sábado, 28 de março de 2020

ANTA Tapirus terrestris FAUNA DE SÃO BENTO DO SUL

FAUNA DE SÃO BENTO DO SUL  - SC

ANTA 
Tapirus terrestris 


Reino: Animalia;
Filo: Chordata;
Classe: Mammalia;
Ordem: Perissodactyla;
Família: Tapiridae;
Gênero: Tapirus;
Espécie: T. terrestres.


Estado de Conservação
IUNC (União Internacional para Conservação da Natureza). Ameaçado/Vulnerável. Também consta na lista de ameaçados  de extinção  pelo ICMBio Portaria MMA nº 444/2014 e nº 445/2014.

DISTRIBUIÇÃO: No mapa em cor vermelho extinto, em laranja presente e em amarelo provavelmente presente. Todo o Brasil e da Venezuela até o norte da Argentina.

CARACTERÍSTICAS: Comprimento de 2m pesando  até 300Kg. Gestação de 12 meses tendo um filhote por parto, que nascem com manchas mais escuras pelo corpo facilitando a camuflagem. A coloração é marrom escura, acinzentada, com cauda curta, e uma pequena tromba, apresenta uma pequena crina de pelos duros. Apresenta um par de mamas. A ponta dos dedos são como cascos.


ALIMENTAÇÃO: Frutas, folhas e raízes.


Curiosidades: Seus vestígios na floresta são evidentes principalmente pelas pegadas. Quando ameaçada procura a água, vivem em casal e o filhote acompanha os pais por longo período. Apresenta um couro muito expeço  (1cm), tendo apenas a onça e o puma como inimigo natural. É caçado pelo homem, mas sua carne não é apreciada pois é tipicamente vermelha como a carne de gado, mas é escura e rígida. 











A primeira vez que observei os vestígios da anta, pelas fortes e características pegadas, quase não acreditei tamanha a raridade de encontrarmos um animal deste em nossa região.
               Os registros ocorreram espaçadamente em 2013, 2014 e 2015, mas nunca foram vistos dois indivíduos adultos ou ainda algum filhote. Mas tínhamos a certeza da existência de uma fêmea.
               No Brasil a anta apresenta poucos registros em seu território de ocupação, sendo mais evidentes em Unidades de Conservação, justamente  pela necessidade de extensas áreas preservadas, e principalmente longe do convívio humano, das moradias, não somente pela ameaça da caça, mas de outras situações como a de cães domésticos, soltos a própria sorte, que invadem as florestas do entorno das moradias a procura de animais silvestres.
               Esta situação observamos em uma das armadilhas que registraram uma sequência de 21 fotos da corrida da anta perseguida por dois cachorros. Fato que ocorreu no dia 17/07/2015 quando os dois cachorros perseguem a anta as 8:47 e depois de 13 minutos, às 9:00hs retornam para a armadilha fotográfica, procuram pelo cheiro, urinam, e as 9:00hs, após 58 minutos a anta retorna para se refrescar na poça de água da chuva em frente da câmera.
               Muitos caçadores utilizam cães para afugentar a caça, e trazer o animal para perto da mira de sua espingarda, mas neste caso entendemos que foi apenas o instinto de caça dos cães residentes.

               A anta jamais seria morta por esses cachorros, mas a ação causou estresse, e sua corrida poderia ser transformada em algum acidente de queda em ribanceira, fratura....Mas qual seria a sorte de um filhote?  Não podemos desistir da educação ambiental, da proibição da caça, da infração, da punição, que somente ocorre com a denúncia dos infratores, que pode ser para a Polícia Militar ou Polícia Militar Ambiental e conforme o caso para IBAMA e FATMA até para vistoriar casas atrás de armamento, munição e carne em frízer. Atendimento Leiº 6.938/81 e Lei 9.605/98.











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