sábado, 28 de março de 2020

IRARA Eira barbara FAUNA DE SÃO BENTO DO SUL


FAUNA DE SÃO BENTO DO SUL - SC

IRARA

Eira barbara

CLASSIFICAÇÃO
Reino: Animalia;
Filo: Chordata;
Classe: Mammalia;
Ordem: Carnivora;
Família: Mustelidae;
Gênero: Eira;
Espécie: E. barbara

Estado de Conservação
IUNC (União Internacional para Conservação da Natureza). Pouco preocupante

DISTRIBUIÇÃO: Todo Brasil e do sul do México até a Argentina, exceto para Chile e Uruguai.

CARACTERÍSTICAS: Comprimento de até 92cm a 1,17m pesando de 3Kg a 7Kgr. Pelagem com cabeça e nuca acinzentado e corpo em tom de marro, tendo cauda e pontas dos membros mais escuros. Por baixo do pescoço apresenta uma mancha quase branca. Mas em São Bento do Sul foi registrado um indivíduo branco amarelado, mas não é albino, uma coloração rara com apenas 3 registros científicos de ocorrência. Inicia a reprodução com 2 anos e após a gestação de 63 a 68 dias tem 2 a 4 filhotes.

ALIMENTAÇÃO: pequenos mamíferos como roedores, aves, invertebrados, ovos, frutas e mel.
Curiosidades: Vive sozinho, em par ou em pequenos grupos. Seu nome deriva do tupi e significa  devido seu habito de comer mel, utilizando seu focinho prolongado e garras fortes, para chegar nos favos. Pode subir em árvores e se deslocar em ter as copadas, chegando a dar saltos ente os galhos. Como forma de defesa exala um cheiro forte de um glândula.


CURIOSIDADES

IRARA DE PELAGEM RARA É REGISTRADA EM SÃO BENTO DO SUL.

EXISTEM APENAS QUATRO REGISTROS CIENTÍFICOS.

A irara apresenta o nome científico de Eira barbara, para o Planalto Norte é comum observar esta espécie pelas áreas de floresta sendo facilmente identificada com seu longo corpo, cauda mas de pernas curtas, coberto com pelos marrom escuro mudando a tonalidade para cinza próximo da nuca cobrindo a cabeça e a parte ventral, no pescoço, apresenta uma grande mancha amarelada.

Mas no dia 09 de junho de 2015 a irara de coloração esbranquiçada amarelada foi registrada na fazenda da URVE (Usina Rio Vermelho de Energia Ltda) em São Bento do Sul SC, com a ajuda das armadilhas fotográficas. A fazenda com 741 há apresenta pouco mais que 88% de área preservada, sendo suficiente para abrigar vários indivíduos da espécie. A imagem num rápido momento nos faz pensar que o indivíduo é albino, o corpo todo é coberto por uma pelagem branco amarelada, totalmente diferente do padrão marrom escuro, nuca e cabeça acinzentada. Mas o padrão do albino completo está associado a coloração rosada dos olhos e pele. Embora albinismos de padrões menos severos demostram outras colorações de olhos. O albinismo é uma variação transmitida geneticamente sendo evidente como um defeito na produção da melanina.

O estudo e publicação do artigo em 23/09/2007 denominado “Variações na coloração de iraras (Eira barbaraLinnaeus, 1758 - Carnivora, Mustelidae) da Reserva Biológica Estadual do Sassafrás, Santa Catarina, sul do Brasil” realizado pelos pesquisadores Fernando Rodrigo Tortato e Sérgio Luiz Althoff revelam:

 “Indivíduos com padrões de pelagem apresentando coloração branco-amarelada já foram descritos por alguns autores (Cabrera & Yepes 1960, Emmons 1997, Presley 2000). Presley (2000) menciona que nas Guianas ocorre tanto a forma de pelagem amarela como a escura. Tarifa et al. (2001) relatam à presença de indivíduos amarelo-claros no Parque Nacional Madidi, Bolívia. No Brasil, foram publicados somente dois estudos mencionando a ocorrência dessa pelagem em iraras, sendo um referente a um indivíduo de pelagem branco-amarelada registrado com armadilha fotográfica na região do Rio Jauaperí, no estado do Amazonas (Trolle 2003), e outro na Fazenda Monte Alegre, no estado do Paraná, onde foram visualizados esporadicamente indivíduos de coloração quase branca, mas que não foram considerados albinos (Reis et al. 2005).”

Os pesquisadores Fernando Rodrigo Tortato e Sérgio Luiz Althoff, também fizeram um novo registro de pelagem clara na Reserva Biológica Estadual do Sassafrás em Santa Catarina.

E agora temos este novo registro interessante sendo portanto o quarto registro da irara branca levemente amarelada para o Brasil: Amazônia, Paraná, Santa Catarina e agora em São Bento do Sul/SC no vale do Rio Vermelho a cerca de 700m de altitude.

A coloração mais clara e diferenciada da Irara em questão é um fator negativo ao indivíduo pois fica mais exposto, mais evidente, sendo portanto mais fácil de ser predado, pelo puma ou outro mamífero carnívoro de grande porte.

Existe uma irara branco amarelada taxidermizada em Ipswich no Museum Ipswich Suffolk na Inglaterra.









DISTRIBUIÇÃO