências, seminários, disponibilidade de acervo e de biblioteca especializada. Contudo a disposição do material do Museu Natural é referência também para a visitação pública, contribuindo para o enriquecimento do conhecimento popular ou ainda fortalecendo o turismo regional. As visitas de estudantes é ainda um dos maiores propósitos da constituição do museu que prima pela educação ambiental como ferramenta da conscientização pela preservação. O material de acervo, as exposições temporárias ou a exposição permanente, são de apresentação difusa, mas inegavelmente apresentam as características ambientais do Planalto Norte Catarinense.

2.1 DEFINIÇÃO DE MUSEU
O museu é uma instituição com personalidade jurídica própria ou vinculada a outra instituição com personalidade jurídica, aberta ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento e que apresenta as seguintes características:
I - o trabalho permanente com o patrimônio cultural, em suas diversas manifestações;
II - a presença de acervos e exposições colocados a serviço da sociedade com o objetivo de propiciar a ampliação do campo de possibilidades de construção identitária, a percepção crítica da realidade, a produção de conhecimentos e oportunidades de lazer;
III – a utilização do patrimônio cultural como recurso educacional, turístico e de inclusão social;
IV - a vocação para a comunicação, a exposição, a documentação, a investigação, a interpretação e a preservação de bens culturais em suas diversas manifestações;
V – a democratização do acesso, uso e produção de bens culturais para a promoção da dignidade da pessoa humana;
VI – a constituição de espaços democráticos e diversificados de relação e mediação cultural, sejam eles físicos ou virtuais.
Sendo assim, são considerados museus, independentemente de sua denominação, as instituições ou processos museológicos que apresentem as características acima indicadas e cumpram as funções museológicas.” (FONTE: Departamento de Museus e Centros Culturais - IPHAN – 2005)

Nos Artigos 1º, 2º e 3º do Estatuto de Museus, instituído pela Lei nº. 11.904, de 14 de janeiro de 2009, estão indicados os conceitos e princípios definidores e orientadores dos museus no Brasil:
Art. 1º Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento.

Parágrafo único. Enquadrar-se-ão nesta Lei as instituições e os processos museológicos voltados para o trabalho com o patrimônio cultural e o território visando ao desenvolvimento cultural e socioeconômico e à participação das comunidades.

Art. 2º São princípios fundamentais dos museus:
I - a valorização da dignidade humana;
II - a promoção da cidadania;
III - o cumprimento da função social;
IV - a valorização e preservação do patrimônio cultural e ambiental;
V - a universalidade do acesso, o respeito e a valorização à diversidade cultural;
VI - o intercâmbio institucional.

Parágrafo único. A aplicação deste artigo está vinculada aos princípios basilares do Plano Nacional de Cultura e do regime de proteção e valorização do patrimônio cultural.

Art. 3º Conforme as características e o desenvolvimento de cada museu, poderão existir filiais, seccionais e núcleos ou anexos das instituições.
Parágrafo único. Para fins de aplicação desta Lei, são definidos:

I - como filial os museus dependentes de outros quanto à sua direção e gestão, inclusive financeira, mas que possuem plano museológico autônomo;
II - como seccional a parte diferenciada de um museu que, com a finalidade de executar seu plano museológico, ocupa um imóvel independente da sede principal;
III - como núcleo ou anexo os espaços móveis ou imóveis que, por orientações museológicas específicas, fazem parte de um projeto de museu.”

3. PROJETO PARA INSTALAÇÃO DO MUSEU

3.1 CARACTERIZAÇÃO
O Museu Natural é destinado principalmente para garantir a manutenção do material provindo de pesquisas de campo, e oportunizar o conhecimento pela manutenção do acervo e disponibilidade de resultados de pesquisa. Tendo vínculo com universidades. Contudo mantem como ações básicas de atividades a manutenção de materiais a elaboração de documentação e a preservação das peças de acervo e exposição. É fonte de consulta inspiradora, resguarda as características regionais e culturais na expressão da importância relevante dos aspectos socioambientais. Prevalecendo a importância da preservação das características ambientais. Sendo um espaço amplo e oportuno para atender desde o pesquisador até os turistas e as famílias da comunidade regional.

3.2 JUSTIFICATIVA

Atender a necessidade de centralizar as práticas de Museu Natural em espaço adequado para a manutenção dos elementos, principalmente, aqueles pertencentes ao Planalto Norte Catarinense oportunizando um cenário apropriado para se desenvolver práticas adequadas na conservação do material empírico para preservação da cultura, na importância da manutenção do conhecimento da fauna flora e suas inter-relações, valorizando o conhecimento socioambiental. Sendo ainda a centralização de referência para muitas universidades que com o Museu Natural Ornith Bollmann dispõem de espaço apropriado para manutenção dos materiais e acesso a pesquisa e formação de projetos e programas.

3.2.1 MISSÃO
Receber, catalogar e conservar elementos do ambiente natural, proporcionar o acesso ao conhecimento e fomentar a pesquisa e o aprendizado, na realização de práticas voltadas a construção de valores de preservação do ecossistema e a formação ou desenvolvimento cultural do cidadão.

3.2.2 VISÃO
Manter vínculo constante e permanente com instituições de ensino e pesquisa, com o Instituto Brasileiro de Museus e Fundação Catarinense de Cultura, atendendo a Política nacional de Museus.

3.4. OBJETIVOS

3.4.1 OBJETIVO GERAL

Registrar, documentar, preservar, sendo uma fonte constante de pesquisa visando a transmissão e o acesso do cidadão ao conhecimento e a construção ou desenvolvimento da cultura. Instituído como desenvolvimento de pesquisa de caráter científico, educativo e de exposição, de indivíduos representantes da fauna; flora e recursos naturais.

3.4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Fomentar as discussões das pesquisas relacionadas ao campo epistemológico e ao discernimento da ecologia.

Oportunizar um espaço adequado para a preservação de coleções de representantes da fauna e flora e suas inter-relações.

Disponibilizar material para referência e complementação de pesquisa, fortalecendo com a disponibilidade de literatura apropriada.

Promover encontro de pesquisadores e a dispersão de conhecimento em palestras e seminários.

Difundir o conhecimento e firmar os conceitos de preservação ambiental e a qualidade de vida pela educação ambiental.

Implantar e manter um borboletário, em anexo, apropriado para o estudo dos Lepidópteros, na interpretação de seu ciclo de vida e suas características de espécie.

Vincular um espaço para visitantes da comunidade e de turistas.


3.5 ÁREA DE ABRANGÊNCIA

O propósito da criação de museu entre outras atribuições é a garantia da preservação de material de estudo referente a região do Planalto Norte Catarinense, principalmente na representação das características intrínsecas das formações ambientais das Unidades de Conservação que representam no na soma de 55.441,50ha de área preservada de extensas áreas contínuas da Floresta Ombrófila Mista a mata de araucária e a Floreta Ombrófila Densa a mata atlântica, ambas pertencentes ao bioma Mata Atlântica como segue abaixo:

3.5.1 APA da Bacia Hidrográfica do Rio Vermelho/Humbold 23.000ha – São Bento do Sul.
Criada através da Lei Municipal 246 de 14/08/98. Parte integrante da Mata Atlântica, é floresta de transição. Tem clima quente e úmido que propícia a agricultura, em especial a bananicultura. Cortado pelo Rio Vermelho, Rio Natal e Cachoeira do Braço Esquerdo oferece exuberantes florestas naturais e algumas originais, de grande biodiversidade, que atrai pesquisadores (CEPA – Rugendas) e inúmeros moradores das regiões vizinhas, que buscam seu clima quente para piqueniques e banhos de rio, atividade esta estruturada em recantos ecológicos.

3.5.2 APA dos Campos do Quiriri – 1.400ha – Campo Alegre
Criada através da Lei Municipal 2.348 de 18/08/98, contempla campos de altitude, com vegetação rateira, atingindo 1500 metros, de onde consegue-se avistar o litoral. É uma região de grande beleza e cercada de misticismos e de lendas sobre tesouros escondidos, com trilhas construídas em pedras jesuíticas, iniciando no Município de Garuva, que serviram de acesso ao Planalto Norte(Lages). Nesta APA encontra-se a nascente do Rio Negro, que separa os Estados de Santa Catarina e Paraná, e as nascentes e vertentes do Rio Cubatão, que abastece a cidade de Joinville, e por isso apresenta seu nome ao Consórcio Quiriri.

3.5.3 APA do Alto Rio Turvo – 7.000ha – Campo Alegre
Criada através da Lei Municipal 2.347 de 18/08/98. É a nascente do Rio Turvo, manancial de abastecimento de água para a cidade de Campo Alegre. Seu sub-solo rico, em caulim, atrai várias mineradoras que exploram este material para a fabricação de louças e isolantes elétricos, entre outros. Daí a importância de um monitoramento constante, visando preservar suas belezas naturais e mananciais de água.

3.5.4 APA da Bacia Hidrográfica do Rio dos Bugres – 8.000ha – Rio Negrinho
Criada através da Lei Municipal 1.093 de 17/08/98. Ocupada basicamente por fazendas de gado e de agricultura, atravessa todo o território de Rio Negrinho e desagua no Rio Negro. Possui exuberante vegetação e belíssimas cachoeiras, motivo de atração turística.

3.5.5 APA da Represa do Alto Rio Preto – 16.000ha – Rio Negrinho
Criada através da Lei Municipal 1.095 de 17/08/98. O represamento das água do Rio Preto, para geração de energia para fins industriais, criou um extenso lago que logo foi aproveitado para a construção de bem estruturados campings e chalés que hospedam as pessoas interessadas em pescar ou simplesmente conviver com as belezas oferecidas pela região. Os tradicionais torneios de pesca atraem milhares de pessoas num convívio agradável e divertido

3.5.6 Parque Ecológico Emílio F. Battistella – 41,50ha – Corupá
Iniciativa conservacionista da Empresa Battistellqa, possui excelente estrutura para camping, restaurante, lanchonete, trilhas ecológicas e 14 saltos d”água, sendo o maior com 125 metros de queda livre. FONTE: (Consórcio Ambiental Quiriri)

3.6. CLIENTELA

3.6.1 PESSOAS JURÍDICAS
Instituições, Organizações Governamentais, Organizações Não Governamentais, Universidades, Empresas.

3.6.2 PESSOAS FÍSICAS
Comunidade, pesquisadores auto-didatas


4. CRONOGRAMA DE INSTALAÇÃO DO MUSEU NATURAL

4.1 – INTERESSE DO MUNICÍPIO
Preservação da história, cultura e tradição de São Bento. Oportunizar a pesquisa científica na preservação do meio ambiente e fomentar o turismo e educação ambiental.

4.2 – INTERESSE MUSEOLÓGICO UNIVERSITÁRIO

Pesquisa e levantamento de dados de interesse museológico (levantamento dos possíveis acervos do museu).
Conforme as características relacionadas as unidades de conservação o museu torna-se referência para a manutenção de coletas de campo procedentes de pesquisas de diferentes instituições ou universidades. Todavia as cidades relacionadas com as unidades de conservação dispõem de universidades com cursos de graduação e pós-graduação, mas não apresentam museu em seu campus local sendo:

UnC – Universidade do Contestado – Campus Rio Negrinho
UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina – CEPLAN – São Bento do Sul
Univille – Universidade de Joinville – Campus São Bento do Sul

Portanto o museu será referência para os diferentes cursos das universidades locais para a concentração de material proveniente de pesquisas, sendo um importante local para conservação e estudo das características locais pela manutenção de peças arqueológicas, exsicatas, animais taxidermizados e coleções entomológicas.
4.2.1. ACERVO
Os primeiros materiais para exposição compreendem exposições temporárias e permanente. Dos materiais compreendidos até 01/11/2011 constam na maioria Lepidópteros provenientes de diferentes doadores das coleções de Ornith Bollmann. Mas constam no livro tombo 1447 itens com diversas famílias de insetos, minerais, artefatos de madeira com borboletas em quadros e bandeja, exsicatas, animais taxidermizados, ninhos de aves, ossos de animais.

4.2.1.1- ENTOMOLOGIA
Coleções entomológicas da região compreendendo diversas espécies de coleópteros e lepidópteras provenientes de materiais de coleta da região principalmente de São Bento do Sul
O museu é instrumento para a Lei Ordinária de São Bento do Sul – SC, nº 1100 de 19/10/2004, que "CRIA E DENOMINA O CENTRO DE ESTUDOS ENTOMOLÓGICOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS."
Outras espécies na forma de quadros e em vidros também são contribuição do Sistema Educacional Divina Providência administrado pelo Colégio Bom Jesus em São Bento do Sul

4.2.1.1.1 TEXTOS PARA PAINÉIS - INSETOS

INSETOS

São formados por cerca de 1000 famílias e milhares de gêneros. Conforme Ruppert/Barnes, estimasse que existam ainda 30.000.000 de espécies não descritas no mundo

Reino Animalia
Filo: Arthopoda
Classe: Hexapoda
Subclasse: Entognatha:
Ordem: Prutura; Collembola; Diplura;
Subclasse: Ectognatha:
Ordem: Microcoryphia; Thysanura; Ephemeroptera; Odonata; Orthoptera; Isoptera; Plecoptera; Dermaptera; Embioptera; Psocoptera; Zoraptera; Mallophaga; Anoplura; Thysanoptera; Hemiptera; Homoptera; Neuroptera; Coleoptera; Strepsiptera; Mecoptera; Trichoptera; Lepidoptera; Diptera; Hymenoptera; Siphonaptera.

SUCESSO EVOLUTIVO
Conforme Ruppert/Barnes, o sucesso é geralmente atribuído a determinadas características adaptativas que evoluíram nos membros ancestrais do grupo. Essas características permitiram uma radiação adaptativa de espécies, colonizando muitos habitats diferentes e preenchendo novos nichos. O grande sucesso dos insetos poderia, portanto, ser atribuído à evolução de cinco características significativas:

1 - Uma espicutícula cérea, que reduz a dessecação;
2 - As asas, que potencializam o acesso ao alimento e a outras fontes, bem como ajudam a fugir de predadores;
3 - O dobramento das asas em repouso, que permite a utilização de micro-habitats confinados;
4 - Uma casca de ovo resistente, que permite a exposição a condições ambientais mais extremas;
5 - Um desenvolvimento que inclui uma larva, permitindo que o inseto juvenil utiliza recursos diferentes dos adultos

CARACTERÍSTICAS
Os insetos são uma classe com mais de 750.000 espécies descritas sendo o maior grupo de animais. Nas suas principais características:

a – Três pares de pernas;
b – Dois pares de asas;
c – Um par de antenas;
d – Um par de olhos compostos;


Os insetos apresentaram uma radiação adaptativa impressionante, existindo representantes da classe em todos ecossistemas, exceto nas águas marinhas subtidais. É na polinização que os insetos desenvolvem seu melhor desempenho de valoração pois dois terços de todas as plantas floríferas dependem exclusivamente dos insetos. A miséria é vinculada a doenças e insetos como mosquitos (malária, elefantíase e febre amarela), piolhos (tifo e febre recorrente), pulgas (peste bubônica), e moscas (febre tifóide e disenteria) contribuem diretamente como vetores.

MORFOLOGIA EXTERNA

REGIÕES CORPORAIS
As áreas espessas da cutícula são chamadas de escleritos e são separados frequentemente por suturas.
As peças bucais são geralmente viradas para baixo denominado hipognatismo, mas pode estar em uma posição anterior denominado prognatismo ou ainda posterior sendo opistognatismo, este indicativo de hemípteros e homóteros que são sugadores.
Geralmente existem 3 ocelos entre os olhos compostos e antenas.
A peça bucal é formada por mandíbula; maxila e lábio.
Os tergitos toráxicos dos insetos chamados de notos
O tórax apresenta três segmentos: pró-torax, mesotórax e metarórax. Cada segmento apresenta um para de pernas articuladas.
A parte da perna apresenta coxa, trocanter, fêmur, tíbia, tarso e pré-tarso.
O abdômen apresenta 9 a 11 segmentos e um télson (encontrado nos embriões e proturos primitivos)


ASA
São evidências dos insetos, mas vários grupos não apresentam como as pulgas e piolhos, sendo ainda secundária para outros grupos existindo em um período da vida como: formigas; cupins e as operárias não apresentam asas.
Os insetos alados são denominados pterigotos e os não alados de apterigotos.
O inseto mais antigo é do período Devoniano, sendo não alado.
As asas apresentam duas camadas de cutícula separadas por tubos chamados de veias, que formam a estrutura esquelética e manutenção do teor hídrico da cutícula.
Os besouros utilizam para voar apenas o segundo para de asas, enquanto o primeiro rígido é para proteção, chamado de élitros.
O vôo não depende apenas de batidas ascendentes e descendentes, mas na maioria são associadas variações para frente e trás, em elipse ou em forma de “oito”.
A frequência de batimento apresenta variações de 4 a 20bps (batimentos por segundo) no caso das borboletas e gafanhotos. Nas abelhas e moscas 190bps, mas chega a 1000bps em alguns maruins.
A velocidade de vôo de uma abelha chega a 24Km/h, e o inseto mais rápido é a mariposa colibri que chegam a 40km/h
Os Dipteras (moscas, borrachudos e mosquitos) apresentam hasres que batem na mesma frequência que as asas e confere estabilidade.
Os insetos são ectotérmicos e nas manhãs frescas, em repouso, movimentam as asas para aquecimento e contração do músculo.
ANATOMIA INTERNA E FISIOLOGIA

NUTRIÇÃO
O aparato bucal é apropriado para cortar, rasgar e esmagar, enquanto maxila e lábio manipulam o alimento.
As larvas de borboletas e mariposas também são mastigadoras. Quando adulto adaptam-se para sugar alimento líquido.
As dietas de forma geral podem ser carnívoras ou herbívoras.
As peças bucais apresentam muitas variações como: mastigação e sucção, perfuração e sucção ou ainda corte e sucção.
Peças bucais perfuradoras são para extrais sucos vegetais como o caso dos afídeos e cigarras.
Os predadores com mosquitos e percevejos apresentam peças bucais perfuradoras para extrair o alimento de animais.
As abelhas podem mastigar e sugar.
Moscas picadoras cortam a pele como um estilete e coletam o sangue por um lábio, caso das mutucas.
Moscas domésticas utilizam o lábio como uma esponja e levam o alimento por um tubo.
O alimento segue o caminho da faringe anterior, esôfago, papo e pró-ventrículo.
A membrana peritrófica permite a troca de enzimas para digestão
A maioria dos insetos apresentam cecos gástricos para digestão final e absorção de água.

TRANSPORTE INTERNO
O coração é alojado em uma cavidade dorsal separado por um diafragma. A contração dos músculos movimenta o sangue pelos óstios.
A pressão sanguínea além de transporte sanguíneo, auxilia no descarte de asas (cupins) o desenrolar da probóscide (borboletas), a egestão de pelotas fecais e ecdise.
O sangue é incolor ou verde pode ter agente coagulante ou somente fecha a ferida com células.
Compostos anticongelantes como glicerol, sorbitol e trealose são eficientes em ambientes de -30ºC

TROCA GASOSA
Ocorre por traquéias tendo até 10 espiráculos geralmente com mecanismo de fechamento para evitar a perda hídrica e entrada de pó e parasitas.
As traquéias são sustentadas por anéis espirais chamados tenídios.
Os sacos aéreos permitem a oxigenação e ventilação.
Os espiráculos se abrem em 200 milissegundos e “engole” o ar.

EXCREÇÃO E EQUILÍBRIO HÍDRICO
A excreção é por tubos de Malpighi, que estão semi livres no hemocele, preso na junção do intestino médio e posterior, podendo existir de 2 a 250 coccídeos. Nos tubos a água passa livremente pelo transporte de íons como potássio. O ácido úrico é eliminado na hemolinfa sendo coletado pelos túbulos. Mas também ocorre reabsorção de água, sais e substâncias As células pericárdicas ou nefrócitos localizado próximo do coração capturam resíduos para degradação.
Insetos aquáticos excretam amônia e não ácido úrico, sendo conservados pelo intestino posterior.

SISTEMA NERVOSO
O cérebro apresenta protocérebro com olhos, deuterocérebro com antenas e tritocérebro.
Os principais centros endócrinos são formados pelos corpos cardíacos, corpos alados, glândulas pró-torácicas e células neurossecretórias.
Os receptores auditivos são chamados órgãos timpânicos.
Os fotorreceptores são olhos compostos e ocelos.
Os ocelos percebem as variações de intensidade de luz.

REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO
REPRODUÇÃO
As fêmeas apresentam dois ovários, cada qual com vários túmulos chamados ovaríolos, que levam a vagina, que apresenta espermateca. Alguns Lepidoptera apresentam gonóporo copulatório atrás da abertura vaginal, levando a bursa copulatória que recebe o espermatozóide.

Os machos apresentam um para de testículos e pênis ventral chamado de edeago associado no oitavo segmento.
Cada testículo apresenta vários estágios de desenvolvimento de espermatozóides, em tubos espermáticos.
Os machos de libélula, moscas, borboletas e mariposas possuem órgãos seguradores para prender o abdômen na fêmea.
A maioria dos insetos utiliza espermatófagos para transferir o esperma.

A postura dos ovos em grande parte do insetos ocorre no 8º ou 9º segmento.
Alguns insetos formam galhas para deposição de ovos em vegetais cujo tecido é induzido em envolver os ovos. As larvas se alimentam da galha.
DESENVOLVIMENTO
A metamorfose gradual ou incompleta (desenvolvimento HEMIMETÁBOLO) sendo o jovem semelhante ao adulto, mas são chamados de ninfas ou no ambiente aquático de náiades.
A metamorfose completa (desenvolvimento HOLOMETÁBOLO) ocorre em três estágios:larva, pupa e adulto.
O número de mudas até a fase adulta varia de 3 a 30 conforme o tipo de desenvolvimento.
Na evolução os insetos das 26 ordens 9 são holometábolos e tiveram maior sucesso devido a variação alimentar e representam 80% das espécies.
Ecdisona é o hormônio que estimula o crescimento e muda.
Muitos insetos apresentam diapausa, sendo o desenvolvimento interrompido por alteração climática adversa.

PARASITISMO
O parasitismo está associado, geralmente a um estágio de vida do inseto, oportunizando um novo alimento um novo habitat.
Grande parte dos Dipteras, são hematófagos de aves e mamíferos. A mosca-varejeira põe ovos em ferimentos de mamíferos e as larvas se alimentam do tecido.
Vespa como a Sirex noctilio a vespa da madeira deposita seus ovos em Pinus sp, eclodem e as larvar comem o fungo existente na madeira, por consequência a árvore morre ficando perfurada por várias aberturas na grossura de um lápis. O controle biológico da vespa-da-madeira é por nematóide que ocupa os ovos da vespa.
Algumas moscas depositam os ovos em pelos de animais, quando entes lambem desenvolvem as larvas no sistema digestivo, saindo pelas fezes, onde pupam.
Insetos também parasitam invertebrado como das vespas braconídeas e icneumonídeas que parasitam besouros, borboletas, mariposas, moscas, vespas e até aranhas.
Também existem vespas que parasitam vespas como a Ibalia que deposita ovos nos ovos de Sirex.

COMUNICAÇÃO
A comunicação ocorre sinais químicos, visuais, táteis e auditivos.
O feromônio é utilizado para atrair o outro sexo como no caso da mariposa Bombyx mori.
As formigas depositam substâncias químicas no solo como forma de marcar a trilha.
Feromônios também são estímulos de alerta quando existem ameças em uma colônia.
A produção de som é marcante em gafanhotos e cigarras. Para os gafanhotos, as melodias servem para atração sexual ou agressão para as cigarras para reunir mais indivíduos.
As abelhas se comunicam por diferentes danças.

INSETOS SOCIAIS
A evolução social ocorreu para os Isoptera (cupins) e os Hymenoptera (formigas, abelhas e vespas)
Todos grupos sociais o indivíduo não pode viver sozinho ou em outra colônia.
Todos os grupos apresentam polimorfismo diferenciando os sexos e em alguns casos diferencia os operários.
Na colonia existem diferente estágios e funções durante a vida do inseto.
Os machos servem basicamente para reprodução. A rainha para oviposição e manutenção da colônia.

4.2.1.1.2 TEXTOS PARA PAINEIS - REINO ANIMALIA
LEPIDOPTERA
grego: lepidos = escamas; pteron = asa
nomes populares: borboleta, mariposa e traça

Filo Arthopoda
Classe Hexapoda
Ordem Lepidoptera
Número de espécies

Borboletas - quase todas ativas de dia - e mariposas - geralmente ativas à noite e atraídas a focos luminosos - compõem a segunda maior ordem animal, atrás apenas dos besouros - Coleoptera). São diversas e abundantes em todos os ambientes naturais da Terra, conspícuas e familiares a todos os
povos. Os adultos normalmente possuem seis pernas ambulatórias e quatro asas revestidas de escamas, contendo pigmentos ou substâncias químicas de comunicação (neste caso, podem ser transformadas em pêlos). Vivem entre um dia e um ano, variando em tamanho (envergadura das asas abertas) de menos de 5 mm a mais de 30 cm. Alimentam-se de líquidos variados e são importantes polinizadoras. Lagartas geralmente passam por cinco estádios e são fitófagas, incluindo galhadoras, minadoras, brocas e sugadoras (há exceções, especialmente detritívoras, predatórias ou mutualistas com formigas). Muitas lagartas são sociais e um bom número constrói tubos, tendas, casulos ou outros abrigos. Algumas são importantes pragas agrícolas ou vetores de patógenos vegetais.

Introdução
Lepidópteros são insetos terrestres e holometábolos, em geral mastigadores de material vegetal no estágio larval e sugadores de líquidos (néctar, seiva, água enriquecida, material orgânico em putrefação) na fase adulta. Habitam todos os ecossistemas terrestres, com adaptações especiais para viver em desertos (formas de diapausa profunda, geralmente na pupa, que pode esperar anos até eclodir), regiões árticas (estocagem de anticongelantes na hemolinfa) e florestas tropicais com pressão exagerada de patógenos, predadores e parasitóides (diferentes síndromes de camuflagem, construção de abrigos, atividade noturna, esporões na pernas e altas concentrações externas e internas de substâncias químicas amargas ou venenosas). (KEITH S. BROWN JR. & ANDRÉ VICTOR

A recomposição comunitária de lepidópteros após perturbação natural é rápida e complexa, acompanhando as séries sucessionais das plantas-hospedeiras. Por outro lado, em ambientes profundamente alterados, antrópicos ou poluídos, a vasta maioria das espécies de Lepidoptera desaparece por completo, deixando umas poucas pragas. resistentes, adaptáveis ou colonizadoras, que podem atingir densidades populacionais muito altas. Isto retarda ou inibe a sucessão vegetal e animal, eventualmente levando a um sistema muito empobrecido, que torna a recuperação da comunidade original impraticável.

Sistemática e diversidade
A ordem Lepidoptera é dividida de várias maneiras, não necessariamente correspondendo a grupos naturais. As mais comuns focalizam diferentes eixos ou dicotomias: mariposas, geralmente noturnas, (Heterocera) versus borboletas, geralmente diurnas, (Rhopalocera); espécies pequenas e primitivas (Microlepidoptera) versus maiores e mais derivadas (Macrolepidoptera); com aparelho reprodutor simples (Monotrisia) versus as com duplo e complexo (Ditrisia); com venação igual nas asas anteriores e posteriores (Homoneura) versus as com diferente (Heteroneura); com asas acopladas por um lobo ou jugo (Jugatae) versus as acopladas por uma cerda dura (Frenatae), ou até em grupos ecológicos ou categorias alimentares como lagartas detritívoras, minadoras, exofilófagas, brocas, ou predadoras (atravessando as linhagens filogenéticas). Ocorrem no Brasil aproximadamente 71 famílias (tabela 1), englobando mais de 26.000 espécies descritas, metade das conhecidas na Região Neotropical.

Larvas de pelo menos duas espécies de mariposas, uma de Arctiidae e outra de Saturniidae, têm interesse médico, pois causam .lepidopterismo. ou alergias que levam à hipersensitividade e, não raramente, à morte; muitas outras larvas dessas famílias e também de Limacodidae e Megalopygidae (lagartas-de-fogo ou taturanas) causam queimaduras muito dolorosas.

Tabela 1. Diversidade de Espécies em Famílias de Lepidoptera nos Neotrópicos1, Brasil2

BIOINDICADORES
Essas espécies e grupos indicadores têm uma grande utilidade na identificação de áreas de particular valor biológico, exagerada fragilidade ou adequação para a preservação de sistemas complexos, especialmente dentro de paisagens antrópicas muito fragmentadas, como boa parte do estado de São Paulo.

Famílias indicadoras
Nove famílias de Lepidoptera, sendo cinco de borboletas e quatro de mariposas.

Papilionidae são as borboletas mais familiares para a maior parte das pessoas, pois são usadas como modelos de borboletas em pinturas e desenhos. Também conhecidas como .borboletas rabo de andorinha. (traduzido do inglês swallowtail), são grandes, conspícuas e freqüentemente observadas visitando flores em jardins e bordas de mata ou sentadas em poças e praias de rios (só machos). Muitas espécies deste grupo são comuns em áreas urbanas, alimentando-se de plantas cultivadas (como Papilio anchisiades e P. thoas em Citrus e outras espécies de Rutaceae); outras usam Lauraceae (inclusive abacateiro), Annonaceae (como fruta-de-conde e graviola), Magnoliaceae, Piperaceae (pimenta-do-reino), e Aristolochiaceae como plantas hospedeiras. Os ovos são arredondados e lisos; as larvas possuem poucos tubérculos no corpo (mais desenvolvidos na tribo Troidini) e têm osmetério, um órgão defensivo evertido no dorso do protórax quando a larva é molestada, que emite um odor forte e desagradável. As pupas são eretas e seguras no substrato por uma linha fina que passa pelo seu dorso, apresentando, em geral, coloracão criptica. Duas referências recentes para as espécies neotropicais são o catálogo de D.Almeida (1966) e o estudo de Tyler et al. (1994), este abordando a biologia de adultos e imaturos, estudos populacionais e conservação. Muitas espécies são boas indicadoras de matas bem conservadas e de recursos hídricos abundantes.

Pieridae são em boa parte de cor amarelada ou branca, com algumas áreas escuras, embora existam várias espécies mais coloridas e envolvidas em anéis miméticos com Troidini (Papilionidae), Ithomiinae e Heliconiini (Nymphalidae). Como os Papilionidae, costumam visitar flores e praias de rios, onde formam imensos aglomerados de muitas espécies, e possuem muitos representantes comuns em áreas antrópicas. Muitas espécies são migratórias, podendo voar centenas de quilômetros em poucos dias. Plantas-hospedeiras importantes incluem Leguminosae (Cassia, Inga, Mimosa), Loranthaceae (erva-de-passarinho), Capparidaceae e Cruciferae (há diversas pragas de couve). Os ovos são em geral alongados e pontudos. As larvas são cilíndricas, com pouca ornamentação no corpo, normalmente com só uma granulação associada a cerdas finas e abundantes. As pupas, como nos Papilionidae, são eretas e presas ao substrato por um fio que passa no dorso, mantendo-as suspensas. Em geral têm pouco valor como indicadores, mas muitas espécies podem ser indicativas do aumento de perturbação no sistema e algumas poucas (Pereute, Charonias, Catasticta) têm sua presença associada a ambientes bem preservados em serras altas (> 1000 m). D.Almeida publicou bastante sobre esta família.

Nymphalidae talvez seja a família de borboletas mais diversificada em hábitos e morfologia, tanto de adultos como de imaturos, e forma de 25 a 29% das espécies de borboletas em comunidades neotropicais. Costuma ser tratada por subfamílias na maioria das publicações (DeVries, 1987; Lewis, 1973; Smart, 1975). Libytheinae, uma subfamília cosmopolita com poucas espécies, tem sido considerada como o ramo mais basal de Nymphalidae (as larvas usam Celtis, Ulmaceae). Danainae, Ithomiinae e Tellervinae (este último somente na região Australiana) formam um grupo natural conhecido por seu aposematismo e por usar alcalóides pirrolizidínicos para defesa e produção de feromônios sexuais; as larvas usam Apocynaceae e Solanaceae. O grupo satiróide é formado por diversas linhagens cujos adultos se alimentam em frutos em decomposição. Suas larvas apresentam o último segmento abdominal modificado em cauda bífida; várias de suas linhagens (Satyrinae, Morphinae e Brassolinae) se alimentam quase somente em várias monocotiledôneas, mas outras usam Ulmaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae e muitas outras famílias de plantas. Adultos de Limenitidinae e Eurytelinae também são atraídos por frutos em decomposição, e possuem larvas (em Moraceae, Rubiaceae, e especialmente Euphorbiaceae e Sapindaceae) que constróem trampolins de fezes para se prevenirem de predadores (hábito tambem conhecido Lepidoptera 239 nos Charaxinae, da linhagem satiróide), e cobertas por espinhos (escolos) ramificados. Nymphalinae alimentamse em flores e as larvas (muitas em Acanthaceae) são cobertas por espinhos plumosos. Na mesma linhagem encontram-se os Heliconiini (lagartas em maracujás), grupo dentre os mais estudados de borboletas tropicais, cujos adultos são, juntamente com os Ithomiinae, os principais modelos de anéis miméticos Neotropicais. Alguns grupos de Nymphalidae são comumente usados como indicadores ambientais (Brown, 1991, 1997a,b). Dependendo do grupo, podem ser boas indicadoras de mata densa (Ithomiinae, Heliconiinae, alguns Morphinae), de bambuzais e palmeirais (Satyrinae, Brassolinae), de riqueza de lianas (Eurytelinae, Charaxinae, Limenitidinae) e de perturbação alta, natural ou antrópica (Nymphalinae). Veja também trabalhos de Casagrande, Francini, e D.Almeida.

Lycaenidae são pequenas, quase tão diversificadas quanto Nymphalidae em número de espécies, divididas quase igualmente em duas subfamílias mais representativas, Theclinae e Riodininae. Costumam compor uma boa parte (~30%) da fauna de borboletas em qualquer sítio dos neotrópicos). Os adultos possuem vôo rápido e errático, sendo mais facilmente observados e amostrados quando visitam flores. Os Theclinae são geralmente de cores metálicas, com uma .falsa-cabeça. na asa posterior. Os Riodininae são mais diversificados em coloração, incluindo diversas espécies miméticas (Stalachtis, Chamaelimnas, Brachyglenis), e comumente aparecem por certo período durante o dia, em lugares fixos, durante muitas gerações. As comunidades inteiras parecem se movimentar juntas em migrações locais durante certas épocas do ano (Robbins & Small, 1986; Brown, 1992, 1993), quando são facilmente amostradas, ao descerem para o sub-bosque, nas horas quentes do dia. Os ovos são geralmente achatados, com o córion bastante ornamentado, e a maior parte das lagartas é lisa, sem escolos e com aparência inchada, como larvas de moscas, deixando a cabeça e as pernas ocultas na parte em contato com o substrato. As larvas da maioria dos Lycaenidae são mirmecófilas (associadas a formigas), possuindo órgãos produtores de exudatos, substâncias apaziguadoras e estridulação (DeVries, 1997). Em geral, indicam sistemas ricos em formigas e suas interações, mas, por serem de difícil amostragem, a riqueza total tem sido mais usada como indicador, do que simplesmente a presença de determinadas espécies. Veja também trabalhos do Callaghan.

Hesperiidae é uma família muito rica em espécies com adultos marrons (há exceções notáveis), pequenos e rápidos, de amostragem difícil e identificação trabalhosa. Compõe de 35 a 45% do total de espécies de uma localidade. São facilmente observadas em flores na borda e no interior da mata, mas também podem ser atraídas por pedaços de papel higiênico branco, umedecido com saliva, colocado em folhas, em manchas de sol no interior da mata (Lamas et al., 1993). Os ovos são esféricos, colocados em muitas famílias vegetais, com certa preferência para Leguminosae, Piperaceae e Malvaceae nos Pyrginae, Gramineae e outras monocotiledôneas nos Hesperiinae. As larvas de Hesperiidae são lisas, com cápsula cefálica bem destacada do corpo e subcordiforme. São geralmente verdes ou pardas, mas algumas também mostram coloração conspícua, anelada de vermelho, amarelo e laranja. Os imaturos da grande maioria das espécies dobram as folhas da planta hospedeira, formando uma estrutura com possível função de proteção contra predadores e parastóides, geralmente empupando dentro da mesma estrutura. Dentre as melhores referências para a sistemática deste grupo, destacam-se os quatro volumes de Evans (1951-1955) e o catálogo de Hayward (1948, 1950); ver também os trabalhos do Mielke. São boas indicadores de regularidade e abundância de recursos florais, mas, assim como ocorre com os Lycaenidae, a riqueza total é mais útil do que a presença de espécies em particular. A presença de determinados subgrupos taxonômicos (como Pyrrhopyginae) pode ser um bom indicativo de saúde geral do sistema.
Saturniidae incluem algumas das maiores mariposas do mundo, embora existam muitas outras de tamanho médio e pequeno. É uma família cosmopolita, porém com maior número de exemplares nas regiões tropicais. Alguns adultos têm asas posteriores com longos prolongamentos afilados (ver Copiopteryx na foto na página de capa). Muitas das espécies que voam à noite são facilmente atraídas por luzes, ainda que algumas possuam machos diurnos e fêmeas noturnas, com a cópula ocorrendo durante o dia. Nas formas diurnas, os olhos são reduzidos e os indivíduos apresentam um interessante modo de escapar de predadores, baseado na exposição repentina de ocelos do dorso da asa posterior (como nas espécies de Automeris). Os ovos são grandes, lisos e usualmente achatados, colocados em uma grande variedade de plantas (muitas espécies são polífagas). As larvas 240 K.S. Brown Jr. & A.V.L. Freitas de primeiro estádio possuem muitos escolos e tubérculos no corpo. O comprimento proporcional dos escolos diminui com o aumento do tamanho das larvas; podendo ser extremamente urticantes em alguns grupos (Hemileucinae, Dirphiinae). As larvas de último estádio apresentam diversos padrões de coloração, alguns muito conspícuos e coloridos, outros bem camuflados na vegetação. As pupas de uma parte das espécies (Saturniinae e Hemileucinae) são protegidas por casulos de fina seda, podendo ou não apresentar um cremasterr. Para a nomenclatura atualizada desta família e da próxima, ver Heppner (1996); ver também os trabalhos do Oiticica- Filho.

Sphingidae são quase todas fáceis de reconhecer devido a características peculiares, tanto das larvas
quanto dos adultos. Os adultos apresentam olhos bem desenvolvidos, provavelmente associados aos hábitos crepusculares da maioria das espécies (ainda que umas poucas espécies sejam de hábitos diurnos). As antenas são curtas e curvadas no ápice. A probóscide é geralmente muito longa (mas pode ser até curta e não funcional, como em algumas espécies Holárticas e Africanas) e associada aos hábitos alimentares em flores tubulosas com corolas profundas. As asas são triangulares, as anteriores longas e afiladas e as posteriores muito menores. A variação de tamanho nos adultos é enorme, indo de 10 mm a 20 cm de envergadura. O vôo é rápido e potente, geralmente causando zumbido semelhante ao de colibris (com os quais algumas espécies apresentam notável semelhança), e fazendo com que muitas espécies elevem sua temperatura corpórea até 8 ou 10°C acima do ambiente, como resultado da atividade muscular. Muitas espécies são migratórias. Os ovos são grandes, lisos e arredondados. As larvas são características, por apresentarem uma projeção pontiaguda dorsal (em forma de espora) no oitavo segmento abdominal. As larvas de último estádio podem ter coloração críptica, verde ou conspicuamente colorida, com anéis (ver em Moss, 1920). Costumam descansar com a parte anterior levantada do substrato, aludindo à posição de uma esfinge egípcia (de onde vem o nome da família). As pupas possuem cremasterr e são alongadas (em forma de .charuto.), podendo ter probóscide bastante desenvolvida, separandose do corpo em forma de alça. Costumam ficar enterradas no solo e podem hibernar ou entrar em diapausa por longos períodos (até três anos). Ver também os trabalhos de Oiticica-Filho e Laroca et al. (1989).

Arctiidae (incluindo Ctenuchinae e Pericopinae) tem seu nome derivado das suas larvas peludas (Arctos = urso). É uma família cosmopolita, com muitas espécies de hábitos diurnos, coloração conspícua, vôo lento e protegidas quimicamente contra predação (principalmente por alcalóides). Os adultos são freqüentemente envolvidos em anéis miméticos com outras mariposas, borboletas e vespas (Hymenoptera), mostrando um comportamento típico de insetos protegidos (ficam quietos e expõem suas cores brilhantes quando molestados; muitos, especialmente Pericopinae, bombeiam de orifícios torácicos hemolinfa e ar, formando uma espuma amarela tóxica). Em muitas espécies os adultos produzem sons usados em comunicação e para despistar morcegos insetívoros em pleno vôo. Os ovos de boa parte das espécies são agregados e as larvas são cobertas com muitos pêlos (poucos e esparsos em alguns Pericopinae), apresentando comportamento aposemático. O gênero Paracles (Antarctia Auctt.) tem larvas aquáticas. As pupas são cobertas por um casulo de seda, geralmente entremeado de pêlos da larva nos Arctiinae. Ver trabalhos de Travassos, Travassos-Filho e Rego Barros para mais informações.

Geometridae incluem quase 15.000 espécies, a segunda maior família da ordem Lepidoptera (só perde para Noctuidae). Os adultos têm corpo alongado e asas largas, variando muito em tamanho. São geralmente de coloração críptica (verde ou cinza/castanho), com exceção de alguns grupos diurnos que participam de anéis miméticos com Arctiidae, Riodininae (Lycaenidae), alguns Ithomiinae (Nymphalidae) e especialmente Dioptinae (Notodontidae). A maior parte das espécies tem hábitos noturnos (exceções discutidas acima). As lagartas apresentam graus variados de redução das propernas, sendo chamadas de .mede-palmos. devido ao seu modo característico de deslocamento. A coloração das larvas é geralmente camuflada, e o aspecto geral lembra pequenos ramos e nervuras de folhas. As pupas possuem um cremasterr. Ver os trabalhos de Dias-Filho para mais informações sobre esta família grande. (KEITH S. BROWN JR. & ANDRÉ VICTOR LUCCI FREITAS)
Fonte: Lepidoptera – Keith S. Brown Jr. & André Victor Lucci Feritas – UNICAMP


4.2.1.2 – VERTEBRADOS TERRESTRES

Coleções de animais taxidermizados doados pela empresa do Grupo Nueva – Masisa do Brasil Ltda, que apresenta aves, mamíferos, répteis e anfíbios em excelente estado de conservação.
NOME POPULAR
NOME CIENTIFÍCO
Jararaca
Bothops jararaca
Coral
Plerogyra sp
Chupa-dente
Conophaga lineata
Tangará-dançarino
Chiroxiphia caudata
Sapo
Bufo bufo
Lagarto
Tupinambis teguixin
João-bobo
Nystalus chacuru
Cuiú-cuiú
Pionopsitta pileato
Tucano-de-bico-verde
Ramphastos dicolorus
Bem-te-vi-rajado
Myodynastes macultatus
Sabia-laranjeira
Turdus rufiventris
Coruja-do-campo
Speatyto cuniculario
Tatu-galinha
Dasypus novemcinctus
Morceguinho-das-casas
Tadarida brasiliensis
Ouriço
Coendou insidiosus
Veado
Manzana sp
Gato-do-mato
Leopardus sp


Outras espécies de vertebrados somando 18 espécies taxidermizadas são de colaboração do do Sistema Educacional Divina Providência administrado pelo Colégio Bom Jesus em São Bento do Sul
4.2.2.1.1TEXTOS PARA BANER DE VERTEBRADOS


MAMÍFEROS

Os mamíferos são mais fáceis de serem encontrados em períodos crepusculares e noturnos,momentos que saem, de tocas e cavernas e dos buracos das árvores,para procurar comida e reproduzir-se.
Muitas vezes a presença dos mamíferos é identificada através de vestígios,como: pegadas,
fezes,sementas ruídas trilha e abrigos. Os sentidos de audição,visão e olfato quase sempre são bem desenvolvidas.
Alguns mamíferos são excelentes indicadores ambientais,como tamanduás,onça pintada,anta. A presença destes animais, geralmente indica boa qualidade do ecossistema

Principais Características:
Os mamíferos são caracterizados por apresentarem glândulas mamárias,três ossos no ouvido médio: martelo,bigorna e estribo. Seus anexos incluem presença de pelos,escamas,garras,cascos e glândulas. O tegumento é uma estrutura importante no papel da homeostase,especialmente quanto à termo regulação. Os especialistas auditivos,capazes de realizar ecolocação(morcego e cetáceo) demonstram o poder analítico do sistema nervoso dos mamíferos. A especialização dos dentes foi fundamental para evolução do grupo dos mamíferos. As maxilas os músculos e a anatomia locomotora também refletem adaptações a alimentação.
A reprodução situa-se na base das complexas adaptações dos mamíferos podendo ocorrer estratégias reprodutivas na forma marsupiais (investimento energético na lactação) ou placentários (investimento energético no útero).Somente os mamíferos exploram amplamente os recursos da terra,de pólo a pólo,do topo das montanhas no céu noturno. Mundialmente são conhecidas mais de 5000 espécies.
AVES
Muitas espécies são bioindicadoras de ambientes,sendo apropriada para estudo,devido a facilidade de visualização,captura, ou registro da vocalização. As aves ocupam diversos ambientes,ocorrendo espécies características de campo aberto,lagos,rios,floresta primária,
floresta secundária.
O formato de bicos e patas está relacionado com o ambiente que ocupam e o alimento que utilizam. Este grupo apresenta os olhos mais especializados entre os vertebrados. Sua posição permite um campo visual amplo ajustando rapidamente o foco de visão para objetos em distâncias diferentes algumas veem cores.

Principais Características:

As aves atuais não apresentam dentes e a trituração do alimento depende da moeda muscular. Algumas aves armazenam o alimento no papo,uma parte do estômago,que geralmente é visualmente dilatado .As aves não apresentam bexiga ou rim. A cloaca segura resíduos enquanto a água é absorvida para a corrente sanguínea. A diversidade de cantos ocorre devido a ação de sacos de ressonância e músculos que atingem algumas membranas. Este complexo mecanismo ocorre na siringe. As aves respiram com pulmões que se estendem formando sacos aéreos entre as vísceras ajudando na dispersão de calor. Os sacos aéreos e os ossos pneumáticos,e a ausência de rim e bexiga,mantém as aves mais leves.
No Brasil ocorrem cerca de 1635 espécies,destas 153 são migratórias. Em Santa Catarina foram registradas,até o momento 588 espécies. Para se evitar a extinção das aves é necessário não praticar a caça,não comprar espécies para cativeiro e preservar áreas de florestas.

RÉPTEIS

Algumas espécies de répteis são bioindicadores de ecossistemas. Muitas espécies,ocorrem em ambientes,modificados pelo homem. Portanto a variação da população indica quanto o ambiente está alterado. Espécies que dependem de condições especificas,ou as ameaçadas de extinção,indicam a qualidade do ambiente,justificando a preservação do ecossistemas.

Principais Características:
Os répteis foram os primeiros vertebrados que conquistaram o ambiente terrestre,passando por significativas adaptações. Aquisição de pele seca,escamas córneas imbricadas,para evitar a perda de umidade. Respiração pulmonar,para suportar o ambiente gasoso. Esqueleto mais forte ;sistema muscular;sistema nervoso bem desenvolvido,possibilitando o equilíbrio e sustentação. Excreção concentrada,evitando perda de água .Fecundação interna e ovos com casca,garantindo um sucesso reprodutivo maior, o sucesso da locomoção dos répteis depende do deslocamento eficiente.
O rebaixamento das pernas e o movimento para frente e para trás foram importantes no desenvolvimento desta classe. São ectotérmicos,ou seja, a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura ambiente,portanto quando as temperaturas são elevadas o seu metabolismo é acelerado. Para evitar a extinção desses animais é aconselhável não praticar a caça,aumentar e conservar as áreas de florestas beneficiando as espécies endêmicas,evitando ainda, matar serpentes.

ANFÍBIOS
Os anfíbios não ocorrem em água salgada,regiões muito áridas,regiões polares e em algumas ilhas oceânicas. A maior ocorrência de espécies diferentes se dá em matas úmidas neotropicais. Muitas espécies suportam períodos longos de estiagem. Algumas espécies são exigentes quanto à qualidade da água e ambiente sendo excelentes bioindicadores.

Principais Características:
Os anfíbios dependem do ambiente aquático para reprodução,a fecundação é externa. Na forma jovem (girinos) alimentam-se de algas ou detritos orgânicos ,e na forma adulta ingerem principalmente insetos. Enquanto são girinos, a respiração é branquial,semelhante aos peixes,e na fase adulta é pulmonar e cutânea. Possuem uma glândula chamada paratóide (serosa), que secreta um liquido viscoso utilizado para irritar o predador. Os anfíbios anuros não apresentam pescoço nem cauda. Algumas características nos membros anteriores e posteriores definem as diferenças de rãs,sapos e pererecas. No Brasil ocorrem cerca de 600 espécies,exatamente em Santa Catarina estima-se existência de 100 espécies. Para não ocorrer extinção é necessário que se evite poluir os ambientes aquáticos,preservando a camada de ozônio e a mata ciliar.

PEIXES

Graças as especializações relativas à locomoção,aos habitats,ao comportamento e a biologia os peixes ósseos formam o maior e mais diversificado grupo de vertebrados atuais.
Suas formas corpóreas,comportamento e funções mecânicas estão relacionados às características do habitat aquático e às propriedades da água como um ambiente favorável para a vida;69% da superfície da terra está coberta por água doce ou salgada,povoados em toda sua extensão pelos vertebrados,em especial peixes.

Principais Características:
Os peixes apresentam glândulas produtoras de muco,para facilitar sua movimentação na água. Quando a água penetra na escama,movimenta o muco que atinge as terminações nervosas assim o animal percebe as variações bruscas de correnteza da água. A grande maioria dos peixes apresenta escamas,ósseas ou cartilaginosa,porém alguns denominados Agnatos são nus sem escamas. A cabeça dos peixes é encouraçada e de escamas maiores e mais fortes,garantindo-lhe maior proteção.
O peixe possui uma bexiga natatória que quando murcha ele pode afundar na água e quando enche de ar novamente pode voltar a superfície. A fecundação pode ser interna ou externa;os peixes detectam ondas mecânicas de baixa frequência por meio da Linha-Lateral ou se deslocam e se comunicam por meio da eletrorrecepção. As espécies de peixes em água doce ou marinha atingem 1912 espécies,em Santa Catarina ocorrem aproximadamente 150 espécies destas. Para evitar a extinção dos peixes é necessário não poluir a água,não introduzir espécies exóticas e preservar ou recuperar a mata ciliar.

4.2.1.3 – EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
As exposições temporárias são alvo de motivação para manter as visitas, que circularão pelo prédio do museu, garantindo o interesse social e o enriquecimento cultural. Para tanto será mantido um vínculo contínuo com diferentes museus na oferta oportuna de materiais de empréstimo.
Contato com museus e coleções. Marcelo Hübel e Dr. Olaf Hermann Hendrik Mielke – Entomólogo – UFPR

4.2.1.3 – MATERIAIS DE DOAÇÃO OU EMPRÉSTIMPO
As parcerias com universidades e museus abre um leque de opções de materiais para exposição com fósseis, rochas, exsicatas entre outros, que estão sendo doados ou entregues na forma de permuta. Serão promovidas reportagens e gincanas para arrecadação de materiais oportunos para o acervo, motivando e envolvendo a comunidade. A forma de empréstimo pode ser a melhor estratégia para conseguir algumas peças que muitas vezes estão nas casas. Sendo um material que pode ser resgatado pelo contribuinte quando convier.

Tora de Imbuia 3,26m/h e 6,65m CAP, 2,11m DAP

4.3 – ASPECTOS CULTURAIS E AMBIENTAIS

Levantamento de aspectos culturais históricos e ambientais da região:

Mesmo considerando que o Museu Natural prima na relevância da ecologia, deve-se ainda ressaltar a importância do contexto histórico e cultural da região e principalmente de São Bento do Sul, que são fatores de distinção do entendimento da transformação do cenário do passado para a realidade presente, onde as questões ambientais, o meio ambiente, foi alterado pela força do crescimento populacional em sua trajetória de desenvolvimento social e econômico. Ainda deve-se considerar que pelas características de origem de imigração algumas particularidades como coleção entomológica e relação com a flora são características presentes nas etnias que compõem o município.
4.3.1 XOKLENG
Podemos referenciar os primeiros moradores, os pioneiros, os colonizadores, mas devemos muito respeitosamente considerar, que nestas terras já andavam os índios Xokleng que viviam como nômades.
No sul do Brasil se desenvolveram somente 5 (cinco) etnias indíginas: Xokleng, Kaigang, Bia-Guaraní, Tapes e Carijó. Estes dois últimos estão atualmente extintos. Em Santa Catarina, existiram os Xokleng, Kaigang e o Carijó.
Anterior a data de 1500 os Xokleng eram parte integrante dos Kaingang, mas algumas características notavelmente foram diferenciando e desvinculando por completo formando os Xokleng, que passaram, portanto a constituir uma nova etnia.
Os Xokleng dominavam toda a área de floresta que encobre a área localizada entre o litoral e a encosta do planalto, desde a proximidade de Porto Alegre (RS) até Paranaguá (PR). (SANTOS, 1978).
O Engenheiro Carl Pabst, incubido de traçar uma estrada rumo no planalto em direção de Rio Negro em 1855 presenciou. “Em uma das planícies bastante isoladas que se comunicam entre si por estreitas aberturas formadas pela própria natureza, nas fraldes das montanhas e cercados de espesso mato virgem, encontrei uma horda da tribu dos Bugres bravios. O inesperado encontro da nossa comitiva com a horda dos índios fê-los fugir, sem que déssemos um só tiro”.(FICKER, 1973).
Ainda sobre o início da imigração e colonização de São Bento é transcrito a conseqüência do “falso” alarde de Doerffel que pedia ao Presidente da Província um destacamento de soldados para gerar segurança a invasores e o possível ataque de bugres. “Podemos resumir que os bugres nunca chegaram a incomodar ou molestar algum dos imigrantes. Também a Colônia Dona Francisca teve, em janeiro de 1876, no Caminho Blumenau, o seu último ataque de bugres, com um colono morto a pauladas. Isto, porém foi questão de sorte, pois muitos das colônias no noroeste da Santa Catarina sofreram amargamente com as incursões dos silvícolas, principalmente Blumenau, Brusque, Rio Negro etc.” (FICKER, 1973). Embora o conflito ainda parecia inevitável. “Nas últimas semanas os bugres outra vez foram presenciados em grande número nas proximidades de São Bento e aos lados da Estrada Dona Francisca, e mesmo aconteceu, que em dia claro lançaram do mato vizinho ao meio dos trabalhadores da estrada um pau, sem que podiam ser vistos os autores do lance. (FICKER, 1973)”.
Mas seu território foi lentamente ocupado, ou ainda transitado, em outras circunstâncias pelo estado catarinense, como no caso da trilha dos tropeiros, no Livro “Caminho das Tropas” consta o relato de cenas ocorridas no município de Monte Castelo por “Jorge Schumacher, Ataliba Collet e Jordelino Cardoso,... eram comuns os bugres ficarem de tocaia nas margens do caminho, para atacar os tropeiros”. Os ataques seguidos de morte eram tantos, que nesse trecho havia muitas cruzes. Para dar segurança aos tropeiros, na descida da serra, era comum empreitarem os serviços dos bugreiros .” (LOCKS, et al 2006).
Nas proximidades do Rio Marombas, Curitibanos “Segundo histórias locais, uma família vinda de São Paulo sofreu um ataque dos índios no passo, que dizimou toda família. Como passava pouca gente, quando encontraram os corpos já estavam apodrecendo, não tendo condições de serem levados para o outro cemitério. A solução foi fazer algumas covas e sepultar todos ali mesmo, e para respeitar o lugar, fizeram, nas palavras de Aldair de Morais, essa taipinha, e plantaram uma cruz. A área pertence a Elias Sartor, que conserva o local.” (LOCKS, et al 2006)
Os imigrantes denominavam os índios pelo nome de bugres. Entretanto também encontramos relatos regionais referenciando o mesmo povo por Botocudos, denominada pelo uso do tembetá, artefato fixado no lábio inferior. Mas conforme já revelado aqui, a denominação usualmente utilizada pelos antropólogos para definir esta etnia indígena, é Xokleng.
Algumas características culturais dos Xokleng são muito interessantes como o próprio uso do tembetá, fixado abaixo do lábio e já usado no início da juventude ou ainda a tatuagem utilizada pelas meninas ou até mesmo o curioso ritual de cremação dos mortos. Um índio em toda sua vida consegue somar no máximo a posse de 100 objetos. Justificando a curiosidade pelos nossos pertences pessoais, que os instigam a colecionar.
No período de colonização imagina-se que existiam cerca de 3000 índios que eram nômades e percorriam a região naturalmente na procura de alimentos: caça, pesca, frutos e outros gêneros alimentícios, e se abrigavam em grutas ou no improviso de um abrigo conforme o relato de Josef Zipperer. “Como estávamos no inverno, havia, ao redor das palhoças, montões de cascas de pinhão, fruto que servia de alimento aos indígenas. Também não faltaram ossos de anta e de pássaros, que vinham provar, que os bugres, com os seus arcos e flexas, eram caçadores bem mais eficientes do que nós, que usávamos a pólvora e o chumbo. Das penas de aves jogadas, constatamos, nitidamente, que em sua maioria eram as de jacutinga, que também já conhecíamos como caça bem saborosa” (ZIPPERER, 1954). “As palhoças dos aborígines consistiam numas armações muito primitivas e destinadas, ao que parece, a uma utilização sempre temporária. Escolhiam quatro arvorezinhas apropriadas, distantes entre uns três metros, desgalhavam os troncos, vergavam-nos de encontro uns aos outros, com a taquara uniam os topes e cobriam com folhas de sapé, ou de papanduva, esta espécie de pequena pirâmide, que mal abrigava contra as intempéries. Agrupavam-nas de quatro em quatro, de maneiras que contamos quatro grupamentos distintos de palhoças, naquele aldeamento a que me referi. (ZIPPERER, 1954).
Na produção de pinhão, nos meses de abril e maio, os Xokleng percorriam o estado de Santa Catarina e arredores, indo mais para o oeste, onde geralmente ocorriam conflitos com os Kaingang. “A meu ver, como já disse, tratava-se sempre de moradas temporárias, condizentes mesmo com a vida nômade dos índios, que passavam o inverno no planalto, na abundância do pinhão e de caça, e provavelmente, no verão, desciam a serra, onde, nessa época, se deliciavam com o palmito e frutas.”(ZIPPERER, 1954).
Os índios dominavam libertos pela mata, sempre andando em grupos, mas também provocaram terríveis cenas de crueldade, quando a chegada dos colonizadores. Tanto por parte dos indígenas, bem como, pela ação revoltosa dos que sofreram terríveis ataques. Muitas vezes foram contratados os bugreiros, homens determinados a matar o índio, tendo muitas vezes suas orelhas cortadas como prova do serviço completo. “Houve brasileiros, porém, como os membros da família Ferreira, que se tornaram, ao que fomos informados, autênticos caçadores de bugres. Estes vinham lhe roubar o gado, e naturalmente, aqueles reagiam e se defendiam da ousadia dos bugres ladrões”. (ZIPPERER, 1954). Embora particularmente para São Bento as investidas dos Xokleng de fato não marcaram com violência os primeiros imigrantes. “...os habitantes selvagens desta terra, que aliás, nunca chegaram a incomodar ou molestar algum dos nossos. Já de modo diverso aconteceu anos mais tarde, quando da fundação da colônia Lucena, hoje Itaiópolis, para onde muitos de nossos companheiros se mudaram. Famílias inteiras foram ali massacradas pelos índios, entre elas uma família Neppel.” (ZIPPERER, 1954). O antropólogo SERVICE registrou em um depoimento de um velho chamado Ndile Ton Vô (morreu em 1983) que falou de sua grande mágoa em nunca ter matado um branco, como fizeram seu pai e seus parentes antes da pacificação.
Este comportamento de luta também ocorria entre o próprio povo Xokleng, pois estes viviam em diferentes e numerosos grupos de 50 a 300 indivíduos, e quando um grupo se deparava com o outro ocorriam brigas violentas. Este espírito de agressão é a marca e registro deste povo sempre conhecido como “ferozes guerreiros”. As lutas muitas vezes cessavam quando todos os homens estavam mortos, sobrando as crianças que eram adotadas e as mulheres “escravizadas” ou ainda serviam para a reprodução. “As pressões exercidas pela frente de expansão sobre o território ocupado pelos Xokleng foi de tal ordem que, em vários episódios onde os índios assaltaram os brancos, evidencia-se claramente que a fome era a razão do ataque.” (SANTOS,1978).
Por pressão de uso de marketing no exterior o governo não teve outra opção, a não ser, tomar medidas de atenção e controle. Quando finalmente no ano de 1914 cerca de 400 a 600 Xokleng são “pacificados” por Eduardo de Lima e Silva Hoerhan, funcionário do SPI (Serviço de Proteção ao Índio).
Existem relatos de algumas crianças Xokleng adotadas pelo homem branco, estas, porém dificilmente chegavam na idade adulta, vindo a falecer. Provavelmente pelo pouco desenvolvimento do sistema imune, ficando fragilmente expostas as doenças venéreas (gripe, sarampo, pneumonia) até então desconhecidas para estes, causa que marcou a maior perda de índios entre 1914 até aproximadamente 1936 com diminuição em até dois terços da população.
Nesta série de eventos catastróficos e conseqüentes eventos, pode-se dizer que: “A partir desse impacto, torna-se difícil aos remanescentes manterem em funcionamento as instituições, usos e costumes tradicionais do grupo” (RIBEIRO, 1977).
Mais tarde, em 1926, Eduardo conseguiu que o Governo do Estado de Santa Catarina doasse à comunidade indígena o território que ainda hoje ocupa. Foram doados 141.565.866,02m2.”(MÜLLER, 1987). Sendo então agrupados na Reserva que ficou conhecida por: Reserva José Boiteux, Reserva Ibirama ou ainda Reserva Duque de Caxias. “Incerida nas cidades de: José Boiteux, Victor Meirelles, Doutor Pedrinho e Itaiópolis. (WIIK, Flavio Braune, 1999). Esta área pertencia a Cia. De Colonização hanseática. O “confinamento” indígena ocorreu juntamente com a introdução de algumas famílias Kaingang, inseridas propositalmente na intenção de facilitar o assentamento e serem exemplos para a prática de atividades agrícolas. A reserva nunca apresentou um líder nativo como responsável, como estruturador político, sendo portanto caracteristicamente anarquista, mas quando devem ser tomadas algumas decisões estas são formadas e decididas por influência de famílias e líderes.
Nos dias atuais os Xokleng vivem aldeados no Posto Indígena Ibirama, no alto vale do Itajaí, embora também constam algumas famílias de Kaingang trazidas na década 10 do Paraná, e também alguns representantes Guarani que migraram na década de 50 e ainda a introdução de cafuzos, expulsos pela Guerra do Contestado e também de alguns brancos e funcionários do S.P.I (Serviço de Proteção ao Índio).
Mas a reserva, nunca prosperou da forma esperada, sendo sempre palco de desavenças e de infrações sociais, nas tentativas de integração, sendo certamente desgastante as tentativas de mudanças. A pretensão de introduzir a agricultura, que é contraria a sua cultura, visto que anteriormente baseava-se na coleta, não prosperou sendo uma das primeiras tentativas frustrantes. A introdução de outras pessoas que não Xokleng na reserva, não ajudou e muito pelo contrário gerou sucessivas perturbações. A localidade passou por situações conflitantes em distintos períodos, com problemas que rondam a extração de palmito (Euterpe edulis), o corte ilegal da floresta nativa, a caça predatória e o uso inapropriado do solo. Ações impostas que são o somatório de um fracassado e insistente sonho da utilização de técnicas apropriadas e práticas sustentáveis, perdurando apenas a impossibilidade de integrar uma condição de subsistência. Mas ainda temos outras parcelas de contribuição frente ao descaso e de inapropriadas ações. “Também a tutela exercida pela FUNAI sobre os interesses da comunidade caracteriza-se como frouxa, ineficaz e infiel.” (MÜLLER, 1987).(Fonte: HÜBEL, Marcelo - Pioneiros)

4.3.2 IMIGRANTES - SÃO BENTO

É certo que a história de São Bento do Sul, a primeira cidade do Planalto Norte Catarinense, colonizada maciçamente pelos imigrantes, é marco de grandes histórias na epopéia destes heróis que aqui chegaram, sendo de relevante conhecimento e motivo de orgulho ostentado com louvor, pela inegável importância e influência cultural, e pelo marcante desenvolvimento econômico que gerou, além de ampla e ramificada genealogia. Entretanto na ordem que sucedem os fatos não poderia passar obsoleto este triunfo, retratando assim alguns comentários referentes à época.
De fato a terra gerou o orgulho pelo qual seus descendentes zelam. Mas os encantos sonhos áureos destes imigrantes tiveram que ser lapidados diversas vezes para que os desejos se tornassem próspera realidade.
Primeiramente para propiciar conhecimento da área e planejar a colonização no Planalto Norte Catarinense o engenheiro Augusto Wunderwaldt e sua equipe abriam as primeiras picadas com finalidade de estabelecer o traçado de uma estrada, a então Dona Francisca, que saia de Joinville passando pela serra, chegando no planalto, outros trabalhos também foram seguidos pelo engenheiro Carl Pabs. Já o Engenheiro Augusto Heeren foi designado pelo diretor Niemeyer a estabelecer os primeiros lotes, abrindo as picadas, e demarcando-os.
As propagandas da Sociedade Colonizadora de Hamburgo ocorrem no Böhmerwald e se espalham, oferecendo a venda de tentadoras terras produtivas. Vistas certamente como uma oportunidade única. Grande parte dos imigrantes que aqui chegaram viviam em feudos, trabalhando e produzindo na terra de outros. O sonho de ter sua própria propriedade era tentador. Imaginava-se que aqui encontrariam semelhanças da floresta, clima, terra e a oportunidade de prosperar.
Então partem da Europa diversos imigrantes e navios. O primeiro com grande importância para o Planalto Norte certamente é o Guttemberg, mas outros ainda viriam. “A bordo do navio de vela “Sansibar”, um navio de dois mastros com que se fizeram a vela aos 18 de junho de 1873, achavam-se pouco mais ou menos 170 imigrantes, na maioria “teuto-bohemios”. (AMMON,1923), os primeiros imigrantes de São Bento chegaram em Joinville, quando em 1873 já somavam aproximadamente 1700 imigrantes.
No mesmo ano em Joinville destinam 70 imigrantes para então subirem a serra, e no planalto formar a futura cidade de São Bento. Mas nas primeiras três semanas alguns homens ajudaram na construção da Estrada Dona Francisca. Que já estava em construção por cerca de 12 anos, embora a Guerra do Paraguai paralisou a obra em até 5 anos, quando os trabalhos finalmente retornam as atividades em 1870.
Algumas preocupações foram eminentemente despertadas, pelas diferenças e novidades do novo continente, causando espanto a floresta densa, e o perigo dos índios Xokleng, então chamados de bugres, ou ainda de animais peçonhentos, como as serpentes.
Os primeiros imigrantes, que estavam empenhados na estrada, finalmente chegaram no Planalto Norte Catarinense, na localidade atual de São Bento do Sul, no dia 10 de novembro, desmataram e prepararam o solo para produção agrícola. Constroem ao total 10 casas, para confortar suas famílias. Os trabalhos eram todos feitos no sistema “team-work”, uma ação coletiva onde todos se ajudavam e faziam o trabalho render, e aproveitar as habilidades de cada um. Os imigrantes então retornam para Joinville buscar as famílias e pertences pessoais, e com auxílio das tropas de mulas dos tropeiros descendentes de portugueses, espanhóis e outros, sobem a penosa serra com as cangalhas das mulas carregadas com variados materiais e pertences pessoais.
Consta no diário do Engenheiro Heeren que sete mulas levavam sete “cargueiros” de mantimentos, sendo seis sacos de farinha, três de feijão seis arrobas de carne e três de toucinho, duas arrobas de açúcar e uma arroba de café. Outras três bestas levavam, além de sacos com sal, panelas e apetrechos de cozinha, grande quantidade de pregos para ripas de telhado, 18 ferramentas, dobradiças para portas e janela, vidro plano para as janelas da casa da direção, além de mais alguns sacos de farinha, carne seca e café.” (TERNES, 2002).
Deixaram para traz, na Europa, uma floresta consideravelmente homogênea e de “pouca riqueza”, sendo compreensivo a dificuldade destes em entender a biodiversidade que encontraram no Brasil, ainda que para aquele primeiro momento importava o interesse de produtividade. Alguns livros já publicados relatam que a mata era relativamente assustadora, de tal modo que estes com pouca sorte se perdiam com facilidade. Também apresentavam dificuldade em encontrar a caça. (Fonte: HÜBEL, Marcelo – Pioneiros)

4.3.4 TRADIÇÃO CULTURA E HISTÓRIA DE BORBOLETAS EM SÃO BENTO DO SUL.

4.3.4.1 FAMÍLIA – BOLLMANN - ORNITH BOLLMANN
Ornith Bollmann foi uma pessoa de inigualável ação no campo político, cultural, profissional, familiar e de princípios e valores ambientais reconhecidos, dedicou parte de sua vida na observação e interpretação da entomologia com especial atenção aos Lepidópteros.
As saídas de campo eram habituais, rotineiras, na localidade que hoje é a Unidade de Conservação, Área de Proteção Ambiental Rio Vermelho/Humboldt, criada por lei, e regulamentada com o Plano de Manejo e decreto. No vale de Rio Natal também encontrava outros observadores como o Sr. Ivo Rank que relatou ao amigo: “Não sou de frequentar bares. Prefiro estar entre a vegetação respirando o ar puro que sai naturalmente da floresta”. Mas a atividade de captura e observação de borboletas também eram feitas em outros estados como no Paraná, Rondônia, com vária investidas de campo na Bacia Amazônica. Sua atividade de coleta oportunizou uma riquíssima coleção de milhares de borboletas, que atualmente estão tombadas e dispostas no Museu Natural Entomológico Ornith Bollmann
Ornith Bollmann (14/05/1919 – 08/04/1990) filho de Carlos Bollmann e Catarina Jung Bollmann, casou com Olga Uhlig e tiveram cinco filhos: Sonja, Magno, Christa. Frank e Anete. A apreciação pelas borboletas passou naturalmente pelas gerações. Após a falecimento de Ornith em 08/04/1990, sua coleção passou para o zelo dos descendentes e atualmente compõem o acervo e exposição do Museu. Governou São Bento do Sul, sendo prefeito do ano de 1970 a 1973, pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional). Além da política e entomologia também dedicou sua vida pelo esporte e música. Em 1982 participou do torneio internacional de jogo de cartas, denominado Skate, na Argentina, ficando em 3º lugar, mas também foi fundador do clube SKATE em São Bento do Sul e campeão nacional da modalidade. Obteve títulos de “Rei do Tiro” e “Príncipe do Tiro”. Dedicou -se a música, foi professor e incentivador, com influente ação participativa na sociedade. Apresentava habilidade com o pistão. Fundou e coordenou o Jazz Yara, de 1940 a 1961. Integrou a Banda Treml e a Orquestra da Sociedade Ginástica e Desportiva São Bento. Participou do Coral e
Banda da Sängerhalle. Fundou o Coral Municipal, que gravou o Hino de São Bento do Sul, de autoria do Sr. Pedro Bittencourt, apresentado em 1973 no centenário do município.
Suas ações em vida forma passadas por gerações de forma natural seus descendentes incorporaram a cultura, valores e princípios de Ornith Bollmann, seus filhos figuraram no esporte na música e na política. Seu genro Odenir Osni Weiss, casado com Crista Bollmann Weiss, foi prefeito de São Bento de 1977 a 1983. Seu filho Frank Bollmann, empresário de sucesso foi prefeito de São Bento do Sul no período de 1993 a 1996. Seu filho Magno Bollmann, reconhecido como ambientalista, foi eleito Prefeito para governar o município de 2009 a 2012.

4.3.4.2 FAMÍLIA – RANK - FRANCISCO RANK
Francisco Rank trabalhou na Usina Hidrelétrica Rio Vermelho construída em 1926, onde observou as mariposas atraídas pela luz. No ano de 1932 iniciou as atividades com as borboletas após seu colega de trabalho, fomentar a idéia de comercializar as mariposas na Europa.
Francisco começou a improvisar pequenos viveiros para criar borboletas e mariposas, colocando ramos e lagartas.
O primeiro lote de borboletas foi vendido para o Sr. Anton Maller, residente de Corupá, que comercializava as borboletas com compradores da Alemanha, França e Estados Unidos. Aproximadamente no ano de 1914, vendiam para o Sr. Ricardo F. Direns Hofen de São Paulo, Capital. Este visitava a família Rank mensalmente, momento que também orientava a adoção de técnicas como: formas de coleta dos insetos na floresta ou ainda do corte de pequenas árvores para fazer estaleiros onde depositavam pedaços de madeiras que com o tempo iniciavam o apodrecimento atraindo besouros.
Os filhos de Francisco sempre acompanhavam as atividades que envolviam as capturas e zelos pelas borboletas.

4.3.4.3 IVO RANK

Ivo Rank, filho de Francisco, morador de Rio Vermelho em São Bento do Sul, já apreciava as borboletas aos 4 anos. Iniciou a coleta com 7 anos quando entrava na floresta e bordas de mata para capturar borboletas e besouros. Com 10 anos de idade apresentava domínio do ciclo de vida das borboletas e suas inter relações, e a dedicou a vontade em criar as diferentes famílias de borboletas e mariposas. Observava a natureza das borboletas, como as que nascem a noite ou antes do amanhecer e admirava o nascimento das fêmeas, ou ainda, o acasalamento como quando visualizou 30 machos voando sobre o viveiro. Foram anos de convivência com os Lepidópteros que aumentavam a curiosidade, dedicação e paixão pelas borboletas.
Acompanhava seu pai na captura de mariposas. Em Rio Vermelho, aproximadamente em 1950 seu pai construiu uma “meia água” instalou duas lâmpadas para atrair mariposas. Em muitas situações passavam a noite acordados capturando e observando. Quando fechava a serração vinham muitas mariposas que não venciam pegar. Utilizavam uma rede entomológica e enchiam várias caixas com mariposas. No amanhecer do dia colocavam os insetos em envelopes, que deitavam em prateleiras, secando próximo do fogão de lenha.
A família também fazia artesanatos com as borboletas e suas asas. Forneciam borboletas para a Artefama que utilizava para os artefatos decorativos.
A história de Ivo Rank a a referência de seu trabalho também foi acompanhado da divulgação e valorização da imprensa, como no jornal A Gazeta de 21 de sembro de 1996 relata a visita da Rede Globo e anuncia a reportagem realizada pelo Globo Rural, ou ainda no jornal, A Notícia datado de 4 de janeiro de 1996, que apresenta a matéria “ O Plantador de Borboletas” de Elenita Lanznaster, que relata: “ Ali pode-se encontrar a “azulona” de nome científico Prepona delfille, um casal de borboletas que, em 50 anos de trabalho só foi vista uma vez. Famosa pela raridade,diversos visitantes da Europa, Japão vem à casa de Rank especialmente para tentar comprá-las por preços acima de mil dólares. De acordo com o proprietário, elas não têm preço com as demais de sua coleção particular.”
ATUALIDADE

Em 2011 o Sr. Ivo Rank com 74 anos continua na observação e dedicação com as borboletas. Apresenta o primeiro borboletário licenciado pelo IBAMA de Santa Catarina, onde cada borboleta é registra na ABRAL (Associação Brasileira Pro-Lepidóptero). Comercializa as borboletas, mas também libera fêmeas e alguns casais. Defende a prática de criação dos Lepidópteros, e argumenta o desmatamento e uso de agrotóxicos como maiores impactos para favorecer o declínio da população de borboletas. Complementa que a criação de determinada espécie de borboleta pode gerar 100 ovos que irão gerar 100 indivíduos adultos, enquanto no habitat natural sobrariam menos que 10%. A criação em cativeiro oportuniza proteção e a preservação de muitas espécies que hoje estão ameaçadas de extinção, pelo desequilíbrio ambiental.
O Sr. Ivo Rank é auto didata e domina a biologia dos lepidópteros, é observador do habita e ciclo de vida das borboletas, a forma de reprodução, o alimento associativo com a vegetação, a taxonomia entre outros. Também atribui o conhecimento adquirido e compartilhado reciprocamente com outros pesquisadores principalmente com o Dr. Luiz Soledade Otero (in memória) do Museu Nacional da UFRJ que lhe visitou periodicamente e entregava livros de Lepidópteras. Também trocou informações e experiências com outros pesquisadores como o Dr. Olaf Hermann Hendrik Mielke do Setor de Zoologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná) de Curitiba.
A família Rank prossegue na criação de borboletas. Ivo Rank e sua esposa Olinda dedicaram a vida na criação, preservação e comercialização das borboletas. Mas este legado é passado para seus descendente e seus filhos Ildo; Osni; Osiel; Otoniel; Marlene; Glaci; Noeli; Ruth; Claudinisse; Carim; Carmem também dedicam a atenção com as borboletas, já seus filhos Daniel; Arildo e Rosimeri apreciam as borboletas mas não desenvolvem a atividade diretamente. O conhecimento adquirido é transmitido para as gerações fomentando a cultura, preservação e a tradição deste grande legado.

4.3.4.4 JÓZSEF BAJCSIK BÁCSFALUSI
József Bajcsik1 Bácsfalusi2 , filho de Béla (Adalberto) Bajcsik Bácsfalusi, engenheiro de construção de estradas, túneis e minas e Gisela Mede Bácsfalusi, nasceu na Hungria aos 10 de novembro de 1926 na cidade de Somosqöujfalu, norte da Hungria.
Estudou de 1931 a 1935 na Escola Primária Municipal em Kazár Banya-Pelep, ainda no norte, morando desde 1 ano de idade com os pais de criação Istvan Lochs e Amalia Bajcsik, ela irmã da sua mãe, pois conforme costume da época, os casais parentes que não pudessem ter filhos, criavam o filho menor cedido por aqueles que o tivessem.
De 1935 a 1938 estudou na Escola de Ensino Médio em Salgótarján, recebendo instrução militar desde os 12 anos, concomitantemente com os estudos, como era praxe na época. De 1938 a 1940 estudou na Escola Superior de Indústria e Comércio em Kassa (atualmente Kosicê, Checoseslováquia), e concluiu o Curso de Comunicação por Rádio, Telefonia e Telegrafia Nacional e Internacional em 1940 a 1941 em Budapest, e serviu ao exército Húngaro a partir dos 18 anos (1944) e durante a II Guerra Mundial como Oficial de Comunicações. Em março de 1945 foi atingido por um tiro na perna direita disparado por um Partizan russo, o que fez com que fosse transferido para o serviço civil como funcionário efetivo do Ministério de Assuntos Internos do Estado (Reino) da Hungria, na Divisão Administrativa das Comunicações.
Com o fim da II guerra, trabalhou com seu pai na reconstrução de estradas e pontes demolidas na Hungria e também na Áustria, em Salsburg, e foi Auxiliar Contratado da I.R.O. (Organização Internacional dos Refugiados) no Setor Norte-Americano da Comissão Aliada na Áustria, Área 1, em Salsburg.
Com o recadastramento dos militares Húngaros, feito na Áustria, perdeu o nome de família Bajcsik, devido aos campos de preenchimento dos documentos austríacos não serem suficientemente grandes.
Em novembro 1949 migrou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro na Ilha das Flores. Trabalhou então em jornal como desenhista de montador de manchetes de primeira página, além de outros serviços, migrando para o ramo de quadros e artesanatos, inclusive os de borboletas, o que despertou o interesse pelos insetos, em particular pelos Lepidópteros.
Em 10 de outubro de 1959 casou-se com Maria Casemira Dantas Fernandes, Dona Myra (in memorian) com quem teve os filhos Pery Fernandes Bácsfalusi e Mauro Fernandes Bácsfalusi, adotando, ainda, os filhos do casamento anterior de Dona Myra, Silo Thuribius Fernandes Viana e Schuler Thales Fernandes Viana
Em 1972 foi convidado pela Indústria Artefama a organizar o setor de artesanatos de borboletas, que perdurou até 1989, e sendo responsável técnico pelo criador de borboletas da Artefama na localidade de Rio Vermelho, no Km 26.
Desde 1967 trabalhou para que o governo federal, através do seu órgão ambiental IBAMA (na época IBDF) liberasse a coleta de lagartas e ovos de borboletas para a criação em cativeiro e posterior comércio, haja visto que o comércio de borboletas, antes da proibição, era fonte complementar de renda para os campesinos. Após várias idas e vindas à Brasília, e tendo seu projeto recusado por técnicos do Ministério da Agricultura, que alegou simplesmente que “Borboletas são potencialmente prejudiciais à agricultura, mas não é praga”, conseguiu, finalmente seu intento, sendo regulamentado o primeiro Criatório Comercial de Borboletas, em 1989, na localidade de Rio Vermelho Estação, São Bento do Sul, Santa Cataria, sob os cuidados do Sr. Ivo Rank. Desde então é presidente da ABRAL – Associação Brasileira Pró-Lepidópteros, e preposto do IBAMA para assuntos relacionados às borboletas, por ele criada em 15 de fevereiro de 1978, com o intuito de fortalecer a classe dos criadores de lepidópteros e conveniada com o IBAMA.
Outra vitória de Josef foi conseguir salvar a coleção de insetos do famoso colecionador Fritz Plaumann, que, após sua morte, teria sua coleção queimada (literalmente) pelo IBAMA. A situação foi revertida através da intervenção de Josef junto a um deputado estadual da região para que transformasse sua casa e acervo no Museu Fritz Plaumann.

Josef Bácsfalusi faleceu em São Bento do Sul, cidade que amava e escolheu para ser o seu lar e de sua família, em 01 de janeiro de 2010, aos 83 anos de idade.
1 Bajcsik – nome de família que representa a união das tribos do norte (os Bajcs) com as tribos do sul da Hungria. O “k” ao final do nome representa a união das tribos.

2 Bácsfalusi –nome de família que representa a região de domínio dos Bács, na região de Bács-Bodrog, atualmente Sérvia e Montenegro, acrescido de “falusi”, que significa “aldeão de”, portanto: Bácsfalusi = aldeão de Bács.
(Texto Josef Bácsfalusi: Colaboração Mauro F. Bácsfalusi)

4.3.4.5 INDUSTRIA ARTEFAMA - ARTEFATOS COM BORBOLETAS

HISTÓRIA
A ARTEFAMA foi fundada em 20 de fevereiro de 1945 por: Victor Keil, Affonso Keil,Ewaldo Jungton e Francisco Kobs.
Os artefatos com borboletas tiveram seu início em 1945, e rapidamente expandiu no mercado interno, tendo sucesso de vendas principalmente nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Recife e Belém.
“E assim a ARTEFAMA foi crescendo, até provocar uma revolução industrial em torno de si mesma. A partir de 64 (Ano da Revolução Industrial) a empresa experimentou uma fase de expansão impressionante, fruto de uma política empresarial firmada em bases sólidas, e por forças das circunstâncias foi aumentando o quadro da diretoria, ficando assim constituída: Diretor Presidente: Victor Keil; Diretores Técnicos: Ewaldo Jungton e Francisco Kobs; Diretor Gerente: Álvaro Weiss” (Revista Catarinense, 1972)
“Em 21 de junho de 1951, a empresa foi transformada em Sociedade Anônima,passando para denominação de INDÚSTRIAS ARTEFAMA S/A, contando com 9 acionistas (Revista Catarinense, 1972).
Em 1974 a ARTEFAMA muda seu endereço para a fábrica nova no Bairro Oxford
No ano de 1980 é fechado o setor de produção dos artefatos de madeira com borboletas.
Atualmente, no ano de 2011, a Indústria Artefama S/A com a filosofia: “Investindo no presente, pensando no futuro”, produz móveis em alta tecnologia, com certificação FSC (Forest Stewardship Council), atendendo o mercado interno e externo.

PRIMEIRA EXPORTAÇÃO

No ano de 1967, além da ARTEFAMA iniciar a produção de artefatos de madeira com borboletas, também fez a primeira exportação. Partiu do Porto de Paranaguá o navio Sunny Clipper com destino para o Texas (USA), com os artefatos armazenados em caixas presas por cintas.

PRODUÇÃO

Lauro Hilgenstieler, foi chefe de compras da ARTEFAMA por 12 anos, mas também liderou cerca de 170 colaboradores, inclusive da linha de produção em série dos artefatos com borboletas. Este setor chegou a preencher 50 vagas de colaboradoras, dedicadas com o trabalho que exigia habilidade.
Alguns dos artefatos com borboleta recebiam apliques com arranjos florais. Este serviço era terceirizado, feito por Adinho Beckert e sua equipe de colaboradores, que entregavam o material semanalmente.
Os artefatos em madeira com os apliques com borboletas eram feitos em : quadros com moldura de madeira, quadros com moldura de alumínio, cinzeiros, abajures, bandejas, capas de álbum de fotos..
AQUISIÇÃO DE BORBOLETAS

A produção dos artefatos com borboletas exigia uma quantia de consumo da matéria prima que proviam de diferentes origens.
Em São Bento do Sul as borboletas eram compradas diariamente dos sãobentenses, de crianças e adultos, que capturavam os insetos com as redes entomológicas, chamadas de “netz”. Com o aumento no fornecimento de borboletas a empresa adotou um dia da semana para fazer a compra. As pessoas eram organizadas em fila enquanto cinco colaboradores da ARTEFAMA compravam os insetos conforme a classificação definida em três categorias distintas, pagando conforme o estado de conservação. Neste formato de entrega compravam em um mês cerca de 18.000 borboletas.
Em 1971, a convite dos diretores da empresa o Sr. Josef Bácsfalusi, conhecido pelo apelido de infância como Sr. Dodi, foi convidado para implementar o setor de artesanatos com borboletas, atividade que exerceu até meados da década de 90, quando foi desligado da empresa.
Lauro Hilgenstieler e József Bajcsik Bácsfalusi, responsáveis pelo fornecimento de matéria prima, também viajavam de 15 em 15 dias, para para fazer a compra de borboletas de outras cidades como: Ibirama (SC) da reserva indígena Xokleng, Santa Terezinha (SC)
As compras também eram feitas no Paraguai, onde, pelo entendimento daquele País eram consideradas “pragas”, através de uma empresa de exportação criada exclusivamente para abastecer a Artefama, sob a responsabilidade do Sr. Dodi. As borboletas sempre foram compradas de atravessadores e eram transportadas em envelopes. A quantidade de borboletas apresentava variações de entregas, mas somavam por viagem cerca de 300.000 borboletas.
Durante um ano de produção eram consumidas cerca de 3 milhões de borboletas.

PRIMEIRO BORBOLETÁRIO DO BRASIL

O primeiro borboletário do Brasil, apresentava cerca de 2.000 m² e 8 m de altura máxima, foi construído no Km 26, a antiga serraria da Artefama, local onde atualmente está a PCH (Pequena Central Hidrelétrica) de Frank Bollmann, localizada na APA (Área de Proteção Ambiental) Rio Vermelho/Humboldt.
A documentação de adequação e responsabilidade técnica do borboletário da ARTEFAMA, foi de autoria do Engenheiro Agrônomo Magno Bollmann.

O ano de 1923 e o então funcionário de uma marcenaria em São Bento do Sul (SC), Carlos Zipperer Sobrinho, já acalentava o sonho de ter seu próprio negócio. O sonho do jovem descendente de austríacos começou a se concretizar quando recebeu como acerto de contas suas economias numa pequena fábrica que deu origem à Indústrias Zipperer S.A. (Revista Zipperer, 2003)
Tudo começou com os artefatos. No Início, a empresa fabricava delicadas peças com matérias-primas surpreendentes, como as enfeitadas com asas de borboletas. (Revista Zipperer, 2003)
Um dos diferenciais da Zipperer, quando o assunto é exportação, é o cuidado com a ecologia. Para atestar isso a empresa certifica alguns dos seus produtos. Mas mais do que um diferencial, o FSC (sigla em inglês para Forest Stewardship Council, que significa Conselho de Manejo Florestal) é, muitas vezes, condição sine qua non para quem quer exportar ara a Europa. De maneira geral, os países do Velho Mundo dão prioridade (em alguns casos até exigem) produtos oriundos de florestas de manejo. (Revista Zipperer, 2003)

PRIMEIRA EXPORTAÇÃO

A exportação de móveis teve início na década de 70 e, já em 1976 a Zipperer carregou seu primeiro container. (Revista Comemorativa, 2003)
4.3.4.7 ABRAL (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PRO- LEPIDÓPTERO)


APRESENTAÇÃO

A ABRAL (Associação Brasileira Pro-Lepidóptero) de São Bento do Sul, foi constituída no dia 15/02/1978 em sociedade civil, sem fins lucrativos.
O estatuto estabelece o compromisso ao atendimento dos requisitos legais aplicáveis, seus objetivos e responsabilidades, complementando com o regramento interno da associação e seus participantes.
A sede era numa sala anexa na Associação Comercial e Industrial de São Bento do Sul, mas com viabilidade de fazer sessões em outros locais no domínio do território Brasileiro.
Apresentam vínculo de convênio com o IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) datada de 11 de julho de 1991, conferindo a atuação, constatando: objetivo, obrigações das partes e disposições gerais.
Primeira ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) da ABRAL foi do Eng. Magno Bollmann.

PRIMEIRA DIRETORIA
  1. Presidente: Josef Bácsfalusi;
  2. Secretário: Pery Fernandes Bácsfalusi;
  3. Tesoureiro: Luiz Roberto Garcia;
  4. Conselho Fiscal: Alfredo Reiser; José da Costa Filho; Horst Hörmann
O Sr. Josef Bácsfalusi permaneceu na presidência da Abral até o seu falecimento (01/01/2010).

FUNDADORES
A ABRAL congrega todos os criadores e comerciantes de borboletas e mariposas do Estado de Santa Catarina e teve como fundadores:
  • Josef Bacsfalusi
  • Luiz Roberto Garcia
  • Alfredo Reiser
  • José da Costa Filho
  • Horst Hormann
  • Pery Fernandes Bácsfalusi
  • Orlando Paitra
  • Arlindo Westphal
  • Industrias Artefama S/A
  • Decorações Três Rosas Indústria e Comércio Ltda
  • Artematic S/A

OBJETIVOS
Os objetivos forma firmados na ATA de constituição em 1978

Art. 3°. - São objetivos da sociedade:

a)-Promover a aproximação dos colecionadores, industrializadores, beneficiadores, comercializadores, importadores e exportadores de lepidópteros, bem como os naturalistas, entomólogos, botânicos, biólogos, etc., e os que têm interesse nos lepidópteros no Brasil;

b)-Estabelecer e estimular o intercâmbio de toda espécie de informações referentes à criação, comercialização, importação e exportação ou quaisquer aspectos referentes a lepidópteros:

c)-Estabelecer e manter relações com as associações congêneres do País e do Exterior, principalmente aos Países pertencentes à ALALC:

d)-Defender em particular, os interesses de seus associados, e em geral as medidas em defesa do meio ambiente dos lepidópteros e controle dos mesmos quando tornarem-se pragas regionais;

e)-Investigar, estudar e colaborar com os Estados e a União, na solução dos problemas que se relacionarem com os interesses dos associados, perante ou de acordo com os órgãos Municipais, Estaduais e Federais, ou seus representantes, tanto como nos países estrangeiros, perante associações e governos, particularmente nos países componentes da ALALC;

f)- Facilitar o maior intercâmbio de conhecimentos entre os associados e autoridades dentro do País, como no Exterior;

g)-Enviar representantes para acompanhar as reuniões anuais da ALALC, oferecendo, dentro do possível, assessoramento à delegação governamental nos assuntos de interesse relacionado com lepidópteros, para fins científicos, comerciais, industriais, de exportação, importações e também em aspectos de defesa do meio ambiente e combate às pragas;

h)-Estimular contratos entre os associados e autoridades Municipais, Estaduais, Federais ou órgãos de convênios com o propósito de discutir os problemas existentes, as possibilidades de reformulações e providências, bem como fixar orientações para novos projetos de lei, abrangendo os assuntos relacionados com os lepidópteros;

i)-Propor o estabelecimento de normas de qualidade e técnicas gerais, bem como proceder ou recomendar estudos tendentes para chegar ao denominador comum em assuntos referentes a criação, importação, exportação, industrialização e comercialização de lepidópteros e combate à praga quando for o caso;

j)-Colaborar, promover e estimular esclarecimentos por revistas, jornais, folhetos, rádio e televisão, ou quaisquer outros meios de comunicação, sobre equívocos ou falta de conhecimento, estudos, projetos, avisos, anúncios, denúncias, defesas e reformas de conceitos referentes a lepidópteros e sua utilização;

l)-Apresentar, pedir e defender regularização, referentes aos assuntos de lepidópteros em qualquer fase de metamorfose.
4.3.5 BIOMA MATA ATLÂNTICA


A formação Floresta Ombrófila Mista ou Floresta de Araucárias caracterizada pela presença da Araucaria angustifolia, e ocorre de forma característica em altitudes de 500 a 1200m do nível do mar.Apresenta uma classificação distinta com características próprias conforme IBGE (1992) Com: Floresta Ombrófila Mista Altomontana; Floresta Ombrófila Mista Submontana; Floresta Ombrófila Mista Montana; Floresta Ombrófila Aluvial; Vegetação pioneira de influência fluvia; Zonas de Tenção Ecológica e Campos Naturais. Apresenta exubernate fauna e flora. São B ento do Sul ainda apresenta uma formação florestal e consequente distribuição da fauna (heptetofauna, mastofauana e avifauna) de forma particular que abrange uma maior biodiversidade, já que apresenta uma formação de ecótone onde ocorre a inter-relação das espécies em uma determinada “faixa” de confluência. A formação Floresta Ombrófila Densa ou Mata Atlântica é parte da formação de floresta da APA Rio Vermelho/Humbold descendo ao vale do Rio Natal, onde espelha grandiosidade de uma área relativamente preservada com remanescentes de floresta primária, rica em epífetas como bromélias e orquídeas. O Planalto Norte Catarinense apresenta algumas espécie significativas para a preservação que ocorrem nos dois tipos de formação florestal como o papagaio-do-peito-roxo Amazona vinacea, o puma Puma concolor e o gato do mato Leopardus tigrinus, considerados ameaçados de extinção pela lista do IBAMA 2003, ainda são destaque na lista da flora o Pinheiro Aruacária angustifólia, a Imbuia Ocotea porosa e o Sassafrás e o Palmito Euterpe edulis, ente outros.





Tabela : Lista Nacional das Espécies ameaçadas da Fauna Brasileira – Paraná e Santa Catarina, 2002.
Filo
Numero de espécies
Mamíferos
18
Aves
32
Répteis
3
Anfíbios
Não consta
Insetos
6
total
59
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2006.


4.3.5.1 CARACTERIZAÇÃO DA FLORESTA PREDOMINANTE NO PLANALTO NORTE

a) Floresta ombrófila mista altomontana (Floresta de Altitude)
Segundo Veloso & Góes-Filho (1982) a Floresta Ombrófila Mista Altomontana ocorre em altitudes acima de 1.000 metros. Para Leite (1994) a formação altomontana, ocorre a partir dos 800 metros de altitude. Ocorre também nesta região, o refúgio ecológico altomontano, constituído de formações mais baixas (arbustivas) entremeadas a taquarais, denominados de faxinais ou catanduvais. Estas representam refúgios florísticos, com dimensões nem sempre mapeáveis localizados ao longo da faixa de contato com a região da Floresta Ombrófila Densa.

b) Floresta Ombrófila Mista Submontana

Com base no sistema de Classificação da vegetação brasileira (IBGE, 1991) a Floresta Ombrófila Mista Submontana ocorre em altitudes que variam de 50 a 400 metros. Segundo Maack, 1968, sua ocorrência se dá apenas nas encostas de vales e canyons de erosão nas linhas de escoamento de frio ocorrendo somente nos estados do Rio Grande do sul e Santa Catarina (Canyon do Itaimbezinho).

c) Floresta Ombrófila Mista Montana
Segundo Leite (1994), a formação Montana ocorre em cotas de 500 a 800 metros.O autor salienta ainda que nos limites destas cotas ocorrem áreas de tensão ecológica com as Florestas Estacionais e Ombrófila Densa, e ainda, ambientes específicos denominados de Refúgios Ecológicos Montanos. O contato entre a Floresta Ombrófila Mista e a Densa é de difícil percepção quando o pinheiro foi retirado. Nesta subformação ocorrem além da preponderante Araucaria angustifolia espécies da família Lauraceae (Ocotea e Nectandra). Podem ser facilmente identificadas outras espécies folhosas como Cedrela fissilis (Meliaceae), Ilex paraguarienseis (Aquifoliaceae), Alchornea triplinervia (Meliaceae), Inga sp. (Mimosaceae), Roupala brasiliensis (Protecaceae), Schinus terebinthifolius (Anarcadiaceae) e Myrsine spp.(Myrsinaceae), além de espécies de Rubiaceae e Myrtaceae (Sanquetta et al. 2002).

d) Floresta Ombrófila Mista Aluvial (floresta ciliar)
A sua ocorrência está relacionada à presença de solos Aluviais (Veloso, & Góes-Filho, 1982), na superfície de acumulação formada por solos recentes, orgânicos e cambissolos húmicos, principalmente no primeiro e segundo planalto paranaenses, nas
planícies dos rios . As florestas aluviais, também denominadas de “florestas de galeria”, “florestas ripárias” ou “matas ciliares”, são caracterizadas como vegetação das superfícies de acumulação quaternária (Leite, 1994). Esta cobertura vegetacional acompanha as planícies sedimentares recentes, dispersas em diferentes altitudes e latitudes e sujeitas a periódicas inundações Leite & Klein (1990), sendo que as espécies que se desenvolvem nestas áreas apresentam algum grau de hidromorfismo (Leite, 1994). A Floresta Ombrófila Mista Aluvial apresenta como espécies típicas: Sebastiania commersoniana (Euphorbiaceae), Podocarpus lambertii (Podocarpaceae) e Drymis brasiliensis (Winteraceae), bem como inúmeros representantes das famílias Myrtaceae (Myrcia spp., Eugenia spp.) e Lauraceae (Ocotea ssp, Cryptocarya ssp e Nectandra ssp), Luehea divaricata (Tiliaceae), Syagrus romanzoffiana (Arecaceae), Erythrina crista-galli (Fabaceae), Vitex megapotamica (Verbenaceae) e Salix humboldtiana (Salicaceae) (Leite & Klein, 1990).

e) Vegetação pioneira de influência fluvial (banhados)

Segundo Klein & Hatschbach (1962) a vegetação ocorrente nas proximidades das margens dos rios sobre substratos recentes do período Quaternário, nas planícies aluviais, são caracterizadas como Formações Pioneiras de Influência Fluvial, reconhecidas como “campos de inundação” ou “várzeas”, constantemente sujeitas às oscilações do fluxo hídrico do rio. Assim, estes ambientes são diretamente afetados pelas inundações periódicas e submetidos a períodos de saturação hídrica (Jaster & Blum 2002). Klein & Hatschbach (1962), ainda referindo-se às condições pedológicas verificadas nestes ambientes, ressaltam que ocorre um número restrito de espécies, formadoras de grupamentos densos e uniformes, compostos principalmente por indivíduos das famílias Poaceae e Cyperaceae. Entre as espécies mais importantes podem ser citados: Andropogon virgatus (Poaceae), Panicum subjunceum (Poaceae), Rhynchospora emaciata, Fimbristylis autumnalis, Rynchospora tenuis (Cyperaceae), Typha dominguensis (Typhaceae) que formam grupamentos uniformes em solos hidromórficos e ácidos, além de Tibouchina ursina (Melastomatacae), Vernonia westiniana (Asteraceae), Eryngium eburneum e Eryngium lassauxii (Apiaceae).

f) Zonas de Tensão Ecológica (ecótonos e encraves)

As áreas de tensão ecológica são regiões de contato entre duas ou mais formações vegetacionais. Ocorrem de duas formas:
  • Encrave – quando a transição de uma formação florística ocorre da maneira abrupta como os característicos capões de araucária na Floresta Ombrófila Mista, circundados por campos naturais.
  • Ecótono – quando a transição ocorre de forma sutil e há uma zona de inter-relação das tipologias sendo que na maioria dos casos não é possível observar com nitidez o limite entre as formações. Como exemplo cita-se o Ecótono existente entre a Floresta Ombrófila Mista/Floresta Ombrófila Densa.



g) Campos naturais (estepe)

No bioma Floresta com Araucária as extensas áreas contínuas de floresta que recobriam o planalto sul-brasileiro eram comumente entrecortadas por trechos de campos naturais remanescentes das alterações climáticas ocorridas durante o Quaternário, há cerca de 60 milhões de anos, conhecidos como Campos Gerais (SOS Mata Atlântica, 2005). Segundo Maack (1968) “os campos são formas de relicto de um antigo clima semi-árido do Pleistoceno. Consequentemente constituem a formação florística mais antiga ou primária do Estado do Paraná. As matas só conquistaram os antigos campos a partir de matas de galeria, capões e nascentes e matas de encostas das escarpas, durante um clima constantemente úmido e rico em chuvas do Holoceno”. A região dos campos cobria 30.532 Km2, sendo na maior parte os chamados Campos Limpos (28.650 Km2), ocorrendo ainda os Campos Cerrados (1.882 Km2). No Paraná, os campos são ainda subdivididos em 5 grandes regiões, os campos de Curitiba, o de Castro, os Campos Gerais, de Guarapuava e os de Palmas. Numa descrição dos campos do sul do Brasil Kuhlmann (1952) salienta que fatores climáticos, edáficos, topográficos e “antropéicos”, poderão influir direta ou indiretamente sobre a vegetação desta formação. Segundo Leite (1994), os campos ocorrem em ambientes variados, estão localizados em regiões planas ou plano-deprimidos mal drenados, em solos de areníticos pobre, em solos basálticos ácidos ou ainda em solos rasos e pedregosos, associada em geral à pedogênese férrica, etc. Leite (1994) salienta que a fisionomia campestre contemporânea é de difícil entendimento com base nos parâmetros atuais do ambiente, ou seja, o clima tipicamente florestal. Para Kuhlmann (1952) em termos de clima, atualmente não existem diferenças entre as formações campestres e florestais, um dos principais responsáveis pela presença dos campos seja o relevo suave ondulado e de difícil drenagem, ou expansão progressiva dos campos de várzea, provocada pelo fogo e pastoreio.
IBGE (1991), designa esta área subtropical como Estepe, salientando que as plantas neste ambiente são submetidas à dupla estacionalidade – uma fisiológica, provocada pelo frio das frentes polares, e outra seca, mais curta, com déficit hídrico. Na classificação de Leite (1994), os campos são classificados segundo seu aspecto fisionômico-estrutural, nas seguintes formações: (a) Parque, constituído por formações árboreas e arbustivas esparsas dentro da região dos campos; (b)Gramínio-lenhosa, é o campo propriamente dito, incluindo os capões e floresta de galeria; (c) e o contato Estepe Ombrófila/ Floresta Ombrófila Mista, mosaico no qual a floresta e o campo se interpenetram.

5. IMPLANTAÇÃO EM ADEQUAÇÃO COM IBRAM

5.1 Implantação do núcleo inicial do museu
O MUSEU NATURAL deve atender aos dispostos tratados no item 9, apresentando espaço adequado e pertinente para as atividades propostas, apresentando inicialmente uma coleção entomológica com coleópteros e lepidópteros, animais taxidermizados, vertebrados superiores nas classes de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes, além de exsicatas.
6. REUNIÕES E PALESTRAS

6.1 Reuniões comunitárias, trabalhos com escolas
Ao iniciar as atividade de atendimento público também serão feitas divulgações das ações do museu nas cidades que abrangem este projeto: São Bento do Sul; Rio Negrinho; Campo Alegre e Corupá. Com motivação para envolvimento participativo da sociedade civil e instituições de ensino público e particulares.

7. INAUGURAÇÃO
Inauguração do museu com exposição sobre todo processo de implantação


8. MANUTENÇÃO
As atividades normais do Museu serão feitas por equipe técnica especializada com formação em Biologia e Técnico Ambiental. Inicialmente serão necessárias três pessoas. O Museu Natural apresenta vínculo com a Secretaria ou Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de São Bento do Sul.

9. IMPLANTAÇÃO DO MUSEU
O museu é apresentado com espaço adequado para suas atividades sendo coerente com as características abordadas pela Fundação Catarinense de Cultura, conforme segue abaixo.


9.1 AS INSTALAÇÕES DO MUSEU

O espaço físico para instalação do acervo museológico deve ter características distintas.
O Museu é um espaço onde ocorrem exposições, eventos, palestras, aulas, etc.
O pesquisador encontra no museu uma vasta documentação fonte de pesquisas e estudos.
A organização de um museu deve ter os seguintes espaços (Anexo 2):

9.1.1. Entrada/recepção
Deve ser um espaço amplo e acolhedor.
Na recepção é feito o atendimento, controle e organização dos visitantes quando se tratar de grupos com mais de 20 pessoas. A recepção se transforma automaticamente em sala de espera para o excedente.
A recepção deve manter um livro para registrar visitantes onde devem constar os seguintes dados: data, nome do visitante, cidade, profissão, grau de escolaridade, idade.
A recepção deve dispor de um local para guarda de volumes dos visitantes (sacolas, malas, máquinas fotográficas, etc.) e é de responsabilidade da instituição a preservação da integridade dos bens ali depositados.

9.1.2. Setor administrativo
Deve englobar todas as atividades relacionadas com a administração do museu, com salas para diretoria e secretarias, onde são recebidos os interessados nas ações do museu.

9.1.3. Setor técnico
É o setor destinado ao trabalho do especialista em museologia que atua no recebimento e avaliação do acervo e na elaboração da documentação museológica do mesmo. O público deve ser privado do acesso a este setor a não ser na condição de doador.
Deve possuir um laboratório onde são realizados trabalhos de higienização e conservação.

9.1.4. Reserva técnica
Local onde são guardados os acervos que não estão em exposição, mas fazem parte da coleção do museu.
Necessita estar instalado em local seco e limpo, longe do acesso de visitação pública, protegido contra roubos.
A reserva técnica deve estar constantemente trancada, apenas o responsável pelo museu deve ter a chave de acesso e guardá-la em local onde em caos de emergência (incêndio, inundação) o guarda ou vigilante possa localizá-la.

9.1.5. Salas de exposição
Local destinado à apresentação do acervo do museu.
Deve existir de duas formas: sala de exposição, permanente, destinada a exposições do acervo básico do museu.
Sala de exposição temporária, destinada a exposições diversas, temáticas ou não.
Devem ser espaços amplos e de fácil circulação.

9.1.6. Biblioteca
Espaço que propicia o desenvolvimento de atividades de estudo e pesquisa.
O acervo da biblioteca, de preferência, deve ser especializado na área de atuação do museu.
Ex: História, Artes Plásticas, Biologia, etc...

9.1.7. Auditório
Sempre que possível o museu deve manter um espaço equipado com cadeiras, tela e projetores, quadro negro, videocassete, destinado ao desenvolvimento de atividades culturais complementares, tais como cursos, palestras, apresentações de vídeo, aulas, etc.
O espaço deve ter acesso independente, principalmente uma vez que pode ser utilizado em horários diversos.

 

ORGANOGRAMA


MUSEU NATURAL Ornith Bollmann





ENTRADA/RECEPÇÃO



Sala de exposição
permanentes e temporárias



ADMINISTRAÇÃO
Diretor

Biblioteca

SETOR TÉCNICO (*)
Biólogo

Auditório


RESERVA TÉCNICA (*)
(*) vetado o acesso público






















10 INVESTIMENTO IMPLANTAÇÃO

MATERIAL/PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Álcool Absoluto: BB litro ETANOL
Algodão Hidrófilo
Alicate de Ponta Fina e Longa
Alicate Universal
Alicate- Corte
Amoníaco
Arame 12
Arame 16 - KG
Arame 18- KG
Balança de precisão 50gr
Balança de precisão até 3kg
Bandeja Plástica 20 l para manipular materiais de taxidermia
Barbante nº 10 700g
Bisturi nº 11
Bombonas de 50 litros com tampa
Borax 1 kg
Brocas – Conjunto com 5
Cabo bisturi nº 7
Cabo de bisturi nº 3 aço inox (p/ laminas 10 a 15) ABC
Cabo de bisturi nº 4 aço inox (p/ laminas 20 a 24) ABC
Canivete
Conjunto de Agulhas
Escada 3 Degraus alumínio
Espátula 9 polegadas
Estilete
Facão com Bainha
Fita Crepe 3M
Fogão 4 bocas MÜLLER
Formol (litro)
Freezer horizontal 530litros CONSUL
Furadeira 500W
Geladeira Consul mod. 280- 241 litros
Gesso em pó
GPS Orange G555DT c/TV Touschscree 5.0'
Lâmina de Bisturi n° 21 cx/100
Lamina para bisturi n° 20 cx/100 SOLIDOR
Lamina para bisturi nº15 cx/100 SOLIDOR
Lima Chata 8 polegadas
Linha de algodão- 150metros nº 40
Luva latex G caixa com 100unid
Martelo 29mm
Mesa de reunião oval, 15mm, medindo 2,00x1,00x0,74, na cor cinza
Morsa de Bancada nº 3
Naftalina pacote com 50g
Notebook ACER 5736Z-4059; 160 GB HDD; DVD Super Multi DL; 802.11 a/b/g WLAN; Subwoofer; 2 GB DDR2; 15,4” WXGA Acer CrystalBrite LCD (8ms/220-nit) Intel Core 2 Duo processor T5450 (1.66 Ghz, 667 Mhz FSB, 2 MB L2 cache)
Projetor 3 LCD c/2600 Lumens Preto lâmpada de duração de 4000 a 5000 horas
Óleo de linhaça
Panela 12,7litros
Parafina- Barra 5kg cada
Pinça ponta curva 16cm
Pinça ponta reta 125mm
Pincel Condor nº 12
Pincel Condor nº 6
Pincel para pintura 2 polegadas
Placa de Isopor 150mm
Poliuretano Expansivel 500 ml
Respirador 3M 6800- Respirador Facial OPTIFIT, vedação de silicone e tirante com cinco pontos de sustentação; lentes de policarbonato com resistência a alto impacto; excelente campo de visão; tampa projetada para facilitar a comunicação. Tamanho G. Com Cartucho químico para vapores orgânicos; filtro mecânico P3; retentor para filtro; base para filtro com duas peças.
Secador de Cabelo PHILCO 1900W, 3temperaturas ,2 velocidades
Seringa agulha grossa para uso veterinário 15x15- 5ml
Seringa de agulha fina para taxidermia 30x7 - 5ml
Serra elétrica de mão “tico tico”
Serrote 50cm
Tesoura para papel
Tesoura ponta fina aço cirúrgico
Tetraborato de sódio (10H20) PA 1000gr NUCLEAR
Verniz 3,6l
Vidro de 1 litro com tampa
Tesoura de Poda
Microscópio Estereoscópio Binocular 20 watts objetivas zoom (lupa de bancada) quimis
Microscópio Biologico Binocular 4 obj planacromatica 90~240v dim.ext.23x19x34 CM quimis
Borboletário
Borror Delong´s
Zoologia- Barnes
Flora Ilustrada Catarinense
Sellowia
Flora Fanerogâmica do estado de Santa Catarina Vol, 1 ao 6
Botânica Sistemática- Lorenzi
Butterflies of Costa Rica- DeVries
Myrtaceae- Sobral
Flora Arbórea do RS
Serra do Japi- Coleção
Árvores de São Mateus do Sul
Coleoptera do Brasil- Costa, Vanin, Casaric, Chen
Borboletas- Livro do Naturalista- L.S. Otero
Swallowtail Butterflies of the Americas- Tyler, Brown Jr.
Insetos do Brasil- Costa Lima
Cerambycidae Sul- americanos Volume 1
Cerambycidae Sul- americanos Volume 2
Cerambycidae Sul- americanos Volume 3
Vegetação do Parque Estadual de V. Velha- Takeda, Farago
Projeto Madeira de SC- Reitz, Klein, Reis
Projeto Madeira do PR- Inoue, Roderjan, Kuniyoshi
Sistemática das Angiospermas do Brasil- Barroso
Dendrologia das Angiospermas- das Bixáceas às Rosáceas
Dendrologia das Angiospermas- das Magnoliáceas Flacourtiáceas
Dendrologia das Angiospermas- Leguminosas
Palmeiras Brasileiras Exóticas e Cultivadas- Lorenzi
Frutos e Sementes- Morfologia Aplicada à Sistemática de Dicotiledôneas
Espécies Arbóreas Brasileiras Volume 1
Espécies Arbóreas Brasileiras Volume 2
Espécies Arbóreas Brasileiras Volume 3
Guia para la identification de las Aves
As aves em Santa Catarina, Distribuição geográfica
Ornitologia Brasileira. Nova Fronteira, Rio de Janeiro
A Vida das Aves. Introdução à biologia e conservação
Mamíferos Silvestres do Rio Grande do Sul
Guia do Campo
Serpentes da Mata atlântica. Guia Ilustrado
Biologia Vegetal Editora Guanabara
Morfologia Vegetal- Gonçalves, Lorenzi
Lata para herbário em chapa metálica 3mm com tampa frontal removível e sistema de aba para fechamento, com acabamento em pintura verde fosco (31x31x49cm). Tampa com suporte para fixação de identificação (15 x 10 cm) e alça para manipulação( 6x10cm). (desenho anexo)
Armário com gavetas para taxidermia. Armário com gavetas taxidermia (76x92x184,5cm); madeira em MDF 15mm, acabamento pintura branco fosco; 19 gavetas, sem tampa e fundo em chapa laminada 973x90x5x5cm). Base fechada com 4 apoios (10x10x10cm). Altura entre gavetas 4,0cm, sendo 2,0cm de espaço e 2,0cm do trilho (2x2cm). !9 pares de trilhos de madeira ou alumínio para corrediças das gavetas. Portas do armário (38x174,50cm). Portas em madeira MDF 15mm fixa com 4 dobradiças metálicas tipo palmela; Par de puxadores frontais e fechadura. Acabamento pintura brando fosco (desenho anexo)
Armário com gavetas entomológica. Gavetas com tampo de vidro.
Armário para gavetas de taxidermia (169,80x223,0x47,0cm) Material em madeira MDF 15mm, sendo fundo chapa de 10mm; Disposição para 75 gavetas.sendo 3 colunas com 25 gavetas cada; Trilho em madeira ou alumínio com corrediças para as gavetas;Gavetas com tampa em vidro e fundo em chapa laminada; Armário sem porta. Espaço entre gavetas de 2cm e corrediças de 2cm. Gaveta de tampa de vidro (546x460x66 mm) comdetalhes de encaixe conforme desenho anexo.(desenho anexo)
Guarda volumes armário de 35 compartimentos com chave. MDF 15mm acabamento branco fosco
Balcão para laboratório com tampo de granito (desenho anexo)
Mesa para laboratório com tampo em madeira MDF 25mm, tampo menos mdf 15mm, medas em chapa de mdf acabamento em pintura branco fosco (120x230x 75,5cm) desenho em anexo (desenho anexo)
Armário para herbário, zoologia e acervo, em prateleiras (210,24x211x42,50cm) Altura entre prateleiras fixas 35cm. Material madeira chapa ou maciço, fundo vazado. Acabamento pintura branco fosco. Rodapé e apoio em 6 pontos. (desenho anexo)
Termo-Higrometro digital TH439 EQUITHERM
Prensa Manual (51x36x28) 2 chapas de madeira mdf 51x28cm, sendo uma polegada de espessura; chapas conectadas por um par de rosca sem fim sendo um lado fixo e outro móvel; conexão entgre rosca e chapa através de perfil metálico tipo “L” parafusado na chapa; rosca sem fim em aço ½' POL. (desenho anexo)
Armário baixo com chave, com duas portas e uma prateleira, 15mm, medindo 0,74x0,80x0,38 na cor cinza
Armário Alto, com duas portas, com chave, 15mm, com 04 prateleiras, medindo 1,50x0,80x0,38 na cor cinza
Cadeira sem rodas cor preta acento e encosto
Cadeira giratória, com base a gás que regula a altura do encosto, espuma laminada revestida de polipropileno, sem braço
Cadeira presidente giratória, base a gás que regula a altura do acento, sistema de relax que inclina o acento e o encosto juntos para trás, com espuma injetada revestida de polipropileno, com braço americano reforçado
Jogo em L, na cor cinza, 15mm, contendo:
01 mesa de 1,20x0,60x0,74
01 gavet. P/ aclopar na mesa com 03 gavetas
01 mesa de 0,80x0,60x0,74
01 conexão 0,60x0,60 90º com pé
Gaveteiro móvel, com dois gavetões para pastas suspensas, com chave, 15 mm, na cor cinza
Ar Condicionado Split com desumidificador. Aparelho e instalação com cabos elétricos, suporte, cano de cobre, vedação, direcionamento da água por mangueira. Quente e frio. Aparelho de 12.000 BTHUS
Ar Condicionado Split com desumidificador. Aparelho e instalação com cabos elétricos, suporte, cano de cobre, vedação, direcionamento da água por mangueira. Quente e frio. Aparelho de 18.000 BTHUS
Estufa com Circulador de ar Forçado Temperatura de até 200 C 336Litros 220 V – Quimis Q 314M-272
Estufa para laboratório (120x105x43) Acabamento chapa metálica 3mm acabamento pintura cinza cromo; 2 portas verticais frontais removíveis; 2 grades divisórias horizontais removíveis; cavidades superior e inferior vazados e duas lâmpadas incandescentes 250w, fio 6mm de diâmetro. Acabamento de pintura cinza, (desenho anexo)
Elevador
Estética Exclusive. Modelo A-GNC-0810-8A-MD
Tipo APARTAMENTO – Social Número 1 ( Nº I ) Percurso (m) 5,2 Paradas 2 (T;1) .Entradas.2 - Todas do mesmo lado : Capacidade.630 Kg. - Oito (8) passageiros. Velocidade 1,00 m/s Fonte de alimentação Iluminação 220 V com variação de mais ou menos 10 % Motriz 380 V, 3 fases, com variação de mais ou menos 10 % Freqüência 60 Hz com variação de mais ou menos % Máquina de tração Tipo S/ engrenagem LocalizaçãoDentro do passadiço, na última altura.
Motor Tipo Tensão e Freqüência variáveis PPH150
Controle.Tipo GNC (Tecnologia VVVF) -Coletivo na descida Características Adicionais Serviço de emergência para bombeiros Controle instalado no pavimento superior na coluna retorno da porta Elevador instalado em modo simplex (1) Sistema de proteção do controle contra raios Dispositivo antimovimento Filtro antipoluição eletromagnética Retorno automático do carro ao pavimento principal Chave p/ cancelamento de chamadas de pavimento Ajuste automático de tempos de porta Proteção contra carro demorado com forçador Chave p/ desativar operação das portas Proteção contra deslizamento de cabos Preferência direcional empo de proteção de porta Tempo extra de porta (ajustável) Operação de emergência e resgate Contato regulador de tensão Ultrapassagem automática com carro lotado Célula de carga Dispositivo de inspeção de cintas remoto Dispositivo de fita frouxTermo contato no motor Caixa de inspeção no topo do carro Proteção contra inversão / falta de fase Zoneamento (para carros em grupo) Forçador de porta Contato elétrico do limitador de velocidade Chave de emergência no fundo do poço Preparado para o sistema REM Limite final para inspeção Detector de corrente no freio SinalizaçãoPavimenT;1-Botões NEL com anel iluminado na cor vermelha, com indicador de posição. Carro Indicador de posição digital, com cinco (5) cm de altura e com numeração composta por 16 segmentos. (Detalhes em anexo)

Borboletário Estrutura tela/sombrite/mosquito de 40% sombra – dimensão do borboletário 9mx 17m(altura máxima 5m altura mínima 3metros) Interior o borboletário com caminho semi-circular de 80cm com meio fio de concreto e brita nº 2 (afastado cerca de 1,50m do telado no entorno). Torneira de jardim no final do borboletário. – estrutura em aço galvanizado em todas colunas de sustentação, porta e arcos na cobertura. Porta única para a sala de recepção. Sala de recepção anexa em alvenaria (5mx3mx 2,78m) piso de cimento, pintura externa e interna branca, telhado meia água, sistema de calhas, telha francesa, forro de pvc, com porta de saída externa e porta de acesso no borboletário) Uma pia tipo tanque com torneira de jardim para engate de mangueira. Fixação dos criadouros e duas prateleiras 3mx30cm.Teto da sala de alvenaria com rebaixamento e revestimento de isopor na parte interna em altura de 2,10m e 4m de comprimento (deixando livre o trânsito entrada e saída do borboletário) da sala, para fixar cazulo. 4 caixas de criação de tela e armação de madeira com portas individuais cada uma com 80cmx80cmx80cm com isopor fixado no teto.
Borboletário em etapas
1.SERVIÇOS PRELIMINARES E INFRAESTRUTURA: LIMPEZA DO TERRENO, LOCAÇÃO DA OBRA; ESCAVAÇÃO; FUNDAÇÃO/ BASE.
2.SUPRA-ESTRUTURA:PREPARAÇÃO DAS COLUNAS E CHUMBAMENTO.
3.ESTRUTURA: PREPARAÇÃO DE TODA ESTRUTURA AÉREA; FIXAÇÃO DE TODA ESTRUTURA AÉREA; FIXAÇÃO DE TRAVAMENTOS E CONTRATRAVAMENTOS;
4. COBERTURACOLOCAÇÃO DE PERFIL PARA FIXAÇÃO DE TELA; COLOCAÇÃO DE TELA DE COBERTURA E LATERA; ACABEMENTO / PORTAS.
Licenciamento de operação do IBAMA, 20 mudas de árvores ou plantas, que são alimento das larvas das espécies que se encontram em São Bento do Sul e Região. Plantar no borboletário com adubo 10-10-10.
Blecaute em serigrafia de janela e divisória, para sala de taxidermia e entomologia, área de pesquisa em . 16 partes de 40cmx105cm; 8 partes de 85cmx24cm; 3 partes de 105cm 120cm e 1 parte de 60cmx105cm



11 GLOSSÁRIO
Termos usados freqüentemente no âmbito dos Museus

acervo – conjunto de objetos e/ou espécimes que constituem a coleção ou coleções, de um museu ou de uma instituição.

aquisição – ato de adquirir acervo para o museu ou instituição similar, qualquer que seja sua forma ou procedimento.

baixa – cancelamento de forma permanente de objeto ou espécime de uma coleção por deterioração, perda ou venda.

bem cultural – objeto testemunha da cultura do homem, pertencentes ao seu patrimônio.

bem imóvel – monumento fixo, oriundo da natureza ou construção realizada pelo homem.

bem móvel – objeto ou monumento que pode ser deslocado.

catálogo – publicação contendo listagem e descrição dos objetos que fazem parte de uma exposição ou de uma reserva.

coleção – conjunto de objetos da mesma natureza ou que têm qualquer relação entre si.

coleta – recolhimento de objetos ou espécimes com finalidade de estudo e preservação.

conservar – resguardar de dano.

créditos – citações de nomes de indivíduos e/ou instituições patrocinadoras.

descarte – ver baixa

documento – suporte de informações para entendermos a sociedade.

documentar – organizar as informações relacionadas a um assunto.

etiqueta - tipo de identificação de um objeto que estabelece sua relação com sua natureza, conteúdo, propriedade, proveniência, etc.

exposição – exibição pública, pode ser de longa duração ou temporária.

exposição itinerante – exibição destinada a percorrer diversos locais.

guardar – vigiar com o fim de defender, proteger e preservar.

informática – ciência que estuda o tratamento automático e racional da informação.

informação – conjunto organizado e estruturado de dados.

inventário - levantamento completo dos bens relativos a uma instituição ou pessoa.

Internet – rede global de bases de dados e de serviços.

legado – acervo deixado por testamento.

marketing – maneira de promover.

missão – declaração objetiva, breve sobre a razão da existência do museu, sustenta todas as políticas e ações.

mostra – ver exposição.

multimídia – sistema de comunicação que usa meios de comunicação diversos, de forma simultânea com ajuda da tecnologia informática ou eletrônica, para chamar a atenção de vários sentidos ao mesmo tempo.

museologia – disciplina pré-posta à pesquisa científica, metodologias.

museografia – concepção do espaço, é a museologia aplicada, no sentido de criar condições para o espaço museal.

número de registro - numeração para identificação, dada a um objeto na ocasião de sua entrada para a coleção.

permuta - aquisição do acervo através de troca.

pesquisar - buscar com diligência, inquirir, investigar e estudar.

pesquisa de mercado - levantamento e análise referentes a um dado produto em relação ao público.

preservar - salvaguardar, proteger, manter livre de perigo ou de qualquer tipo de dano ou destruição.

projeto de exposição – documento que argumenta os objetivos que o museu deseja atingir com determinado tema, ou assunto.

projeto técnico – planos, desenhos, e especificações com vista à obra de Engenharia, Arquitetura e Museografia.

registro – processo de identificação e numeração de cada um dos objetos de uma coleção.

reserva técnica – local de guarda do acervo não exposto, para manutenção, pesquisa, restauro, etc.

usuário – cada um daqueles que usa ou desfruta alguma coisa coletiva, ligada a um serviço público ou particular.

vigilante – funcionário com a responsabilidade da segurança.

voluntário – colaborador não remunerado, sua compensação está no reconhecimento que obtém pela atividade desenvolvida no museu.

(Fonte: Sistema Brasileiro de Museus 2010)














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ANEXOS


1 – PROJETO LEI MUNICIPAL
Institui a Criação do Museu Natural Entomológico Ornith Bollmann”

2 – LEI MUNICIPAL DE CRIAÇÃO DO
MUSEU NATURAL ORNITH BOLLMANN

3 – SOLICITAÇÃO DE CADASTRO ESTADUAL

4 - CADASTRO IBRAM – QUESTIONÁRIO CNM
5 - PROJETO ARQUITETÔNICO DO MUSEU (Construção concluída)

6 – CROQUI DE DISTRIBUIÇÃO, USO E OCUPAÇÃO DO MUSEU


7 - PROJETO DO BORBOLETGÁRIO (Escrito e Arquitetônico)








8 - DOCUMENTO DA PROPRIEDADE (Prefeitura São Bento do Sul)

9 – DESENHO DOS MÓVEIS DO MUSEU














10 – FOLDER


11 – CÓPIA DO LIVRO TOMBO
12 – FOTOS

13 – REPORTAGENS

14 – CÓPIA DE CONVÊNIO COM UDESC; UNIVILLE e UnC



15 - ESTATUTO DA SOCIEDADE DOS AMIGOS DO MUSEU



16 – FORMULÁRIO SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO, CULTURA E ESPORTE – FUNCULTURAL


17 – ORÇAMENTO

Museu Natural Ornith Bollmann
Bairro: Oxford Cidade: São Bento do Sul UF Santa Catarina
CEP: 89290 000 Caixa Postal
Telefones: (47) 3626 7187 (47) 91120516
Página na internet: www.saobentodosul.sc.gov.br
E-mail: marcelo_hubel@saobentodosul.sc.gov.br
Órgão a que se vincula (Prefeitura de São Bento do Sul – Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente
Departamento de Meio Ambiente)
REPRESENTANTE DA INSTITUIÇÃO
Nome: Magno Bollmann
Endereço: Jorge Lacerda nº 75 Centro
Telefone: (47) 3631 6003 (47) 3631 6076
E-mail: prefeito@saobentodosul.sc.gov.br




























MUSEU NATURAL ENTOMOLÓGICO




Ornith Bollmann