terça-feira, 22 de março de 2011

Comunidade participa de oficinas da APA

22/03/2011

Comunidade participa de oficinas da APA


As oficinas participativas da APA (Área de Preservação Ambiental) Rio Vermelho/Humbold, foram feitas em três locais distintos, Rio Vermelho Estação, Rio Mandioca e Rio Natal. O propósito foi passar algumas informações sobre a unidade e organizar a comunidade para o desenho da matriz de analise com a sistematização dos fatores, que constituem hipóteses de danos e ganhos, orientando a reflexão com planejamento de premissas defensivas ou de recuperação e de premissas ofensivas ou de avanços.

Segundo o diretor de Meio Ambiente Marcelo Hübel a metodologia apresentada é perfeita, onde é possível envolver todos presentes e atender o interesse de diferentes setores. Foram formados grupos de trabalho onde eram discutidos e apresentados os pontos fracos, fortes, ameaças e oportunidades da APA, sendo anotados em recortes de cartolina. Na junção das contribuições apareciam as leituras dos grupos que revertiam em propostas para programas.

Como pontos fracos foram definidos a topografia acidentada, solo instável, corte de árvores, presença do maruim, comunicação, falta da industrialização da banana, posse irregular de terras, plantação de pinus em áreas contínuas, agressão ao rio pelo caulim, caça predatória, pouco uso do CEPA, êxodo rural, problemas de manutenção das estradas entre outros.

Nos pontos fortes foram evidenciados, a participação das associações de moradores, turismo, solo fértil, beleza naturais, abundância de água, CEPA, áreas bem preservadas, existência da PCH, cultura local preservada, construção do aterro, captação de água de qualidade, APP em recuperação, qualidade do ar, criação da APA, sinalização turística, projeto microbacias, início dos trabalhos de PSA entre outros.

Na análise das ameaças que podem comprometer o futuro da unidade foram relatadas as queimadas, caça predatória, mau aproveitamento do solo, preço instável dos produtos agrícolas, monocultura de espécies exóticas, expansão imobiliária, extinção de espécies da fauna e flora, agroquímicos sem controle, urbanização sem planejamento, falta de recuperação do impacto ambiental da mineração, entre outros.

Enquanto para as oportunidades futuras foram constatados os atrativos naturais, produção agroecológica, desenvolvimento do turismo, industrialização da banana, programas de incentivo a agricultura tradicional, agricultura orgânica, produção de artesanato, pesquisa ambiental, criação de animais domésticos entre outros.

“O principal produto final deste encontro é a elaboração de uma proposta de zoneamento e programas futuros de gestão da APA” destaca Marcelo. Com a convergência dos dados levantados pelas equipes serão construídos as sugestões de programas. Na ocasião alguns já foram considerados como o programa agroflorestal, turismo rural e ecológico, capacitação e divulgação, entre outros que ainda serão definidos pela confluência de interesses.

No evento participaram diferentes representações da sociedade civil organizada, Prefeitura Municipal, ONG, órgão ambiental, setor industrial e madeireiro e comunidade de modo geral. Os trabalhos são elaborados conforme o Roteiro Metodológico do IBAMA para APAs.