domingo, 13 de março de 2016

Cerveja em São Bento do Sul - Santa Catarina


Cultura da Cerveja em São Bento do Sul

Porque gostamos tanto de cerveja Pilsen?

A cidade “germânica” de São Bento do Sul é uma “referência” no consumo de cerveja, diga-se de passagem, atribuída a nossa descendência! Será? A cerveja na realidade data dos sumérios, babilônios e egípcios, mas estes produziam com uma qualidade horrível, terrível, longe de qualquer possível elogio. Nem mesmo loiras e morenas “usadas” em marketing poderiam fazer o sucesso desta cerveja. Na Idade Média a cerveja tomou corpo e prazer em degustar, pois entrou mais um componente na fabricação, a flor de lúpulo. Então a cerveja foi congratulada pela fama alemã. E se olharmos na atualidade, sem tirar o “mérito” de São Bento do Sul, os países com maiores consumidores de cerveja são: República Tcheca (148,6 Litros/ano per capita); Áustria (107,8 Litros/ano per capita) e Alemanha (106,1 Litros/ano per capita). Mas estes países da atualidade são o berço dos primeiros imigrantes de São Bento. Temos descendentes da Alemanha vindos em maior número da Baviera, mas atenção a maior proporção dos primeiros imigrantes é originária da Áustria-Hungria/Boêmia do Böhmerwald e Reichenberg, atualmente República Tcheca, embora seja verdade “todos” de origem germânica. Mas foi na Baviera de 1516 que foi intitulada a “Lei da Pureza” para a cerveja que levava lúpulo, malte, água e cevada, que em particular tinha em seu processo o grão com presença de calor e umidade passando para a fermentação. Mas não existia nada de brilhante nesta lei, que na verdade não passava de uma garantia para os moinhos deterem o trigo e assim não aumentar o preço do pão. Contudo ainda assim a cerveja alemã tornou-se referência para outros países e a “Lei da Pureza” ainda é marketing. Outra atribuição a Baviera é a cerveja tipo langer. A cerveja era fermentada em cavernas no frio subsolo nas baixas temperaturas que geravam uma seleção natural das leveduras, existiam fungos que predominavam com a temperatura mais baixas e fungos que foram perdidos pois predominam em temperaturas mais altas. Já a cerveja de trigo “weizenbier”, ou cerveja branca “weissbier”, depende de temperaturas mais altas e traz mais aroma. Mas nesta história da evolução da cerveja é preciso dar créditos para a Inglaterra que no século 17 fez a secagem indireta do malte com uso de um derivado do carvão mineral que em combustão fazia a cerveja mais clara. É claro que o sucesso desta nova cerveja atraiu a atenção dos alemães que “precisavam supera-la”, e então passaram a usar maltes mais claros e de quebra uma filtragem transparente, um verdadeiro estouro em 1842. Mas este mérito é dos alemães da Boêmia, da terra da maioria de nossos imigrantes. Esta cerveja nasceu na cidade de Pilsen na atual República Tcheca. A região também era conhecida pela fabricação de cristais, que valorizavam ainda mais a bebida, sendo um grande sucesso em seus copos transparentes. Aqui lembramos também que a primeira cooperativa de São Bento foi de fabricação de cristais, e das primeiras empresas também tínhamos as de cerveja, que somente foram se perdendo devido a invasão das grandes marcas de cerveja que não permitiam a concorrência. Hoje os apreciadores de cerveja já não procuram somente o preço, mas a variedade e a diversidade de sabores, aromas e origens. E assim também no Brasil a cerveja atualmente mais consumida é a pilsen “american standart lager” uma consequência da cerveja clara dos cristais da Boêmia.


Propaganda em São Bento com 50 anos de fundação

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