domingo, 18 de maio de 2014

Bromélias de São Bento do Sul - APA Rio Vermelho/Humboldt




























Saíra-preciosa - Tangara preciosa - Aves de São Bento do Sul - SC - Brasil



Gaturano - Euphonia violacea - Aves de São Bento do Sul - SC - Brasil


Urubu-de-cabeça-preta - Coragyps atratus - Aves de São Bento do Sul - SC - Brasil


Corocochó - Carponis cucullata - Aves de São Bento do Sul - SC - Brasil


domingo, 11 de maio de 2014

Ação ambiental da Usina Rio Vermelho de Energia garante a conservação do palmito juçara

Ação ambiental da Usina Rio Vermelho de Energia garante a conservação do palmito juçara
Quatro toneladas de sementes da espécie serão espalhadas na APA Rio Vermelho/Humboldt, em São Bento do Sul, durante o mês de maio



São Bento do Sul, maio de 2014 – A Usina Rio Vermelho de Energia Ltda (URVE), em parceria com a Polícia Militar Ambiental e a Polícia Militar de Joinville, iniciou nesta semana uma nova etapa do trabalho de semeadura de palmito juçara (Euterpe edulis), que consta na lista de espécies ameaçadas de extinção. A URVE já plantou e semeou 3 milhões de palmitos nos últimos anos e nesta fase do projeto, agora com o uso do helicóptero, pretende espalhar mais 4 toneladas de sementes.
“Temos de forma muito presente a responsabilidade socioambiental em nossa área de influência. É uma filosofia de vida que trazemos de casa”, comenta Frank Bollmann, proprietário da URVE e Presidente & CEO da Tuper. A semeadura feita de maneira voluntária melhora a condição ambiental da região de São Bento do Sul, que forma um corredor ecológico com outros municípios.
Agora, o projeto de repovoamento prevê a distribuição de mais 3 milhões de sementes. No primeiro dia de atividade (quinta-feira, dia 8 de maio), sob o comando do major Márcio Leandro Reisdorfer, foi possível lançar cerca de 1 milhão de sementes. O trabalho deve ser concluído até o final deste mês.  De acordo com o biólogo da URVE, Marcelo Hübel, a semeadura com helicóptero permite a distribuição de sementes em locais de difícil acesso terrestre, nas inclinações de morros e nos vales do rio, atingindo preferencialmente as áreas de baixa quantidade de palmitos. 
          Os frutos são fonte de alimento para diversas espécies da fauna como tucano-de-bico-verde, sabiás, tirivas, aracuãs, jacus, antas, veados, cutias, ratos, pacas, entre outros. Estes, além de se beneficiarem da polpa da fruta, fazem a distribuição das sementes na encosta atlântica, pelas fezes ou regurgitação.
A ação realizada pela URVE não atende somente a conservação do palmito, mas beneficiará futuramente a manutenção da fauna na região.  “Falando de forma mais conservadora, caso tenhamos o sucesso de germinação em 30% do total previsto no projeto, ainda assim garantimos cerca de 900 mil palmitos, o que é extraordinário”, comenta o engenheiro agrônomo Magno Bollmann, entusiasta e idealista do evento.
          As sementes adquiridas são de diferentes procedências, com coletas nos limites geográficos de Garuva até Blumenau. Este diferencial, explica Marcelo Hübel, favorece a variabilidade genética do palmito, enriquecendo o povoamento na APA Rio Vermelho/Humboldt, criada pelo Consórcio Intermunicipal Quiriri, e que abrange as localidades de Rio Natal, Ano Bom e Estrada dos Bugres, em São Bento do Sul. A área é protegida pelo posto avançado da Polícia Militar Ambiental para coibir o corte ilegal dos palmitos e garantir a preservação da espécie.

As futuras árvores produzirão frutos atraindo aves e mamíferos, que irão colaborar na distribuição das sementes por toda a serra. “Atualmente o palmito é observado em pequenos grupos fragmentados e com vistas da erosão genética. Com a vinda deste novo material, além da ampliação de distribuição, também garantimos a melhoria da qualidade genética e a perpetuação da espécie”, finaliza o biólogo.








Mamíferos na URVE, fauna em São Bento do Sul


ARMADILHAS PARA MAMÍFEROS

Cachorro-do-mato

A URVE (Usina Rio Vermelho de Energia Ltda) realiza um minucioso estudo da mastofauna de médio e grande porte. Preocupado com conservação das espécies o empreendedor Frank Bollmann adquiriu em 2008 a primeira armadilha fotográfica, mas no ano de 2013 o trabalho foi intensificado com aquisição de mais armadilhas fotográficas, ferramentas essenciais para um projeto de caráter científico, escrito e acompanhado pelo Biólogo Marcelo Hübel. As armadilhas são estrategicamente posicionas nos 741 hectares (7.410.000 m²) da fazenda, que apresenta mais de 88% da área preservada, na localidade de Rio Natal.


Irara
 Foram marcados 4 sítios, ou parcelas, cada qual com 4 pontos amostrais. É possível identificar as espécies, existentes na propriedade e no entorno da URVE. A distribuição possibilita diferentes interpretações de habitats, considerando: altitude, vegetação, proximidade com áreas antropizadas, proximidade com a água.

Jaguatirica



As câmeras que capturam imagens e vídeos, apresentam sensor de presença para acionamento de captura da imagem com recurso de iluminação noturna, com luz infravermelho. Estas ainda apresentam recursos de programação para registrar informações nas fotos como: data, hora, localização, temperatura, fase da lua, número da foto, tendo ainda opções de intervalos de tempo entre os registros de imagem ou até preferências de períodos noturnos e diurnos. Este método não causa impacto ou estresse nas espécies.
Em uma semana são capturadas centenas de imagens, mas muitas repetem o mesmo indivíduo, contudo já foram registradas várias espécies como: puma, gato-do-mato, jaguatirica, gato-mourisco, macaco-prego, cuíca, cachorro-do-mato, quati, mão-pelada, veado, capivara, cutia, tatu-galinha, irara, tamanduá-mirim, gambá, entre outros.
Armadilha fotográfica
Mas o projeto não prevê apenas uma listagem taxonômica, mas também analisa a periodicidade de frequência dos animais, associado as estações do ano. Também é analisado o comportamento das espécies, como por exemplo do cachorro-do-mato. Esta espécie anda sempre em pares seja para reprodução ou para caçar. Em um dos sítios foi identificado um casal, o macho foi facilmente segregado pelo padrão de cor da cauda. O casal sempre andou junto sendo registrado em até dois sítios de amostragem, mas em um destes foi registrado durante o dia, sendo também mais frequente durante a noite, ficando evidente o seu principal reduto territorial. Mas por poucos dias a fêmea não foi mais observada, levando a suspeita de estar com filhotes, caso que foi confirmado nos dias seguintes com o surgimento de 4 filhotes. Estes acompanharam os pais por cerca de três meses. Os rastros foram marcando sua expansão de ocupação. Quando estavam quase na altura dos pais, começaram a formar pares e ocupar seu território, até o ponto de todos saírem do sítio amostral. O último filhote, com apenas ¼ de cauda foi o último a sair do local, deixando o espaço livre para outro cachorro-do-mato, que aparece mais reluzente, como um curioso intruso.

Puma - Leão-baio - Suçuarana 

São as observações, registros, estudos de comportamento que preenchem as 64 páginas do projeto, que continua em construção com uma contribuição ao conhecimento científico e abre perspectivas de cuidado na preservação das espécies pelo entendimento de seu ciclo, comportamento e território.
As áreas do vale do Rio Natal são ricas em espécies que apresentam amplo corredor de fluxo gênico e são mantidas pelas ações de conservação, fiscalização particular e da Polícia Militar Ambiental.